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Pós-Abolição e as Relações Raciais
Resumo: Este dossiê da revista Crítica Historiográfica explora o Pós-Abolição e Relações Raciais no Brasil, reunindo resenhas críticas que abordam desde a experiência negra, racismo, até o antirracismo. Contribuições de diversas universidades brasileiras iluminam temas como racismo estrutural, branquitude e resistência histórica, visando aprofundar o entendimento das complexidades raciais nas Américas.
Palavras-chave: Pós-Abolição, Relações Raciais, Racismo Estrutural.
Educação positivada – Resenha de Luciana Oliveira Vieira (PPGS/UFS) sobre o livro “Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser”, de Sueli Carneiro
Resumo: “Dispositivo de Racialidade” de Sueli Carneiro aplica conceitos de Foucault à racialidade brasileira, explorando epistemicídio e genocídio estatal. Relata a resistência de ativistas negros e discute educação e ética, desafiando perspectivas eurocentradas e destacando a luta contra o racismo sistêmico no Brasil.
Palavras-chave: Dispositivo de Racialidade, Epistemicídio, Biopoder.
Contra a corrente — Resenha de Laila Thaíse Batista de Oliveira sobre a obra “Uma história feita por mãos negras: Relações raciais, quilombos e movimentos”, coletânea de textos de Maria Beatriz Nascimento, organizada por Alex Ratts
Resumo: “Uma história feita por mãos negras”, organizada por Alex Ratts, explora as obras de Beatriz Nascimento sobre relações raciais e quilombos no Brasil. A obra reconta a história brasileira através de uma perspectiva negra, criticando teorias europeias e ressaltando a importância da narrativa negra.
Palavras-chave: Relações Raciais, Quilombos, Negros.
Discurso didático contra o racismo — Resenha de Lhais Isla Dantas Leite (UFS) sobre o livro “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento
Resumo: “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento, publicado em 2022, aborda a discriminação racial no Brasil, analisando a supremacia branca e seus efeitos. A obra, destaca-se pela linguagem acessível e foco em equidade racial e de gênero, e crítica o sistema, apesar de apresentar certas lacunas informativas.
Palavras-chave: Branquitude, Equidade Racial, Racismo.
Agência excluída — Resenha de Bruna Gabriella Santiago Silva (PPGH/UFRGS) sobre o livro “Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães
Resumo: “Modernidades negras: A formação racial brasileira (1930–1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, analisa a formação racial brasileira (1930-1970) focando na intelectualidade negra e o racismo na configuração ideológica. A obra, criticada por limitar a agência negra e enfatizar influências brancas, é vista como parcialmente bem-sucedida em atingir seu objetivo de refletir sobre o pensamento social brasileiro, sendo importante para estudantes de graduação pela diversidade de fontes e perspectivas críticas que oferece.
Palavras-chave: Modernidade Negra, Agência, Intelectuais Negros.
Afirmação de si — Resenha de Wellington de Jesus Bomfim sobre o livro “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neuza Santos Souza
Resumo: “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neusa Santos Souza, baseado em sua pesquisa de mestrado, examina os impactos psicológicos e sociais do racismo em negros que buscam a ascensão social. Estudo inovador, aponta para a superação da suposta inferioridade racial, e da negação da identidade negra.
Palavras-chave: Racismo, Pessoas Negras, Ascensão Social.
Dois momentos de uma obra — Resenha de Romero Venâncio (UFS) sobre o livro “Sociologia do negro brasileiro”, de Clóvis Moura
Resumo: “Sociologia do Negro Brasileiro”, de Clóvis Moura, critica a “democracia racial” e explora a resistência negra pós-abolição. Publicada inicialmente em 1988 e reeditada em 2019, a obra é fundamental na luta contra o racismo, além de destacar a importância dos intelectuais negros no Brasil.
Palavras-chave: Democracia Racial, Resistência Negra, Sociologia.
