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Pós-Abolição e as Relações Raciais


Resumo: Este dossiê da revista Crítica Historiográfica explora o Pós-Abolição e Relações Raciais no Brasil, reunindo resenhas críticas que abordam desde a experiência negra, racismo, até o antirracismo. Contribuições de diversas universidades brasileiras iluminam temas como racismo estrutural, branquitude e resistência histórica, visando aprofundar o entendimento das complexidades raciais nas Américas.

Palavras-chave: Pós-Abolição, Relações Raciais, Racismo Estrutural.

Educação positivada – Resenha de Luciana Oliveira Vieira (PPGS/UFS) sobre o livro “Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser”, de Sueli Carneiro


Resumo: “Dispositivo de Racialidade” de Sueli Carneiro aplica conceitos de Foucault à racialidade brasileira, explorando epistemicídio e genocídio estatal. Relata a resistência de ativistas negros e discute educação e ética, desafiando perspectivas eurocentradas e destacando a luta contra o racismo sistêmico no Brasil.

Palavras-chave: Dispositivo de Racialidade, Epistemicídio, Biopoder.

Contra a corrente — Resenha de Laila Thaíse Batista de Oliveira (PÓS-AFRO/UFBA) sobre o livro “Uma história feita por mãos negras: Relações raciais, quilombos e movimentos”, coletânea de textos de Maria Beatriz Nascimento, organizada por Alex Ratts


Resumo: “Uma história feita por mãos negras”, organizada por Alex Ratts, explora as obras de Beatriz Nascimento sobre relações raciais e quilombos no Brasil. A obra reconta a história brasileira através de uma perspectiva negra, criticando teorias europeias e ressaltando a importância da narrativa negra.

Palavras-chave: Relações Raciais, Quilombos, Negros.

Discurso didático contra o racismo — Resenha de Lhais Isla Dantas Leite (UFS) sobre o livro “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento


Resumo: “Pacto da Branquitude”, de Cida Bento, publicado em 2022, aborda a discriminação racial no Brasil, analisando a supremacia branca e seus efeitos. A obra destaca-se pela linguagem acessível e foco em equidade racial e de gênero, e crítica o sistema, apesar de apresentar certas lacunas informativas.

Palavras-chave: Branquitude, Equidade Racial, Racismo.

Agência excluída — Resenha de Bruna Gabriella Santiago Silva (PPGH/UFRGS) sobre o livro “Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães


Resumo: “Modernidades negras: A formação racial brasileira (1930–1970)”, de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, analisa a formação racial brasileira (1930-1970) focando na intelectualidade negra e o racismo na configuração ideológica. A obra, criticada por limitar a agência negra e enfatizar influências brancas, é vista como parcialmente bem-sucedida em atingir seu objetivo de refletir sobre o pensamento social brasileiro, sendo importante para estudantes de graduação pela diversidade de fontes e perspectivas críticas que oferece.

Palavras-chave: Modernidade Negra, Agência, Intelectuais Negros.

Afirmação de si — Resenha de Wellington de Jesus Bomfim (UFS/UFRN) sobre o livro “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neuza Santos Souza


Resumo: “Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social”, de Neusa Santos Souza, baseado em sua pesquisa de mestrado, examina os impactos psicológicos e sociais do racismo em negros que buscam a ascensão social. Estudo inovador, aponta para a superação da suposta inferioridade racial, e da negação da identidade negra.

Palavras-chave: Racismo, Pessoas Negras, Ascensão Social.

Dois momentos de uma obra — Resenha de Romero Venâncio (UFS) sobre o livro “Sociologia do negro brasileiro”, de Clóvis Moura


Resumo: “Sociologia do Negro Brasileiro”, de Clóvis Moura, critica a “democracia racial” e explora a resistência negra pós-abolição. Publicada inicialmente em 1988 e reeditada em 2019, a obra é fundamental na luta contra o racismo, além de destacar a importância dos intelectuais negros no Brasil.

