Submissões

Autoria

Aceitamos resenhas de profissionais da educação superior, profissionais da escolarização básica e de estudantes de graduação e pós-graduação (em cursos de especialização, mestrados e doutorados).

Conteúdo

As resenhas devem expressar avaliações de livros ou de dossiês de revistas acadêmicas de História.

A avaliação é compreendida como atribuição de valor (ou crítica) em dois níveis: o primeiro cobre o valor da natureza e/ou dos usos de, ao menos, um dos seguintes elementos da obra resenhada: problematização, objeto/tema, revisão da literatura, fontes, métodos, conclusões (teses ou hipóteses) e composição (arquitetura da informação ou estilo) e usos reais ou potenciais.

O segundo nível de atribuição de valor deve focar o cumprimento dos objetivos anunciados na obra resenhada.

Quando possível, as resenhas podem apresentar contextualização da obra avaliada na trajetória do autor(a)/coordenador(a) e/ou do lugar do tema/problema veiculado na obra, em relação ao respectivo domínio científico.

Estrutura Retórica

O título da resenha não deve replicar literalmente o texto da obra resenhada. Deve ser iniciada por substantivo ou verbo e não ultrapassar quatro palavras.

O início do texto não deve conter epígrafes ou citações diretas.

O primeiro parágrafo deve informar sobre o tema, problema ou objeto (anunciado pela obra em breve descrição), o título da obra, nome e outros dados consideráveis como relevantes sobre a autoria da obra resenhada.

O segundo parágrafo deve apresentar a contextualização da obra, do tema, objeto ou do problema (se for o caso).

Para o terceiro, o quarto, o quinto (e outros que antecedem o antepenúltimo) parágrafo, a composição da resenha é livre. São aceitos, inclusive, os planos mais comuns, a exemplo da apresentação de síntese das ideias centrais do(s) capítulo(s), parte(s), ou artigo(s), seguida de crítica das referidas ideias e eventuais contribuições ao respectivo campo científico.

O antepenúltimo parágrafo deve apresentar os pontos negativos/problemáticos da obra em termos lógicos e retóricos.

O penúltimo parágrafo deve apresentar os pontos positivos da obra em termos lógicos e retóricos.

O último parágrafo deve apresentar avaliação sintética da obra, priorizando o cumprimento (ou não) dos objetivos anunciados na obra resenhada e/ou o aconselhamento aos leitores potenciais da obra. Da mesma forma que no parágrafo inicial, o último período da resenha não deve conter citações diretas.

 

É necessário transcrever o sumário da obra resenhada (sem o número de página), os dados biobibliográficos e a fotografia do resenhistas, conforme modelo abaixo:

Sumário de Xxxxxx

  • Prefácio
  • Introdução
  • Capítulo 1 Xxxxxx
  • Capítulo 2 Xxxxxx [...]
  • Conclusões
  • Referências

Resenhista

Xxxxxx Xxxxxx – Doutora em Xxxxxx pela Universidade Xxxxxx do Xxxxxx (XXXX), professora do Departamento de Xxxxxx da Universidade Xxxxxx (XXXX). Publicou, entre outros trabalhos, Xxxxxx (Link), Xxxxxx (Link) e Xxxxxx (Link). Orcid: xxxxx; E-mail: xxxxx; Facebook: xxxxx; Instagran: xxxxx.

Para citar esta resenha

[AUTORIA]. [Título: subtítulo]. [Edição]. [Cidade]: [Editora], [Ano de publicação]. [Quantidade de páginas].

Dimensões

Do título da resenha ao final do currículo do resenhista, o texto deve conter entre 1200 e 1500 palavras.

Formatação

A fonte Times New Roman,  espaço simples, alinhadas à esquerda.

Os grifos empregados são o itálico (para obra publicada) e o negrito (para termos em língua estrangeira). Títulos de capítulos e de artigos devem ser grafados entre aspas (sem negrito e sem itálico).

As citações diretas, internas à obra resenhada, devem informar apenas o número da página, disposto entre parênteses. Ex: “(p.34)”. Para citações diretas externas ao texto resenhado, deve-se informar auto(a)/data/página com autoria em letras minúsculas. Ex: “(Oliveira, 2021, p.34)”.

As referências completas da obra resenhada, das fontes e da literatura empregada na resenha devem ser listadas ao final do texto. Devem ser incluídos os nomes de eventuais ilustradores, desenhistas, compendiadores, tradutores, revisores técnicos, prefaciadores ou apresentadores. A organização dos elementos de referenciação deve obedecer à NBR 6023/2018.