Canto do rebelde esquecido — Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (PPGD-UNB) sobre o livro “Negro sou: a questão étnico-racial e o Brasil: ensaios, artigos e outros textos (1949–1973)” de Guerreiro Ramos, organizado por Muryatan S. Barbosa
Resumo: “Negro Sou”, organizado por Muryatan S. Barbosa, é uma compilação de textos de Alberto Guerreiro Ramos que explora a questão étnico-racial e o Brasil entre 1949 e 1973. A obra ressalta a contribuição de Guerreiro Ramos nos debates raciais e sociais. Apesar de algumas inconsistências na seleção e apresentação dos textos, a coletânea oferece uma visão de suas ideias e contribuições ao debate sobre a opressão racial e a formação nacional/colonial no Brasil.
Palavras-chave: Guerreiro Ramos, Negro, Questão Étnico-Racial.
Transnacionalismo Negro — Resenha de Charlisson Silva de Andrade (PPGS/UFS) sobre o livro “Diáspora imaginadas”, de Kim Butler e Petrônio Domingues
Resumo: “Diásporas Imaginadas: Atlântico Negro e Histórias Afro-brasileiras”, de Kim D. Butler e Petrônio Domingues, explora a diáspora e experiência afro-brasileira, visando reconstituir e examinar aspectos dessa relação. Publicado em 2020, critica abordagens essencialistas e nacionalistas, utilizando a diáspora como ferramenta teórica para analisar a a vida de populações afro-brasileiras em diálogo afrodiaspórico. Destaca a participação ativa dos afro-brasileiros no circuito transnacional negro.
Palavras-chave: Histórias Afro-brasileiras, Atlântico Negro, Diáspora.
Pinceladas às avessas — Resenha de Caroline de Lara (UEPG/UFS) sobre o livro “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré
Resumo: “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré, objetiva analisar o racismo brasileiro pós-abolicionista. A obra é criticada por omitir discussões sobre racismo religioso e fascismo, além de tratar superficialmente temas complexos, apesar de ser considerada útil para movimentos sociais e estudo do racismo.
Palavras-chave: História do Racismo, Pós-abolicionismo, Racismo Brasileiro.
Promessa da explicação — Resenha de Érica Maria Delfino Chagas sobre o livro “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza
Resumo: “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza, é uma explora o racismo na condição de elemento central na formação da sociedade brasileira, detalhando o impacto do fenômeno em várias dimensões sociais, políticas e morais. O autor, com ampla experiência acadêmica, apresenta uma análise profunda e inovadora, incitando o debate sobre a questão racial no Brasil.
Palavras-chave: Racismo, Racismo Mutidimensional, Formação da Sociedade Brasileira.
O jogo do ofuscamento — Resenha de Petrônio Domingues (UFS) sobre o livro “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, de Eduardo Bonilla-Silva
Resumo: Em “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, Eduardo Bonilla-Silva explora o “racismo da cegueira de cor” nos EUA, uma ideologia que justifica desigualdades raciais sem reconhecer o racismo estrutural. Critica-se a postura das pessoas brancas que negam responsabilidade pelas desvantagens raciais. A obra, elogiada por sua originalidade e rigor teórico, enfrenta críticas por seu tom proselitista na conclusão, onde prescreve ações antirracistas.
Palavras-chave: Racismo, Racistas, Racismo Estrutural.
Olhar militante sobre a desigualdade — Resenha de Carlos Eduardo Trindade Santos (UFS/SINAF) sobre o livro “A sociedade desigual: racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mario Theodoro
Resumo: “A sociedade desigual: Racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mario Theodoro, explora a persistente desigualdade racial no Brasil. Theodoro analisa os modos de estruturação do racismo na sociedade, explorando áreas como o mercado de trabalho, educação, saúde e urbanização. Critica a invisibilidade dos negros nas esferas de poder e a ação limitada do Estado, propondo reflexões para mudanças sociais.
Palavras-chave: Desigualdade, Racismo, Branquitude.