Palavras-chave: Democracia Racial, Resistência Negra, Sociologia.

Canto do rebelde esquecido — Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (PPGD-UNB) sobre o livro “Negro sou: a questão étnico-racial e o Brasil: ensaios, artigos e outros textos (1949–1973)” de Guerreiro Ramos, organizado por Muryatan S. Barbosa


Resumo: “Negro Sou”, organizado por Muryatan S. Barbosa, é uma compilação de textos de Alberto Guerreiro Ramos que explora a questão étnico-racial e o Brasil entre 1949 e 1973. A obra ressalta a contribuição de Guerreiro Ramos nos debates raciais e sociais. Apesar de algumas inconsistências na seleção e apresentação dos textos, a coletânea oferece uma visão de suas ideias e contribuições ao debate sobre a opressão racial e a formação nacional/colonial no Brasil.

Palavras-chave: Guerreiro Ramos, Negro, Questão Étnico-Racial.

Transnacionalismo Negro — Resenha de Charlisson Silva de Andrade (PPGS/UFS) sobre o livro “Diáspora imaginadas”, de Kim Butler e Petrônio Domingues


Resumo: “Diásporas Imaginadas: Atlântico Negro e Histórias Afro-brasileiras”, de Kim D. Butler e Petrônio Domingues, explora a diáspora e experiência afro-brasileira, visando reconstituir e examinar aspectos dessa relação. Publicado em 2020, critica abordagens essencialistas e nacionalistas, utilizando a diáspora como ferramenta teórica para analisar a a vida de populações afro-brasileiras em diálogo afrodiaspórico. Destaca a participação ativa dos afro-brasileiros no circuito transnacional negro.

Palavras-chave: Histórias Afro-brasileiras, Atlântico Negro, Diáspora.

Pinceladas às avessas — Resenha de Caroline de Lara (UEPG/UFS) sobre o livro “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré


Resumo: “O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional”, de Muniz Sodré, objetiva analisar o racismo brasileiro pós-abolicionista. A obra é criticada por omitir discussões sobre racismo religioso e fascismo, além de tratar superficialmente temas complexos, apesar de ser considerada útil para movimentos sociais e estudo do racismo.

Palavras-chave: História do Racismo, Pós-abolicionismo, Racismo Brasileiro.

Promessa da explicação — Resenha de Érica Maria Delfino Chagas (CONMEA) sobre o livro “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza


Resumo: “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé Souza, é uma explora o racismo na condição de elemento central na formação da sociedade brasileira, detalhando o impacto do fenômeno em várias dimensões sociais, políticas e morais. O autor, com ampla experiência acadêmica, apresenta uma análise profunda e inovadora, incitando o debate sobre a questão racial no Brasil.

Palavras-chave: Racismo, Racismo Mutidimensional, Formação da Sociedade Brasileira.

Radicalismo em questão — Resenha de Alexis Magnum Azevedo de Jesus (Faculdade de Direito 8 de Julho) sobre o livro “Marxismo negro: a criação da tradição radical negra”, de Cedric J. Robinson


Resumo: A obra “Marxismo Negro”, de Cedric J. Robinson, explora a interseção entre o marxismo e o radicalismo europeu, ressaltando a tradição radical negra. Críticas apontam para reducionismo marxista e uma visão etapista da evolução intelectual negra. Apesar disso, é essencial para estudos étnico-raciais, indicando leitura para comunidade negra e adeptos de perspectivas revolucionárias.

Palavras-chave: Marxismo negro, Estudos étnico-raciais, Tradição radical negra.

Cegueira de cor — Resenha de Petrônio Domingues (UFS) sobre o livro “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, de Eduardo Bonilla-Silva


Resumo: Em “Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América”, Eduardo Bonilla-Silva explora o “racismo da cegueira de cor” nos EUA, uma ideologia que justifica desigualdades raciais sem reconhecer o racismo estrutural. Critica-se a postura das pessoas brancas que negam responsabilidade pelas desvantagens raciais. A obra, elogiada por sua originalidade e rigor teórico, enfrenta críticas por seu tom proselitista na conclusão, onde prescreve ações antirracistas.

