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Todos os textos publicados em Crítica Historiográfica
Música no Brasil: textos e contextos | Luciana Requião (UFF)
Resumo: Neste número, intitulado “Música no Brasil: textos e contextos”, destacamos o avanço dos estudos musicais como campo interdisciplinar que integra aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais. O dossiê revisa dez obras acadêmicas recentes que exploram a música brasileira em suas complexas relações sociais e processos coletivos.
Palavras-chave: interdisciplinaridade; música brasileira; músicos.
A voz do(a) dono(a) – Resenha de Luciana Requião (UFF) sobre o livro “Compositores(as) Críticos(as) da música popular brasileira: história, educação e cultura”, de Marcos Raddi
Resumo: Em “Compositores(as) Críticos(as) da música popular brasileira: história, educação e cultura”, Marcos Raddi trata dos/as críticos/as musicais. Valendo-se de diversas fontes documentais e bibliográficas, a argumentação do autor ganha força com a entrevista com Marcos Diniz, do Trio Calafrio, cujos integrantes são autores de muitos dos sambas “ouvidos por aí”. A. Gramsci, R. Williams e E. P. Thompson dão o tom das conversas.
Palavras-chave: compositores(as) críticos(as); música popular brasileira; classe trabalhadora.
Dar o Sangue pela Música – Resenha de Isaac Santana Andrade (UNIRIO) “Cachê Sangrento: uma etnografia do trabalho musical em Aracaju”, de João Luís Meneses
Resumo: O livro “Cachê Sangrento: uma etnografia do trabalho musical em Aracaju”, de João Luís Meneses, publicado em 2022, analisa o trabalho musical em Aracaju, focando em bares e festas. Meneses critica a falta de representação dos músicos por órgãos públicos e sugere melhorias nas condições de trabalho.
Palavras-chave: Etnomusicologia; músicos; condições de trabalho.
Vamos valsar? – Resenha de Anne Meyer (UNIRIO/UERJ) sobre a obra “Aspectos sobre a valsa no Rio de Janeiro no longo do século XIX: de folhetins, música de salão e serestas”, de Martha Tupinambá de Ulhoa
Resumo: “Aspectos sobre a valsa no Rio de Janeiro ao longo do século XIX: de folhetins, música de salão e serestas” de Martha Tupinambá de Ulhoa investiga práticas musicais de entretenimento no Rio de Janeiro, especialmente a valsa. A obra contextualiza a valsa no século XIX, analisa figuras como Geraldo Horta e adaptações populares. Críticas apontam a erudição acadêmica.
Palavras-chave: valsa; Musicologia; Rio de Janeiro.
Para tudo se canta – Resenha de Rodrigo Heringer Costa (UFRB) sobre o livro “A música no candomblé: Etnomusicologia no Ilê Axé Opô Aganjú, Bahia”, de Angela Luhning
Resumo: “A música no candomblé: etnomusicologia no Ilê Axé Opô Aganjú, Bahia”, de Angela Luhning, investiga os elementos musicais no candomblé do terreiro Ilê Axé Opô Aganjú, na Bahia. A obra, de relevância primordial pelo pioneirismo da análise musical detalhada e contextualização histórica que abarca, também reproduz informações hoje são relativizadas ou questionadas.
Palavras-chave: candomblé; Etnomusicologia; música religiosa.
No ritmo dos bambas – Resenha de Bruno Brandão Augusto (Unisinos) sobre a obra “Samba, Sambistas e Sociedade. Um ensaio etnomusicológico” de Samuel Araújo
Resumo: “Sambistas e Sociedade: Um ensaio etnomusicológico” de Samuel Araújo, rearticula críticas ao conceito de música e usa o samba para compreender variadas dimensões da sociedade brasileira. Araújo propõe um novo diálogo sobre música e aprofunda o conceito de trabalho acústico, recebendo elogios pelo rigor metodológico e pela abordagem multidisciplinar.
Palavras-chave: Etnomusicologia; samba; sociedade brasileira.
O pinho no dezenove – Resenha de José Jarbas Ruas (UFNT) sobre o livro “O violão na Corte Imperial”, de Marcia Taborda
Resumo: “O violão na Corte Imperial”, de Marcia Taborda, destaca a história do violão no Rio de Janeiro do século XIX, analisando sua inserção social e econômica. A obra, bem estruturada e rica em fontes, é fundamental para estudiosos da história musical.
Palavras-chave: história do violão; música brasileira; Rio de Janeiro no Império.
Terra à Vista! – Resenha de Luciana Requião (UFF) sobre o livro “Terra Trio [uma família musical com os pés na terra]”, de Ricardo Schott
Resumo: “Terra Trio [uma família musical com os pés na terra]”, de Ricardo Schott, celebra o Terra Trio, descrevendo sua jornada desde 1966 até os anos 2000. A obra, rica em entrevistas e documentação, detalha as performances e a influência cultural do grupo, incluindo parcerias com Maria Bethânia, possui narrativa envolvente e o contexto detalhado, apesar de não tensionar certos períodos históricos como a ditadura militar.