Notas explicativas devem vir ao fim do texto. com eventuais notas identificadas por números arábicos, no corpo do texto e no texto das notas, que estarão dispostas ao fim do texto principal “[1]”.

Dados sobre a autoria da resenha devem limitar-se à: titulação máxima, vinculação institucional; área de especialização (no interior da instituição referida); título de até três obras autorais, acompanhadas dos respectivos endereços eletrônicos que viabilizem a consulta pelo leitor da resenha, endereço de correio eletrônico (e-mail) e registros em redes sociais (@).

Os manuscritos devem ser acompanhados de imagem da autoria que será postada à esquerda do penúltimo parágrafo do post em formato miniatura, ao lado dos dados biográficos e das referências da resenha. O formato final do retrato (busto) da autoria é de 225 x 150 pixels.

Observações quanto à imagem da autoria do livro resenhado - Por padrão, empregamos a imagem de melhor resolução disponível na internet. No caso de mais de um autor, empregamos a imagem de melhor resolução no topo do post e as de baixa resolução no corpo da resenha, em formato miniatura. Na ausência de arquivos da autoria com boa resolução, empregaremos uma imagem sugerida pelo conteúdo da resenha, podendo ser, inclusive, um recorte da capa do livro. Caso o resenhista ou o autor da obra resenhada discordem da imagem empregada no topo do post, podem enviar imagem de melhor resolução para substituição imediata.


Critérios de avaliação das resenhas

As resenhas passam pelo crivo de dois pareceristas para a avaliação da qualidade do trabalho.

  1. A resenha informa sobre o título da obra e o nome da autoria da obra no primeiro parágrafo?
  2. A resenha informa sobre o tema e/ou o problema da obra no primeiro ou no segundo parágrafo?
  3. A resenha informa o lugar da obra (do tema, do problema ou das teses) no campo do conhecimento ou na trajetória do autor, no primeiro ou no segundo parágrafo?
  4. A resenha apresenta avaliação de no mínimo dois dos itens obrigatórios – problematização, revisão da literatura, fontes, métodos, conclusões (teses ou hipóteses), composição (gramatical e/ou estilística) e usos reais ou potenciais, inclusa a avaliação sobre o cumprimento dos objetivos anunciados na obra resenhada?
  5. A resenha apresenta avaliação sintética da obra no último parágrafo, considerando o cumprimento (ou não) dos objetivos anunciados pelo(s) autor(es) ou coordenador(es) da obra resenhada?
  6. A resenha apresenta avaliação sintética da obra, no último parágrafo, considerando o valor do texto para para o respectivo campo acadêmico e/ou para o potencial leitor)?

Aprovadas em até 30 dias, são remetidas aos autores para eventuais ajustes ou assentimento sobre as propostas de adequação promovidas pelos editores.

Em até 60 dias, contados do início do processo, as resenhas estarão prontas para a publicação.


Roteiro para iniciantes no gênero resenha acadêmica (ou crítica)

Em cursos de produção de resenhas, percebemos que os maiores problemas dos noviços não estão na identificação de elementos chave e na interpretação de teses expressas nos livros resenhados. A dificuldade maior reside na composição do texto, ou seja, na comparação, seleção e distribuição das notas de leitura de modo lógico, coerente e conciso.

Por essa razão, oferecemos um roteiro de resenha em tópicos que pode auxiliar no desenvolvimento dessas habilidades. Se você quer experimentar conosco, siga as orientações abaixo. Elas reúnem três tipos de capacidade: o que você já conhece e aplica nos cursos de graduação; o que nós apresentamos como prescrição da revista Crítica Historiográfica (os parâmetros da nossa resenha) e o que oferecem os recursos de Inteligência Artificial (IA).

Este último tipo de capacidades é, provavelmente, o mais controverso. Deixemos claro o uso indicado. Se você tem dificuldades de ordenação lógica das anotações de leitura em um texto coeso e coerente (dificuldades de composição), use recursos da IA para obter uma primeira versão do seu parágrafo e faça as devidas correções do que a máquina oferece.

Se você sabe compor, mas tem problemas com o emprego das regras da língua culta, ou seja, se comete erros de ortografia e gramática, use os recursos da IA para obter uma versão corrigida do seu parágrafo e faça as devidas adaptações estilísticas.

Se, por fim, você sabe compor, sabe empregar as regras da língua culta, mas não consegue escrever de modo claro e objetivo, use os recursos da IA para obter uma versão menos rebuscada do seu escrito de modo a atingir um público mais amplo.