Buscar o que restou — Resenha de José Edwyn Silva Gomes (UFS), sobre o livro “Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiva Hartman
Resumo: “Perder a mãe: Uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiya Hartman, explora as rotas do tráfico atlântico de escravos, buscando vestígios dos escravizados. Hartman utiliza a fabulação crítica para preencher lacunas históricas, mas sua obra é criticada por possíveis generalizações e anacronismos. Ainda assim, oferece uma abordagem inovadora na historiografia da escravidão, valorizando experiências individuais e coletivas dos descendentes de escravizados.
Palavras-chave: Tráfico Atlântico, Escravidão, Identidades.
Memória em disputa — Resenha de Maykon Paulo da Silva Guimarães (PROHIS/UFS) sobre a obra “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato
Resumo: “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato, analisa o impacto do Massacre de 17 de novembro na racialização pós-abolição no Maranhão. A obra destaca a complexidade das relações raciais e a manipulação da memória histórica. Críticas apontam para repetições excessivas, mas elogiam o uso diversificado de fontes para evidenciar o racismo e a opressão. É valorizado como recurso para estudiosos das dinâmicas raciais e históricas do Brasil.
Palavras-chave: Massacre de 17 de Novembro, Proclamação da República, Raça.
Cidadania para quem? – Resenha de Edvaldo Alves de Souza Neto (UFS) sobre o livro “De que lado você samba? raça, política e ciência na Bahia do pós-abolição”, de Gabriela dos Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque
Resumo: “De que lado você samba? Raça, política e ciência na Bahia do Pós-abolição”, de Gabriela Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque, analisa a exclusão racial na Bahia após 1888. Destaca o uso do racismo científico para negar cidadania a negros e mestiços. Criticada por falta de objetivos claros, a obra é reconhecida por expor as desigualdades raciais.
Palavras-chave: Racismo, Cientificismo, Política.
Livro seminal – Resenha de Itamar Freitas (UFS/Uneb) sobre o livro “História do negro brasileiro”, de Clovis Moura
Resumo: “História do Negro Brasileiro”, escrito por Clóvis Moura, investiga a influência do povo negro na construção do Brasil, enfatizando sua luta desde a época da escravidão até a busca por reconhecimento como cidadãos. Embora a obra tenha recebido críticas sobre contradições e generalizações, seu valor reside em destacar a importância histórica do povo negro na formação da nação brasileira.
Palavras-chave: História do Negro, Escravidão, Cidadania.
Exumando a rebelião dos autos – Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (UNB) sobre o livro “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais” de Saidyia Hartman
Resumo: “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos” de Saidiya Hartman explora histórias íntimas de meninas negras e queers radicais, utilizando o método de fabulação crítica. O objetivo é resgatar memórias e personagens históricos marginalizados, embora a explicação do método seja breve, potencialmente confundindo novos leitores
Palavras-chave:. Meninas negras, Meninas Queers, Personagens Marginalizados.
Resenha de Maria Margarida Dias de Oliveira (UFRN) sobre o livro “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti
Resumo: “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti, narra acontecimentos da vida de Elke Grünupp, artista brasileira, nascida na Alemanha, destacada por atitudes anarquistas e críticas ao status quo. Leitura envolvente e exemplo de crítica de fontes e posicionamento autoral, o livro peca pela linearidade cronológica dominante na composição.
Palavras-chave: Maravilha, Mulher, Biografia.
Crua memória da periferia – Resenha de Juliana Silva Santana (UECE) sobre o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada” de Carolina Maria de Jesus
Resumo: “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, expõe a realidade de uma favela em São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. O diário ilustra a luta diária de Carolina como mãe solo e catadora de papel, abordando questões de pobreza, racismo e desigualdade social. A obra, ainda relevante em 2024, reflete sobre opressões interseccionais e a marginalização das comunidades negras e faveladas, cumprindo um papel social e literário significativo.
Palavras-chave: Favela, Mulher Negra; Desigualdade Social.