Palavras-chave: Racismo, Racistas, Racismo Estrutural.

Olhar militante sobre a desigualdade — Resenha de Carlos Eduardo Trindade Santos (UFS/SINAF) sobre o livro “A sociedade desigual: racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mário Theodoro


Resumo: “A sociedade desigual: Racismo e branquitude na formação do Brasil”, de Mário Theodoro, explora a persistente desigualdade racial no Brasil. Theodoro analisa os modos de estruturação do racismo na sociedade, explorando áreas como o mercado de trabalho, educação, saúde e urbanização. Critica a invisibilidade dos negros nas esferas de poder e a ação limitada do Estado, propondo reflexões para mudanças sociais.

Palavras-chave: Desigualdade, Racismo, Branquitude.

Buscar o que restou — Resenha de José Edwyn Silva Gomes (UFS), sobre o livro “Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiva Hartman


Resumo: “Perder a mãe: Uma jornada pela rota atlântica da escravidão”, de Saidiya Hartman, explora as rotas do tráfico atlântico de escravos, buscando vestígios dos escravizados. Hartman utiliza a fabulação crítica para preencher lacunas históricas, mas sua obra é criticada por possíveis generalizações e anacronismos. Ainda assim, oferece uma abordagem inovadora na historiografia da escravidão, valorizando experiências individuais e coletivas dos descendentes de escravizados.

Palavras-chave: Tráfico Atlântico, Escravidão, Identidades.

Memória em disputa — Resenha de Maykon Paulo da Silva Guimarães (PROHIS/UFS) sobre a obra “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato


Resumo: “O Massacre dos Libertos: Sobre raça e república no Brasil (1888–1889)”, de Matheus Gato, analisa o impacto do Massacre de 17 de novembro na racialização pós-abolição no Maranhão. A obra destaca a complexidade das relações raciais e a manipulação da memória histórica. Críticas apontam para repetições excessivas, mas elogiam o uso diversificado de fontes para evidenciar o racismo e a opressão. É valorizado como recurso para estudiosos das dinâmicas raciais e históricas do Brasil.

Palavras-chave: Massacre de 17 de Novembro, Proclamação da República, Raça.

Cidadania para quem? – Resenha de Edvaldo Alves de Souza Neto (UFS) sobre o livro “De que lado você samba? raça, política e ciência na Bahia do pós-abolição”, de Gabriela dos Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque


Resumo: “De que lado você samba? Raça, política e ciência na Bahia do Pós-abolição”, de Gabriela Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque, analisa a exclusão racial na Bahia após 1888. Destaca o uso do racismo científico para negar cidadania a negros e mestiços. Criticada por falta de objetivos claros, a obra é reconhecida por expor as desigualdades raciais.

Palavras-chave: Racismo, Cientificismo, Política.

Livro seminal – Resenha de Itamar Freitas (UFS/Uneb) sobre o livro “História do negro brasileiro”, de Clovis Moura


Resumo: “História do Negro Brasileiro”, escrito por Clóvis Moura, investiga a influência do povo negro na construção do Brasil, enfatizando sua luta desde a época da escravidão até a busca por reconhecimento como cidadãos. Embora a obra tenha recebido críticas sobre contradições e generalizações, seu valor reside em destacar a importância histórica do povo negro na formação da nação brasileira.

Palavras-chave: História do Negro, Escravidão, Cidadania.

Exumando a rebelião dos autos – Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (UNB) sobre o livro “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais” de Saidyia Hartman


Resumo: “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos” de Saidiya Hartman explora histórias íntimas de meninas negras e queers radicais, utilizando o método de fabulação crítica. O objetivo é resgatar memórias e personagens históricos marginalizados, embora a explicação do método seja breve, potencialmente confundindo novos leitores

Palavras-chave:. Meninas negras, Meninas Queers, Personagens Marginalizados.