Palavras-chave: Terra Trio; música brasileira; Maria Bethânia.
Pretitudes e branquitudes em cena – Resenha de Hudson Cláudio Neres Lima (UFF) sobre o livro “Entre o lundu, a ária e a aleluia: música, teatro e história nas comédias de Luiz Carlos Martins Penna (1833-1846)”, de Luiz Costa-Lima Neto
Resumo: “Entre o lundu, a ária e a aleluia: música, teatro e história nas comédias de Luiz Carlos Martins Penna (1833-1846)”, de Luiz Costa-Lima Neto, analisa a intersecção de música, teatro e história no século XIX. Denso em conteúdo, a obra é elogiada por sua pesquisa meticulosa.
Palavras-chave: Luis Carlos Martins Penna; história da música; história do teatro.
Acordes de sanfona – Resenha de Rafael Silva (UNIRIO), sobre o livro “O Fole Roncou! [Uma História do Forró]”, de Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues
Resumo: “O Fole Roncou! Uma História do Forró”, de Carlos Marcelo Carvalho e Rosualdo Rodrigues, tem como objetivo traçar a história do forró, destacando figuras icônicas como Luiz Gonzaga. Os autores são elogiados pela pesquisa detalhada e narrativa envolvente, embora o livro exija conhecimento prévio para plena apreciação.
Palavras-chave: forró; baião; música brasileira.
Cantando pelas cidades – Resenha de Pedro Aune (EM Villa Lobos) sobre o livro “As origens da canção urbana”, de José Ramos Tinhorão
Resumo: “As Origens da Canção Urbana”, de José Ramos Tinhorão, explora a evolução da canção nos centros urbanos usando fontes diversificadas. Embora ofereça insights valiosos sobre influências sociais e econômicas na música, a obra de Tinhorão é criticada por sua linguagem densa e conclusões por vezes indeterminadas.
Palavras-chave: canção urbana; história da música; MPB.
Memória e mito de Belo Monte/Canudos – Resenha de Antônio Fernando de Araújo Sá (UFS) sobre o livro “O leite, o cuscuz e o céu: o Belo Monte de Antônio Conselheiro e a falácia euclidiana”, de Pedro Lima Vasconcelos
Resumo: “O leite, cuscuz e o céu: o Belo Monte de Antônio Conselheiro e a falácia euclidiana” de Pedro Lima Vasconcellos critica a interpretação de Euclides da Cunha sobre Canudos, desmistificando a noção de milenarismo e apocalipse associados a Belo Monte. A obra revisita a experiência social e religiosa de Canudos, destacando sua complexidade e desafiando visões simplistas, mas tende a ser crítica demais em relação a Euclides da Cunha.
Palavras-chave: Antônio Conselheiro; Euclides da Cunha; Canudos.
Epopeias sertanejas — Resenha de Moisés Santos Reis Amaral (UFS), sobre o livro “Lampião em Paulo Afonso”, de João de Souza Lima
Resumo: “Lampião em Paulo Afonso”, de João de Souza Lima, é uma investigação histórica sobre as incursões de Lampião em Paulo Afonso, Bahia. Embora enriquecida com testemunhos orais, a obra sofre críticas pela sua estrutura fragmentada e pela inserção de temas alheios ao foco principal, comprometendo a clareza do objetivo de narrar as andanças de Lampião. Ainda assim, o livro é valorizado por preservar relatos orais que ilustram a vida sertaneja na era do cangaço.
Palavras-chave: Lampião; Paulo Afonso-BA; cangaço.
Ilicitudes na América portuguesa – Resenha de Daniel Costa (UNIFESP) sobre o livro “Ladrões da República: Corrupção, moral e cobiça no Brasil, séculos XVI a XVIII”, de Adriana Romeiro
Resumo: A obra Ladrões da República: Corrupção, Moral e Cobiça no Brasil, Séculos XVI a XVIII de Adriana Romeiro visa compreender a corrupção no Brasil colonial. Romeiro utiliza uma ampla variedade de fontes para explorar as relações entre dinheiro, governo e corrupção. A obra é elogiada por sua profundidade e criticada pela densidade.
Palavras-chave: corrupção; moral; República.
Aprendizagem zás trás – Resenha de José Ítalo dos Santos Nascimento (URCA) sobre o livro “História do Brasil para quem tem pressa”, de Marcos Costa
Resumo: “História do Brasil para quem tem pressa” de Marcos Costa, visa oferecer uma visão rápida da história brasileira, mas é criticada por sua falta de profundidade e detalhamento, especialmente nas perspectivas subalternizadas. A obra, atraente para leitores casuais, não atende às expectativas acadêmicas para estudos detalhados.