Todos os sumários
Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.15, jan./fev. 2024.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.14, nov./dez. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.13, set./out. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.12, jul./ago. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.11, maio./jun. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.10, mar./abr. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.8, nov./dez. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.7, set./out. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n. esp., ago. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.6, jul./ago. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.5, maio/jun. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.4, mar./abr. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.3, jan./fev. 2022.
Crítica Historiográfica. Natal, v.1, n.2, nov./dez. 2021.
Crítica Historiográfica. Natal, v.1, n.1, set./out. 2021.
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Pós-Abolição e as Relações Raciais
Resumo: Este dossiê da revista Crítica Historiográfica explora o Pós-Abolição e Relações Raciais no Brasil, reunindo resenhas críticas que abordam desde a experiência negra, racismo, até o antirracismo. Contribuições de diversas universidades brasileiras iluminam temas como racismo estrutural, branquitude e resistência histórica, visando aprofundar o entendimento das complexidades raciais nas Américas.
Palavras-chave: Pós-Abolição, Relações Raciais, Racismo Estrutural.
Educação positivada – Resenha de Luciana Oliveira Vieira (PPGS/UFS) sobre o livro “Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser”, de Sueli Carneiro
Resumo: “Dispositivo de Racialidade” de Sueli Carneiro aplica conceitos de Foucault à racialidade brasileira, explorando epistemicídio e genocídio estatal. Relata a resistência de ativistas negros e discute educação e ética, desafiando perspectivas eurocentradas e destacando a luta contra o racismo sistêmico no Brasil.
Palavras-chave: Dispositivo de Racialidade, Epistemicídio, Biopoder.
Contra a corrente — Resenha de Laila Thaíse Batista de Oliveira sobre a obra “Uma história feita por mãos negras: Relações raciais, quilombos e movimentos”, coletânea de textos de Maria Beatriz Nascimento, organizada por Alex Ratts
Resumo: “Uma história feita por mãos negras”, organizada por Alex Ratts, explora as obras de Beatriz Nascimento sobre relações raciais e quilombos no Brasil. A obra reconta a história brasileira através de uma perspectiva negra, criticando teorias europeias e ressaltando a importância da narrativa negra.
Palavras-chave: Relações Raciais, Quilombos, Negros.
Discurso didático contra o racismo — Resenha de Lhais Isla Dantas Leite (UFS) sobre o livro “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento
Resumo: “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento, publicado em 2022, aborda a discriminação racial no Brasil, analisando a supremacia branca e seus efeitos. A obra, destaca-se pela linguagem acessível e foco em equidade racial e de gênero, e crítica o sistema, apesar de apresentar certas lacunas informativas.
Palavras-chave: Branquitude, Equidade Racial, Racismo.
Agência excluída — Resenha de Bruna Gabriella Santiago Silva (PPGH/UFRGS) sobre o livro “Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães
Resumo: “Modernidades negras: A formação racial brasileira (1930–1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, analisa a formação racial brasileira (1930-1970) focando na intelectualidade negra e o racismo na configuração ideológica. A obra, criticada por limitar a agência negra e enfatizar influências brancas, é vista como parcialmente bem-sucedida em atingir seu objetivo de refletir sobre o pensamento social brasileiro, sendo importante para estudantes de graduação pela diversidade de fontes e perspectivas críticas que oferece.
Palavras-chave: Modernidade Negra, Agência, Intelectuais Negros.
Afirmação de si — Resenha de Wellington de Jesus Bomfim sobre o livro “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neuza Santos Souza
Resumo: “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neusa Santos Souza, baseado em sua pesquisa de mestrado, examina os impactos psicológicos e sociais do racismo em negros que buscam a ascensão social. Estudo inovador, aponta para a superação da suposta inferioridade racial, e da negação da identidade negra.
Palavras-chave: Racismo, Pessoas Negras, Ascensão Social.