Excepcionalidade? – Resenha de Maria Margarida Dias de Oliveira (UFRN) sobre o livro “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti


Resumo: “Elke: Mulher maravilha”, de Chico Felitti, narra acontecimentos da vida de Elke Grünupp, artista brasileira, nascida na Alemanha, destacada por atitudes anarquistas e críticas ao status quo. Leitura envolvente e exemplo de crítica de fontes e posicionamento autoral, o livro peca pela linearidade cronológica dominante na composição.

Palavras-chave: Maravilha, Mulher, Biografia.

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Ensino de História Indígena – Resenha de Ana Karina Alecrim Moitinho (Embasa/Uneb) sobre “Histórias e Culturas Indígenas na Educação Básica”, de Giovani J. da Silva e Anna Maria R. F. M. da Costa, e de “Aproximando Universidade e Escola: ensino de histórias e culturas indígenas”, de Éder S. Novak e Luís C. C. Mendes


Resumo: Histórias e Culturas Indígenas na Educação Básica e Aproximando Universidade e Escola: ensino de histórias e culturas indígenas foram lançadas em 2018 e 2021, respectivamente. Ambas tratam da Lei 11.645/ 2008. A primeira obra foi escrita por Giovani da Silva e Anna Maria da Costa para auxiliar no processo de formação continuada de professores da Educação Básica. A segunda relata atividades promovidas em sala de aula acerca das comunidades indígenas, com o objetivo de combater a desinformação e do preconceito.

Palavras-chave: História Indígena, Culturas Indígenas, Educação Básica.

Educação antirracista – Resenha de Ruan Kleberson Pereirada Silva (UFRN) sobre “Leitura da HQ Angola Janga no ensino de história: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão”, de Evandro José Braga


Resumo: O livro Leitura da HQ “Angola Janga no ensino de história: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão”, publicado pela Editora Dialética, em 2021, é a materialização em formato de livro e ebook da dissertação que Evandro José Braga apresentou ao Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sob orientação da Professora Ana Lúcia Lana Nemi, em 2020. O escopo geral da obra está centrado na redução teórico-metodológica da distância entre o currículo real de sala de aula na educação básica e o currículo prescrito pelo Estado.

Palavras-chave: Angola Janga, Ensino de História, Racismo.

Mocambo em HQ – Resenha de Vanessa Spinosa (UFRN) sobre “Angola Janga, um convite à liberdade”, de Marcelo d’Salete


Resumo: Angola Janga, um convite à liberdade é uma obra em quadrinhos, escrita por Marcelo d’Salete, que relata a luta de Palmares, um importante símbolo de liberdade e resistência negra na história do Brasil. Apesar de outras histórias sobre o assunto já terem sido contadas, este livro apresenta o conflito de maneira visualmente impactante, em formato de quadrinhos. Composto por onze capítulos e com 432 páginas, o livro já está circulando em vários países e tornou-se uma referência para o ensino de história, especialmente por entender o Quilombo dos Palmares como evento relevante da história nacional.

Palavras-chave: Mocambo, Ensino de História e Angola Janga.

Denunciando o preconceito racial – Resenha de Sidinara dos Santos Querino (UFS) sobre “O pacto da branquitude”, de Cida Bento


Resumo: O pacto da branquitude, publicado pela Companhia das Letras, em 2022, denuncia o “capitalismo racial”, o “racismo estrutural” a “meritocracia” e a “masculinidade branca”. O livro reúne dez estudos sobre como os brancos recusaram currículos de pessoas pretas e punham pessoas brancas nesses lugares de hierarquias. Esse tipo de atitude foi responsável por perpetuar, em silêncio, pactos que mantêm os brancos no poder. A autora, Cida Bento, é uma mulher negra, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e fundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

Palavras-chave: Racismo Estrutural, Branquitude, Meritocracia.