I. Orientações para o trabalho de leitura e anotação

  • Leia a lista de respostas necessárias à construção da resenha exigidas pela revista.
  • Faça a leitura do livro por blocos para tirar proveito da memória trabalho e da memória de tempo breve (Leia o prefácio e anote, leia o sumário e anote, leia a introdução e anote etc.).
  • Faça anotações marginais de expressões ou termos isolados para o caso de conceitos ou fatos destacados a descrever ou conceitos e fatos destacados a criticar.
  • Faça anotações no topo ou no rodapé da página de frases de sentido completo para o caso de objetivos, questões centrais, hipóteses e/ou conclusões a descrever ou objetivos, questões centrais, hipóteses e/ou conclusões a criticar.

II. Orientações para o trabalho de composição, revisão textual e/ou revisão estilística

  • Transfira para o formulário abaixo as suas anotações com respostas necessárias à construção da resenha.
  • Completado um bloco do formulário, tente redigir o parágrafo, empregando os operadores argumentativos. Observe um modelo de primeiro parágrafo aqui mesmo nesta revista.
  • Em seguida, copie e cole o seu parágrafo e escreva comando na janela do chat da IA: “Revise este texto, corrigindo repetições de palavras, erros gramaticais e erros estilísticos para um texto formal.”
  • Se ainda não estiver em condições de redigir o parágrafo, copie as informações do primeiro bloco e cole na janela do chat, após escrever o seguinte comando: “Escreva o primeiro parágrafo de uma resenha crítica a partir das seguintes informações: ....
  • Copie o resultado da revisão gramatical/estilística da primeira versão do parágrafo e cole no topo do mesmo fichamento onde registrou suas anotações para que você possa comparar o que ordenou à máquina e o que ela ofereceu.
  • Revise o texto da máquina e repita a operação com os próximos parágrafos sistematicamente.

III. Sequência didática para a composição da resenha

Para construir o primeiro parágrafo, com base nas capas, elementos pré-textuais e introdução, digite aqui:

    1. Título da obra;
    2. Nome do autor ou organizador;
    3. Editora;
    4. Ano de publicação;
    5. Gênero da publicação;
    6. Objeto anunciado;
    7. Problema ou o objetivo anunciado na obra;
    8. Nome do(s) prefaciador(es) e/ou apresentador(es) e/ou coordenador(es);
    9. Valoração inicial da obra atribuída pelo(s) prefaciador(es) e/ou apresentador(es) e/ou coordenador(es).

Para construir o segundo parágrafo, digite:

    1. Dados biobibliográficos sobre o(s) autor(es) e/ou coordenador(es) e/ou organizador(es)
    2. Dados sobre o contexto de publicação da obra (Resultado de um doutorado, comemoração, experiência administrativa, conjuntura de efervescência política, crise econômica  etc.)/
    3. Dados sobre o estado da arte (se for o caso) do tema, objeto ou do problema ou do domínio de pesquisa veiculado pela obra ou relacionado à obra;
    4. Descrição da estrutura da obra (número de capítulos, partes ou seções.

Para construir os parágrafos terceiro, quarto ou quinto (se for o caso), digite:

    1. Objetivo do capítulo/parte/seção* (preferencialmente em forma de paráfrase);
    2. Argumento central (declaração justificada e evidenciada) comunicado pelo capítulo/parte/seção (a resposta/conclusão relativa ao objetivo anunciado no capítulo);
    3. Valor/virtude do capítulo/parte/seção em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões - teses ou hipóteses/composição - arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica);**
    4. Desvalor/vício do capítulo/parte/seção em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões - teses ou hipóteses/composição - arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica).**
    • (*) A segmentação em parágrafos é você quem decide. Pode fazer um parágrafo para cada capítulo ou juntar a descrição de dois capítulos no mesmo parágrafo. Pode fazer resumos de partes ou de seções. Para o caso de coletâneas ou de livros monográficos com muitos capítulos, você pode criar um critério e agrupá-los. O importante é fornecer uma visão clara sobre o conteúdo da obra, mesmo que para isso tenha que subverter o plano de composição original da obra.
    • (**) O exame da obra sob esses critérios é obrigatório para a disposição dos resultados da crítica imediatamente após o resumo do capítulo/parte/seção é opcional. Você pode fazer um ou vários parágrafos, reunindo todos os valores/virtudes e/ou desvalores/vícios da obra ao final da sequência de resumos de cada capítul/parte/seção, como orientamos na sequência.

Para construir o penúltimo segmento de texto (um ou vários parágrafos com a crítica detalhada), digite:

    1. Valor/virtude do(s) capítulo(s)/parte(s)/seção(ões) em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões - teses ou hipóteses/composição - arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica);***
    2. Desvalor/vício do(s) capítulo(s)/parte(s)/seção(ões) em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões - teses ou hipóteses/composição - arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica).***
    • (***) A ordem dos parágrafos é você quem decide. O importante é que haja coesão entre o último parágrafo da penúltimo segmento (a comunicação da crítica) e o parágrafo final da resenha.