Dois momentos de uma obra — Resenha de Romero Venâncio (UFS) sobre o livro “Sociologia do negro brasileiro”, de Clóvis Moura
Resumo: “Sociologia do Negro Brasileiro”, de Clóvis Moura, critica a “democracia racial” e explora a resistência negra pós-abolição. Publicada inicialmente em 1988 e reeditada em 2019, a obra é fundamental na luta contra o racismo, além de destacar a importância dos intelectuais negros no Brasil.
Palavras-chave: Democracia Racial, Resistência Negra, Sociologia.
Canto do rebelde esquecido — Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (PPGD-UNB) sobre o livro “Negro sou: a questão étnico-racial e o Brasil: ensaios, artigos e outros textos (1949–1973)” de Guerreiro Ramos, organizado por Muryatan S. Barbosa
Resumo: “Negro Sou”, organizado por Muryatan S. Barbosa, é uma compilação de textos de Alberto Guerreiro Ramos que explora a questão étnico-racial e o Brasil entre 1949 e 1973. A obra ressalta a contribuição de Guerreiro Ramos nos debates raciais e sociais. Apesar de algumas inconsistências na seleção e apresentação dos textos, a coletânea oferece uma visão de suas ideias e contribuições ao debate sobre a opressão racial e a formação nacional/colonial no Brasil.
Palavras-chave: Guerreiro Ramos, Negro, Questão Étnico-Racial.
Transnacionalismo Negro — Resenha de Charlisson Silva de Andrade (PPGS/UFS) sobre o livro “Diáspora imaginadas”, de Kim Butler e Petrônio Domingues
Resumo: “Diásporas Imaginadas: Atlântico Negro e Histórias Afro-brasileiras”, de Kim D. Butler e Petrônio Domingues, explora a diáspora e experiência afro-brasileira, visando reconstituir e examinar aspectos dessa relação. Publicado em 2020, critica abordagens essencialistas e nacionalistas, utilizando a diáspora como ferramenta teórica para analisar a a vida de populações afro-brasileiras em diálogo afrodiaspórico. Destaca a participação ativa dos afro-brasileiros no circuito transnacional negro.
Palavras-chave: Histórias Afro-brasileiras, Atlântico Negro, Diáspora.
Pinceladas às avessas — Resenha de Caroline de Lara (UEPG/UFS) sobre o livro “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré
Resumo: “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré, objetiva analisar o racismo brasileiro pós-abolicionista. A obra é criticada por omitir discussões sobre racismo religioso e fascismo, além de tratar superficialmente temas complexos, apesar de ser considerada útil para movimentos sociais e estudo do racismo.
Palavras-chave: História do Racismo, Pós-abolicionismo, Racismo Brasileiro.
Promessa da explicação — Resenha de Érica Maria Delfino Chagas sobre o livro “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza
Resumo: “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza, é uma explora o racismo na condição de elemento central na formação da sociedade brasileira, detalhando o impacto do fenômeno em várias dimensões sociais, políticas e morais. O autor, com ampla experiência acadêmica, apresenta uma análise profunda e inovadora, incitando o debate sobre a questão racial no Brasil.
Palavras-chave: Racismo, Racismo Mutidimensional, Formação da Sociedade Brasileira.
O jogo do ofuscamento — Resenha de Petrônio Domingues (UFS) sobre o livro “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, de Eduardo Bonilla-Silva
Resumo: Em “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, Eduardo Bonilla-Silva explora o “racismo da cegueira de cor” nos EUA, uma ideologia que justifica desigualdades raciais sem reconhecer o racismo estrutural. Critica-se a postura das pessoas brancas que negam responsabilidade pelas desvantagens raciais. A obra, elogiada por sua originalidade e rigor teórico, enfrenta críticas por seu tom proselitista na conclusão, onde prescreve ações antirracistas.
Palavras-chave: Racismo, Racistas, Racismo Estrutural.