Luta e liberdade – Resenha de Tiago Rodrigues Souza (SEC-BA/Uneb) sobre “Quilombos: resistência ao escravismo”, de Clóvis Moura


Resumo: Quilombos: Resistência ao escravismo, de Clóvis Steiger de Assis Moura (1925-2003), explora os significados de quilombos as formas de organização social e política e as estratégias de resistência de Palmares. Lançada em segunda edição, no ano 2020, pela editora Expressão Popular, o livro defende os quilombos como uma forma de luta e oposição à opressão em que estavam submetidos os escravizados (classe oprimida) pelos seus senhores (opressores). O meio empregado é o aparato teórico marxista que ajuda a mostrar as contradições existentes no capitalismo monocultor, escravocrata e agroexportador do Brasil no período até fins da escravidão em 1888.

Palavras-chave: Quilombos, Palmares, Resistência.


Fight and freedom – Tiago Rodrigues Souza’s review Quilombos: resistance to slavery by Clóvis Moura

Profissionalização histórica – Resenha de Elemi Santos (SEED-BA/UFS) sobre “Teoria e Formação do Historiador”, de José D’Assunção Barros


Resumo: Teoria e Formação do Historiador, de Jose D’Assunção Barros, é uma breve introdução aos estudos da disciplina e do campo da Teoria da História, destinada a funcionar como texto propedêutico ao preparo dos profissionais da área da História. É produto de um artigo incluído em obra autoral, anterior, mais vasta e mais aprofundada, intitulada Teoria da História (volumes I, II, III, IV e V), que discute, entre outros temas, as relações entre Teoria e Método, Teoria e Historiografia, Positivismo, Historicismo e Materialismo Histórico.

Palavras-chave: Teoria da História, Formação do Historiador, Introdução aos Estudos Históricos.

Historiografia musicada – Resenha de Johnny Gomes (DEED-AL/UFS) sobre “Teoria da História IV – Acordes Historiográficos: Uma nova proposta para a teoria da história”, de José D’ Assunção Barros


Resumo: Teoria da História Vol. IV, de José D’ Assunção Barros, como indicado no título, faz parte de uma coletânea que se propõe a discutir a Teoria da Ciência da História. Construído em sete capítulos (além da conclusão), o livro é publicado pela Editora Vozes e está em sua terceira edição. A meta de Barros é oferecer instrumento de análise teórica, partindo metaforicamente da estrutura e função dos acordes musicais para situar autores como Leopold von Ranke, Johann Gustav Droysen, Max Weber, Paul Ricoeur, Reinhart Koselleck e Kal Marx como grandes referências de orientação na história da formação historiadora.

Palavras-chave: Acorde musical, Teoria da História, Paradigmas historiográficos.

Livro enciclopédico sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 – Resenha de Giuseppe Roncalli Ponce Leon de Oliveira (UFRPE) sobre “Modernismos: 1922-2022″, organizado por Gênese Andrade


Resumo: O lançamento de Modernismos: 1922-2022, organizado por Gênese Andrade, ganhou destaque ao mesmo tempo em que jornais do Rio de Janeiro e São Paulo traziam a “Semana de Arte Moderna” em suas capas. Este livro faz parte de um projeto grandioso da editora Companhia das Letras, chamado “Modernismos: 1922-2022”, que parece ter sido criado para marcar o início das comemorações, em conjunto com a cobertura jornalística programada no eixo Rio-São Paulo. Com a “apresentação”, há trinta textos que exploram personagens canônicos e esquecidos, eventos antecedentes e consequentes, histórias e memórias sobre a criação e apropriação da Semana de Arte Moderna de 1922.

Palavras-chave: Semana de Arte Moderna, Modernismo, Antropofagia.

Política da Boa Vizinhança e relações Brasil-EUA: breve balanço historiográfico por Adriana Mendonça Cunha (COC/Fiocruz)


Resumo: Neste artigo, apresento um breve balanço da produção historiográfica voltada para o estudo das relações entre Brasil e Estados Unidos nas décadas de 1930 e 1940, destacando o papel dos intercâmbios e das trocas culturais para promoção de uma aliança entre os dois países.