Para construir último segmento de texto (um ou dois parágrafos com a crítica sintetizada), digite:

    1. Valor/desvalor geral da obra (uma síntese dos vícios e virtudes situados ao fim de cada capítulo/parte/seção ou após os parágrafos que resumem cada capítulo/parte/seção;
    2. Parecer sobre o cumprimento parcial ou total ou o descumprimento dos objetivos centrais anunciados (registrados no primeiro parágrafo da resenha);
    3. Indicação de leitores potenciais da obra.

Para construir o título da resenha, digite:

    1. Uma, duas, três ou quatro palavras (ausentes no título da obra resenhada) em frase com sentido completo (não iniciada com artigos) que sintetizem o conteúdo da obra ou uma qualidade que você atribuiu à obra.

Para construir o resumo da resenha, digite:

    1. Frases com sentido completo que não excedam 50 palavras, destacando: título, autor, objetivo da obra resenhada e críticas à obra resenhada.***
    • (***) Encerrada a primeira versão, faça a contagem do número de palavras e amplie o texto (se for o caso). A revista aceita resenhas com extensão que varia de 1200 a 1500 palavras.

IV. Exemplo simplificado de roteiro preenchido

  • Notas de leitura para o primeiro parágrafo (Introdução)
    • Título - Joãosinho da Goméia.
    • Organizadores - Inês Gouveia, Andrea Mendes, Nielson Bezerra e Marlúcia Santos de Souza.
    • Editora - Fino Traço.
    • Ano de edição - 2021.
    • Gênero - coletânea.
    • Objeto - visão múltipla da vida do babalorixá baiano João Alves Torres Filho (Joãosinho da Goméia), que atuou no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1950 e 1060.
  • Notas de leitura para o segundo parágrafo (Contextualização)
    • Dados dos coordenadores - Coordenadores são especialistas nas áreas de Museologia, Patrimônio e História, estudiosos em África e Africanidades no Brasil.
    • Contexto de publicação - A coletânea é publicada no contexto das comemorações das duas décadas da legislação educacional sobre História da África e das culturas Africana e Afro-brasileira.
    • Justificativas para a publicação - a necessidade de destacar a memória, a palavra e a honra desse líder do Candomblé do Brasil.
    • Estrutura da obra - doze capítulos em duas partes: "Memória e representatividade" e "A memória e a cidade".
  • Notas de leitura para o terceiro parágrafo (Resumo da primeira parte)
    • Argumentos centrais da primeira parte.
    • Joãosinho da Goméia é apresentado como homem negro, envolvido com os problemas da cultura do seu povo.
    • Joãosinho da Goméia é apresentado como pessoa engajada na conquista de espaços de poder e nas lutas por visões positivas sobre suas crenças.
    • Joãosinho da Goméia contestava as ideologias cristã e heteronormativa do seu tempo, considerado por isso um ícone da resistência dos subalternos do seu tempo.
  • Notas de leitura para o quarto parágrafo (Resumo da segunda parte)
    • Joãosinho da Goméia nasce na Bahia, fixa-se no Rio de janeiro, consolidando-se como sacerdote.
    • Joãosinho da Goméia destacou-se pelo grande conhecimento sobre a cultura ancestral.
    • Joãosinho da Goméia ganhou fama no movimento religioso, na política e na vida acadêmica
  • Notas de leitura para o quinto parágrafo (Pontos positivos)
    • A obra reconstrói a atmosfera religiosa dominante no período e no entorno de Joãosinho da Goméia.
    • A iconografia é o instrumento principal na construção desse ambiente na mente do leitor.
    • A variedade de gêneros textuais incorporados como fontes ampliam a credibilidade da obra como testemunho sobre a história do município de Duque de Caxias
  • Notas de leitura para o sexto parágrafo (Pontos problemáticos)
    • A obra pouco explora a riqueza dos depoimentos orais em termos de liturgia, mística, cânticos.
    • A obra é apoiada teoricamente por teses colonialistas, destoando da problemática tipicamente decolonial proposta pelos coordenadores.
    • Pontos problemáticos da obra (se for o caso)
  • Notas de leitura para o sétimo e último parágrafo (Conclusão)
    • É uma obra que atende ao que o tema propõe: evidencia um personagem engajado na sobrevivência da arte e cultura negra por meio da conquista dos espaços de poder e conhecimento, reinventando ambientes e ressignificando os espectros pelos quais o Candomblé era observado no século XX.
    • A obra demonstra a firmeza do personagem em defender seu lócus enunciativo, a potência de um Candomblé a sua maneira, e uma luta pelo reconhecimento de sua ótica sobre a religiosidade que acreditava e vivia.
    • É obra importante para uso de acadêmicos e não acadêmicos interessados nos estudos sobre gênero nas religiões de matrizes africanas e com isso dialogar sobre questões de poder, influência e liderança das instâncias afro religiosas do século XIX e XX.
  • Proposta de título
    • Sabedoria que conquista espaços.