Olhar militante sobre a desigualdade — Resenha de Carlos Eduardo Trindade Santos (UFS/SINAF) sobre o livro “A sociedade desigual: racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mario Theodoro
Resumo: “A sociedade desigual: Racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mario Theodoro, explora a persistente desigualdade racial no Brasil. Theodoro analisa os modos de estruturação do racismo na sociedade, explorando áreas como o mercado de trabalho, educação, saúde e urbanização. Critica a invisibilidade dos negros nas esferas de poder e a ação limitada do Estado, propondo reflexões para mudanças sociais.
Palavras-chave: Desigualdade, Racismo, Branquitude.
Buscar o que restou — Resenha de José Edwyn Silva Gomes (UFS), sobre o livro “Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiva Hartman
Resumo: “Perder a mãe: Uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiya Hartman, explora as rotas do tráfico atlântico de escravos, buscando vestígios dos escravizados. Hartman utiliza a fabulação crítica para preencher lacunas históricas, mas sua obra é criticada por possíveis generalizações e anacronismos. Ainda assim, oferece uma abordagem inovadora na historiografia da escravidão, valorizando experiências individuais e coletivas dos descendentes de escravizados.
Palavras-chave: Tráfico Atlântico, Escravidão, Identidades.
Memória em disputa — Resenha de Maykon Paulo da Silva Guimarães (PROHIS/UFS) sobre a obra “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato
Resumo: “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato, analisa o impacto do Massacre de 17 de novembro na racialização pós-abolição no Maranhão. A obra destaca a complexidade das relações raciais e a manipulação da memória histórica. Críticas apontam para repetições excessivas, mas elogiam o uso diversificado de fontes para evidenciar o racismo e a opressão. É valorizado como recurso para estudiosos das dinâmicas raciais e históricas do Brasil.
Palavras-chave: Massacre de 17 de Novembro, Proclamação da República, Raça.
Cidadania para quem? – Resenha de Edvaldo Alves de Souza Neto (UFS) sobre o livro “De que lado você samba? raça, política e ciência na Bahia do pós-abolição”, de Gabriela dos Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque
Resumo: “De que lado você samba? Raça, política e ciência na Bahia do Pós-abolição”, de Gabriela Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque, analisa a exclusão racial na Bahia após 1888. Destaca o uso do racismo científico para negar cidadania a negros e mestiços. Criticada por falta de objetivos claros, a obra é reconhecida por expor as desigualdades raciais.
Palavras-chave: Racismo, Cientificismo, Política.
Livro seminal – Resenha de Itamar Freitas (UFS/Uneb) sobre o livro “História do negro brasileiro”, de Clovis Moura
Resumo: “História do Negro Brasileiro”, escrito por Clóvis Moura, investiga a influência do povo negro na construção do Brasil, enfatizando sua luta desde a época da escravidão até a busca por reconhecimento como cidadãos. Embora a obra tenha recebido críticas sobre contradições e generalizações, seu valor reside em destacar a importância histórica do povo negro na formação da nação brasileira.
Palavras-chave: História do Negro, Escravidão, Cidadania.
Exumando a rebelião dos autos – Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (UNB) sobre o livro “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais” de Saidyia Hartman
Resumo: “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos” de Saidiya Hartman explora histórias íntimas de meninas negras e queers radicais, utilizando o método de fabulação crítica. O objetivo é resgatar memórias e personagens históricos marginalizados, embora a explicação do método seja breve, potencialmente confundindo novos leitores
Palavras-chave:. Meninas negras, Meninas Queers, Personagens Marginalizados.
Resenha de Maria Margarida Dias de Oliveira (UFRN) sobre o livro “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti
Resumo: “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti, narra acontecimentos da vida de Elke Grünupp, artista brasileira, nascida na Alemanha, destacada por atitudes anarquistas e críticas ao status quo. Leitura envolvente e exemplo de crítica de fontes e posicionamento autoral, o livro peca pela linearidade cronológica dominante na composição.
Palavras-chave: Maravilha, Mulher, Biografia.