Palavras-chave: Intercâmbios Culturais; Política da Boa Vizinhança; Relações Brasil-EUA.

Alfabetização Histórica em congressos educacionais brasileiros (1977-2021) por Ana Beatriz dos Santos Silva (UFS)


Resumo: Esse trabalho identifica, quantifica a frequência do emprego da categoria “Alfabetização Histórica” (ou “Literacia Histórica”) em congressos de Educação e de Ensino de História, realizados entre 1978 e 2021, descrevendo as principais referências teóricas utilizadas como apoio.

Palavras-chave: Alfabetização Histórica, Literacia Histórica, Ensino de História.

Categorizando “novas direitas”: breve revisão conceitual por Itamar Freitas (UFS/Uneb) e Karl Schurster (UV/UPE)


Resumo:Neste texto de revisão, dissertamos sobre a “novidade” das “novas direitas”, seus designadores, usuários e seus principais atributos, a partir de literatura especializada publicada nos últimos oito anos. Nosso objetivo é encontrar caminhos convergentes entre os intelectuais que se ocupam da defesa da democracia representativa brasileira. 

Palavras-chave: Novas Direitas, Direita, Democracia e Ideologia.

Para (re)pensar o ensino de História – Resenha de “Ensino de História: diferenças e desigualdades”, organizado por  Benito Schmidt, Caroline Pacievitch e Caroline Silveira Bauer


Resenhado por Maria Luiza Pérola Dantas Barros (UFRJ) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1990-9017. A coletânea intitulada “Ensino de História: diferenças e A coletânea intitulada “Ensino de História: diferenças e desigualdades”, organizada por Benito Schmidt, Caroline Pacievitch e Caroline Silveira Bauer, emerge como fruto Mestrado Profissional em Ensino de História da UFRGS, sendo o primeiro volume da “Coleção (In) docências”. Segundo os organizadores, esse programa de mestrado seria indocente por promover o…

Aprendizagem histórica nas redes – Resenha de “Ensino de História e internet: aprendizagens conectadas”, organizado por Osvaldo Rodrigues Junior e Marcelo Fronza


Resenhado por Vanessa Spinosa (UFRN) | ID Orcid: 0000-0003-1736-4110 e Ana Amélia Rodrigues de Oliveira (IFCE/UFC) | ID Orcid: 0000-0002-3985-4877. História e Internet é um trabalho coletivo de profissionais que atuam no campo do Ensino de História. O livro é estruturado em sete capítulos, escritos individualmente ou em co-autoria, prefaciado pela historiadora Aléxia de Pádua e organizado por Marcelo Fronza e Osvaldo Rodrigues Junior, docentes da Universidade Federal do Mato Grosso…

Democracia, Ditadura e Memórias – Resenha de “Uma escola: muitas histórias”, de Nelci Veiga Mello


Resenhado por Jandson Bernardo Soares (UFRN) | ID Orcid: orcid.org/0000-0001-8195-5113. De autoria de Nelci Veiga Mello, em Uma escola: muitas histórias, pode ser observado um caso do que Antônio Gramsci (1999) caracterizou como parte do trabalho de um intelectual orgânico, ou seja, um agente social que, ao se apropriar de um conjunto de saberes e conhecimentos, retorna-os para a comunidade de onde é proveniente, fazendo disso um processo de intervenção na…

Transmitir e comunicar poder – Resenha de “Televisión y dictaduras en el cono sur. Apuntes para una historiografía en construcción”, editado por Fernando Ramírez Llorens, Mónica Maronna e Sergio Durán


Resenhado por Adrián Alejandro Almirón (UNNE/CONICET) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5953-2907. El libro Televisión y dictaduras en el Cono Sur: Apuntes para una Historiografía en construcción reúne un conjunto de capítulos que dialogan sobre la televisión en el marco de gobierno de dictaduras. La propuesta de la obra colectiva encierra una pregunta que atraviesa al conjunto de los trabajos, es como ha sido en los distintos países el entretenimiento, como se…