Palavras-chave: História do Brasil; síntese histórica.
Traços da Afrodescendência — Resenha de Jacineide Santos Cintra Silva (Uneb) sobre o livro “Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social” de Neusa Santos Souza
Resumo: Tornar-se Negro, de Neusa Santos Souza, analisa a identidade do negro brasileiro em ascensão social. A obra, densa e acadêmica, revela os desafios emocionais e raciais enfrentados, oferecendo uma visão crítica e esclarecedora sobre as complexidades da identidade negra no Brasil.
Palavras-chave: identidade negra; racismo; desafios emocionais.
História de Sergipe para turistas? – Resenha de Maria José Nascimento Soares (UFS) sobre o livro “Sergipanidades”, de Chiquinho do Além Mar e Denio Azevedo
Resumo: Sergipanidades, por Chiquinho do Além Mar e Denio Azevedo, explora a identidade sergipana através de versos de cordel e ensaios literários. Embora valorizado por sua abordagem educativa e ilustrações diversas, o livro enfrenta críticas por imprecisões históricas, ausência de definição explícita de identidade e falta de representatividade feminina e ambiental.
Palavras-chave: identidade sergipana, cordel, e cultura local.
Thinking-doing e Doing-thinking – Resenha de Elizabeth de Souza Oliveira (UFS) sobre o livro “On decoloniality: concepts, analytics and praxis”, de Catherine Walsh e Walter Mignolo
Resumo:Publicado pela Duke University Press Books em 2018, “On decoloniality: concepts, analytics and praxis”, de Catherine Walsh e Walter Mignolo, apresenta a decolonialidade como conceito, análise e prática contra a modernidade/colonialidade. Críticas apontam que os segmentos poderiam ser mais integrados para enriquecer o diálogo entre os autores.
Palavras-chave: Decolonialidade; Modernidade/Colonialidade; práticas decoloniais.
Historicidades da IA — Resenha de Hermeson Alves de Menezes (UFS/SEED) sobre o livro “História da inteligência artificial: Século 23”, de Michael R. Santos
Resumo: “História da Inteligência Artificial: Século 23” de Michael R. Santos explora a evolução da IA. Apesar do objetivo de tornar o tema acessível, a obra é criticada por sua complexidade e abordagem futurista, que podem confundir leitores sem conhecimento prévio, limitando seu público alvo.
Palavras-chave: Inteligência Artificial; computação; robô.
Potencialidades da fala — Resenha de Giliardo Lima de Oliveira (PPGEAFIN/UNEB) sobre o livro “História Oral: Diálogos com a obra de Alessandro Portelli no Brasil”, organizado por Telma Bessa Sales e Jeferson Lins de Freitas
Resumo: “História Oral: Diálogos com a obra de Alessandro Portelli no Brasil”, editado por Telma Bessa Sales e Antonio Jeferson Lins de Freitas em 2021, explora a metodologia da história oral. Publicado digitalmente pela SertãoCult, enfatiza narrativas marginalizadas, homenageando Portelli. Indispensável para quem pesquisa história oral no Brasil.
Palavras-chave: História Oral; entrevista; Alessandro Portelli.
Todos os sumários
Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.17, maio/jun. 2024.
Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr. 2024.
Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.15, jan./fev. 2024.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.14, nov./dez. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.13, set./out. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.12, jul./ago. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.11, maio./jun. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.10, mar./abr. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.8, nov./dez. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.7, set./out. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n. esp., ago. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.6, jul./ago. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.5, maio/jun. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.4, mar./abr. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.3, jan./fev. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.1, n.2, nov./dez. 2021.
Crítica Historiográfica. Natal, v.1, n.1, set./out. 2021.
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Pindorama pré-cabralina – Resenha de Lenine Flamarion Oliveira da Silva – M’byá guaraní (SMEDC/PPGAFIN-Uneb) sobre “A terra dos mil povos: História indígena do Brasil contada por um índio”, de Kaká Werá Jecupé
Resumo: A terra dos mil povos: História indígena do Brasil contada por um índio”, escrito por Kaká Werá Jecupé e publicado em 2020 pela editora Peirópolis, busca explorar e valorizar os saberes ancestrais transmitidos pela oralidade dos povos originários do Brasil, que foram apagados ou esquecidos pela ação colonizadora. A obra é composta por reflexões sobre o que é ser um índio, sua relação com a terra e a natureza, a invenção do tempo e a trajetória histórica dos povos indígenas no Brasil. Também apresenta a importância dos líderes indígenas do Brasil contemporâneo, que lutam por direitos e preservação de suas culturas.
Palavras-chave: Povos Indígenas, História Indígena, Direitos Indígenas.
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