Crua memória da periferia – Resenha de Juliana Silva Santana (UECE) sobre o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada” de Carolina Maria de Jesus
Resumo: “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, expõe a realidade de uma favela em São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. O diário ilustra a luta diária de Carolina como mãe solo e catadora de papel, abordando questões de pobreza, racismo e desigualdade social. A obra, ainda relevante em 2024, reflete sobre opressões interseccionais e a marginalização das comunidades negras e faveladas, cumprindo um papel social e literário significativo.
Palavras-chave: Favela, Mulher Negra; Desigualdade Social.
Empoderada — Resenha de Diogeano Marcelo de Lima (FP), sobre o livro “Maria Quitéria: A Soldada que Conquistou o Império”, de Rosa Symanski
Resumo: “Maria Quitéria: A Soldada que Conquistou o Império”, de Rosa Symanski, busca ilustrar a vida de Maria Quitéria como mulher e guerreira. A obra mistura narrativa ficcional com fatos históricos, mas enfrenta críticas pela falta de clareza entre ficção e realidade e a escassez de detalhes pós-independência.
Palavras-chave: Maria Quitéria, Biografia, Mulher.
Amor revolucionário e feminismo decolonial — Resenha de Viviane Andrade Passos (UFS) sobre o livro “Uma teoria feminista da violência”, de Françoise Vergès
Resumo: “Uma teoria feminista da violência”, escrito por Françoise Vergès, explora o feminismo decolonial e critica o feminismo branco-burguês. A obra enfatiza as desigualdades enfrentadas por mulheres racializadas e a importância de políticas públicas inclusivas. Destaca-se pela crítica à violência estatal e a convocação para o combate às violências sistêmicas.
Palavras-chave: Teoria Feminista, Violência, Feminismo Decolonial.
Institucionalização de princípios morais – Resenha de Jennifer Andreyne Alves dos Santos (UFS) e Valéria da Conceição Eleoterio Santos (UFS) sobre o livro Casa de Meninas: práticas educativas no Orfanato de São Cristóvão e na Escola Imaculada da Conceição, de Josineide Siqueira de Santana
Resumo: “Casa de Meninas: práticas educativas no Orfanato de São Cristóvão e na Escola Imaculada da Conceição”, de Josineide Siqueira de Santana, analisa a educação feminina em Sergipe no século XX. A obra, resultado do mestrado da autora, explora as restrições e influências da Igreja Católica na educação das mulheres, destacando a limitação de suas perspectivas sociais e profissionais. Apesar de uma abordagem pouco crítica, o livro oferece insights valiosos sobre a historicidade feminina e a cultura escolar da época.
Palavras-chave: Práticas Educativas, Educação Feminina, Cultura Escolar.
Racismo sexista e resistência antirracista — Resenha de Sheila Briano de Oliveira (SECBA//Uneb) sobre o livro “Daqui em não saio, daqui ninguém me tira: a luta das mulheres negras pelo direito à terra no Brasil”, de Keisha-Khan Y. Perry
Resumo: “Daqui em não saio, daqui ninguém me tira”, de Keisha-Khan Y. Perry, lançado em 2022 pela EDUFBA, é uma etnografia sobre a política das mulheres negras no Brasil. A obra visa discutir o racismo sexista e na diáspora, destacando a luta dessas mulheres pelo direito à terra. Criticada positivamente, revela a interseção de raça, gênero e urbanismo no contexto brasileiro.
Palavras-chave: Mulheres Negras, Movimentos Sociais, Racismo, Direito à Terra.
Memórias de Alexandra — Resenha de Anny Luiza Gomes Melo Santos (UFS) e Fabiana Manuela Batista Vasconcelos (UFS) sobre o livro “Fragmentos de memórias”, de Alexandra Brito
Resumo: “Fragmentos de Memória” de Alexandra Brito, publicado em 2021, é uma autobiografia focada na infância da autora, explorando memórias marcantes com sensibilidade e simplicidade. Embora ofereça uma visão multifacetada da vida de Brito, a obra é criticada por lacunas informativas e uso excessivo de reticências, que podem dificultar a compreensão e o engajamento do leitor. A estrutura não-linear do livro destaca momentos importantes da vida da autora, potencialmente servindo como recurso didático.