Uma Introdução à Historiografia – Resenha de “Notas Preliminares de Teoria da História: questões contemporâneas do ofício do historiador”, de Ivo dos Santos Canabarro e Wellington Rafael Balém 


Resenhado por Verônica Nogueira (SMEL-SE/SMEP-BA/ProfHistória/UFS) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0445-2317 | Jeanne Rezende (SEC-AR/SMEP-BA/ProfHistória/UFS) | ID Orcid: Orcid: 0000-0003-1659-1856. Notas preliminares de Teoria da História – Questões contemporâneas do ofício do Historiador, de Ivo dos Santos Canabarro e Wellington Rafael Balém, é um estudo sobre História da Historiografia e Teoria da História para iniciantes. O livro é dividido em três partes, sendo que a primeira possui cinco notas explicativas. A segunda…

O método outra vez – Resenha de “Historicidade espectral: Teoria da história em tempos digitais”, de Ethan Kleinberg


Resenhado por Itamar Freitas (UFS) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0605-7214. Ethan Kleinberg é editor da revista History and Theory (Wesleyan University) e autor de Presence: Philosophy, History, and Cultural Theory for the Twenty-First Century (2013) e Haunting History: For a Deconstructive Approach to the Past (2017), dois livros-manuais sobre Teoria da História – disciplina. Em Historicidade espectral, ele reflete (e nos convida à reflexão) sobre a cientificidade da História (ou a idealidade…

Conturbado século XX – Resenha de “História Contemporânea 2 – do entreguerras à nova ordem mundial”, de Marcos Napolitano


Resenhado por Joyce Ferreira Sousa (URCA) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0139-2857. Com uma linguagem que se propõe clara e simples, Marcos Napolitano desenvolve no livro História contemporânea: Vol. 2: do entreguerras à ordem mundial uma relevante apresentação sobre os eventos que abalaram o mundo ao longo do século XX. Sua periodização abarca dos anos 1920 até meados do século XXI, em uma transparente percepção da existência de eventos de longa duração…

Memórias de Lutas – Resenha de “História oral e conflitos rurais: Memórias de lutas”, organizado por Marcus Dezemone e Edilza Fontes


Resenhado por Antônio Fernando de Araújo Sá (UFS) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6496-4456. Publicada pela editora Letra e Voz, a coleção História Oral e dimensões do público, coordenada por Juniele Rabêlo de Almeida, tem divulgado pesquisas desenvolvidas em diferentes regiões e instituições brasileiras em torno de memórias e narrativas em confronto no tempo presente, por meio de uma multiplicidade de temas representativos da história oral. Destaco aqui o livro sobre as memórias…

Dinamismo e fluidez – Resenha de “História dos Sertões: espaços, sentidos e saberes”, dossiê da “Revista Galo”, organizado por Ariane de Medeiros Pereira e Avohanne Isabelle Costa de Araújo


Resenhado por João Fernando Barreto de Brito (UERN) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1692-8703. As historiadoras Ariane de Medeiros Pereira[1] e Avohanne Isabelle Costa de Araújo[2] foram responsáveis pela organização do belíssimo dossiê de número 5 da Revista Galo, intitulado “História dos Sertões: espaços, sentidos e saberes”, publicado ainda no primeiro semestre de 2022. A capa conta com uma arte gráfica primorosa, assinada por Francisco Isaac Dantas de Oliveira e Gabriel Araújo,…

Retorno a um clássico – Resenha de “Vovó nagô e papai branco: usos e abusos da África no Brasil”, de Beatriz Góis Dantas


Resenhado por Lhais Isla Dantas Leite (UFS) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2319-3146. Entre as obras mais famosas de Beatriz Góis Dantas está o Vovó Nagô Papai Branco, que resulta da sua dissertação mestrado, cuja pesquisa etnográfica foi realizada no Terreiro Santa Bárbara Virgem, em Laranjeiras (Sergipe). A investigação começou em 1978, foi finalizada em 1982 e publicada em 1988 pela Editora Graal, por ocasião do centenário da abolição da escravidão (Cavalcanti, 2021)….