V. Exemplo simplificado de roteiro preenchido, composto e revisado por recursos de Inteligência Artificial

"Sabedoria que conquista espaços - Resenha de Joãosinho da Goméia"

Joãosinho da Goméia é a coletânea organizada por Inês Gouveia, Andrea Mendes, Nielson Bezerra e Marlúcia Santos de Souza, publicada em 2021, pela editora Fino Traço. O livro apresenta visão múltipla da vida do babalorixá baiano João Alves Torres Filho (Joãosinho da Goméia), que atuou no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1950 e 1060.

Os responsáveis pela organização da obra são especialistas nas áreas de Museologia, Patrimônio e História, estudiosos em África e Africanidades no Brasil. A publicação dos textos é oportuna pois emerge no contexto das comemorações das duas décadas da legislação educacional sobre História da África e das culturas Africana e Afro-brasileira. Além disso, marca a a necessidade de destacar a memória, a palavra e a honra desse líder do Candomblé do Brasil.

A obra está estruturada doze capítulos distribuídos duas partes: "Memória e representatividade" e "A memória e a cidade". Na primeira parte, Joãosinho da Goméia é apresentado como homem negro, envolvido com os problemas da cultura do seu povo. Os autores o descrevem como pessoa engajada na conquista de espaços de poder e nas lutas por visões positivas sobre suas crenças. Além disso, ressaltam o seu empenho em contestar as ideologias cristã e heteronormativa do seu tempo, sendo por esta razão considerado um ícone da resistência dos subalternos do seu tempo.

Na segunda parte, os autores descreve a trajetória do babalorixá, que nasce na Bahia, fixa-se no Rio de janeiro, consolidando-se como sacerdote. Ali, conforme os especialistas, Joãosinho da Goméia destacou-se pelo grande conhecimento que manifestava sobre a cultura ancestral, ganhando notoriedade no movimento religioso, na política e na vida acadêmica

Com facilidade, o leitor atento vai notar que a obra reconstrói a atmosfera religiosa dominante no período e no entorno de Joãosinho da Goméia. A iconografia é o instrumento principal na construção desse ambiente na mente do leitor. E não é só a recuperação imagética e imaginativa dos tempos vividos pelo sacerdote. Considerando a variedade de gêneros textuais incorporados como fontes, a obra ganha em valor como testemunho significativo sobre a história do município de Duque de Caxias

Apesar das qualidades, a obra é insuficiente em alguns aspectos. Os autores pouco exploram a riqueza dos depoimentos orais em termos de liturgia, mística, cânticos. Além disso, a obra é apoiada teoricamente por teses colonialistas, destoando da problemática tipicamente decoloniais proposta pelos coordenadores, explicitando grave contradição.

Esses problemas, contudo, não nos impedem de reconhecer que a coletânea atende ao que o tema propõe: evidencia um personagem engajado na sobrevivência da arte e cultura negra por meio da conquista dos espaços de poder e conhecimento, reinventando ambientes e ressignificando os espectros pelos quais o Candomblé era observado no século XX.

A obra demonstra a firmeza do personagem em defender seu lócus enunciativo, a potência de um Candomblé a sua maneira, e uma luta pelo reconhecimento de sua ótica sobre a religiosidade que acreditava e vivia. Desse modo, Joãosinho da Goméia é livro importante para uso de acadêmicos e não acadêmicos interessados nos estudos sobre gênero nas religiões de matrizes africanas e com isso dialogar sobre questões de poder, influência e liderança das instâncias afro religiosas do século XIX e XX.


Esta é uma versão didática para demonstrar a viabilidade do roteiro. Se você quiser conhecer a resenha na íntegra, escrita por André de Jesus de Lima SME/Eunápolis-BA/UFSB), acesse aqui.

Agora que você já sabe como fazer, envie-nos a sua primeira resenha. Teremos todo o prazer de revisá-la e, depois da sua autorização, publicá-la aqui em Crítica Historiográfica.

Acesse aqui o formulário para enviar sua resenha.

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