Palavras-chave: Memória, Autobiografia, Infância.
Narrativas de cientistas negras – Resenha de Maria Eduarda Noberto (UFPB) e Adriana da Silva Simões (UFPB) sobre o livro “@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na Ciência”, de Bárbara Carine Soares Pinheiro
Resumo: Em @Decolonizando_saberes: mulheres negras na Ciência’, Bárbara Carine Soares Pinheiro busca divulgar a produção de mulheres negras nas ciências biomédicas, matemáticas e tecnológicas. A obra enfrenta críticas por focar mais em cientistas afro-americanas, apesar de enfatizar a relevância dos saberes africanos e a luta contra o racismo e sexismo acadêmico.”
Palavras-chave: Mulheres negras, Ciência, Saberes.
Mulher na luta – Resenha de Moisés Santos Reis Amaral (SED/Fátima-BA) sobre o livro “Maria Bonita, a rainha do cangaço: sua biografia” é de autoria de João de Souza Lima
Resumo: A obra “Maria Bonita, a rainha do cangaço: sua biografia”, escrita por João de Souza Lima e lançada em 2022, explora a vida de Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita). Baseada em pesquisa de campo e entrevistas, busca traçar o perfil de Maria desde a infância, abordando sua entrada no cangaço e relação com Lampião. Criticada por sua linguagem poética e falta de aprofundamento social, a biografia é elogiada pelo levantamento exaustivo de fontes e pela contribuição ao conhecimento histórico sobre o cangaço.
Palavras-chave: Maria Bonita, Maria Gomes de Oliveira, Cangaço.
História das mulheres e das mulheres indígenas no Brasil – Breve nota bibliográfica | Blenda Cunha Moura (NEAB/IFAC)
Resumo: Neste artigo de revisão, descrevemos e comentamos alguns textos clássicos sobre a história das mulheres no Brasil, sobretudo no âmbito dos historiadores. Em seguida, comentamos sobre a raridade da bibliografia a respeito da história das mulheres indígenas e apontamos alguns caminhos que essa historiografia pode trilhar.
Palavras-chave: História das Mulheres, História das Mulheres Indígenas, Historiografia.
Experimentações tecnológicas em aprendizagem histórica – Resenha de Micaela Franciele Costa (UFS) sobre o livro “Ensino de História, tecnologias e metodologias ativas: novas experiências e saberes escolares”, organizado por Priscilla Leite, Cláudia Borges e Arnaldo Szlachta Júnior
Resumo: “Ensino de História, tecnologias e metodologias ativas”, organizado por Priscilla Leite, Cláudia Borges e Arnaldo Szlachta Júnior em 2022, explora o uso de tecnologias no ensino de História. Destina-se a educadores, discutindo a integração de dispositivos eletrônicos na educação histórica. Criticamente, a obra carece de uma contextualização mais profunda e exemplos práticos sobre a implementação de suas abordagens no contexto escolar.
Palavras-chave: Ensino de História, Metodologias Ativas, Saberes Escolares.
Sertanidade e aprendizagem histórica – Revisão da literatura | Sandra Maria dos Santos (SEC/Euclides da Cunha-BA)
Resumo: Este artigo de revisão analisa a cultura popular sertaneja, focando em festas juninas e literatura de cordel no Nordeste brasileiro (2018–2022). Utiliza uma abordagem interdisciplinar para explorar a identidade cultural, espaço e territorialidades do sertão, sugerindo pesquisas futuras para compreender melhor esses elementos na educação histórica.
Palavras-chave: Sertão, Sertanidade, Festa Junina, Literatura de Cordel.
Todos os sumários
Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.15, jan./fev. 2024.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.14, nov./dez. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.13, set./out. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.12, jul./ago. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.11, maio./jun. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.10, mar./abr. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev. 2023.
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.8, nov./dez. 2022.
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