História Global: definição e o estado da arte


Por Aline Duarte da Graça Rizzo (IPEA) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5480-0914. Neste texto, apresentamos elementos do debate sobre as bases da História Global, seus principais objetivos, desafios na academia em geral, bem como no caso particular da historiografia brasileira.  (Palavras-chave: História Global, Historiografia Brasileira, História da Historiografia). O contexto pós-Guerra Fria, na virada do século XX para o XXI, é caracterizado pelo cenário internacional cada vez mais multifacetado, plural e…

Memória, Segunda Geração de sobreviventes do Holocausto e Narrativa


Por Júlia Amaral Amato Moreira (NAFM/IBI) | ID Orcid: 0000-0002-9561-2688. Neste artigo, analisamos a literatura historiográfica especializada sobre memória coletiva e narrativas orais, relacionando-a com os estudos do Holocausto, afim de apontar a “segunda geração” como um caso de memória que possa ser estudado em particular. Dessa maneira, o conceito de Pós-memória é apontado como possibilidade teórica. (Palavras-chave: Memória Coletiva; Segunda geração; Narrativa). A memória, ou “a vida do passado no…

O Zakhor de Yerushalmi: memória e historiografia judaicas


Por Sabrina Costa Braga (RTH-UFG) | ID Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9164-7560. Neste artigo, faço uma apresentação e uma breve discussão da tese do historiador Yosef Hayim Yerushalmi em seu livro Zakhor: história judaica e memória judaica (1982). Trata-se de obra pouco citada na academia brasileira, embora seja importante referência internacional nos estudos sobre a memória. (Palavras-chave: Zakhor; Yosef Hayim Yerushalmi; Memória judaica; Historiografia judaica). More than that, it is the very nature…

Revistas Brasileiras de História: breve perfil em 2022


Por Itamar Freitas (UFS) | ID: https://orcid.org/0000-0002-0605-7214 | Jane Semeão (URCA) |ID:https://orcid.org/0000-0001-6804-1640 | Margarida Maria Dias de Oliveira | https://orcid.org/0000-0002-8542-4173. Neste setembro de 2022, a revista Crítica Historiográfica completa um ano de existência. Para marcar a data, resolvemos comemorá-la da maneira mais pragmática possível. Em primeiro lugar, criamos uma seção de “artigos de revisão”. Como o nome indica, este será o espaço para a publicação de artigos que inventariem e processem categorias, conceitos históricos e…

O conceito de Terrorismo


Por Andrey Augusto Ribeiro dos Santos (UFRJ) | ID: https://orcid.org/0000-0002-3824-9747. Esta revisão sobre o conceito de “terrorismo” toma por base a literatura produzida e circulante em nível transnacional, publicada nas últimas duas décadas em forma de artigo, capítulo de livro e verbete de enciclopédia. O objetivo é mapear a historicização do fenômeno e a emergência da palavra, como também as controvérsias que envolveram as tentativas de definição. (Palavras-chave: Terrorismo, Contraterrorismo,…

Leituras sobre o Office of Strategic Services (OSS)


Por Raquel Anne Lima de Assis (UFRJ) | ID: https://orcid.org/0000-0002-6094-9889. Neste artigo, discutimos a ação do serviço de espionagem dos Estados Unidos da América, durante a Segunda Guerra Mundial, revisando trabalhos sobre a “Office of Strategic Services” (OSS), agência surgida em 1941. Nosso objetivo é identificar perspectivas teóricas, metodologia e fontes utilizadas em tais trabalhos, e observar como os autores dialogam entre si. (Palavras – Chave: Office of Strategic Service…

Sabedoria que conquista espaços – Resenha de “Joãosinho da Goméia”, organizado por Inês Gouveia, Andrea Mendes, Nielson Bezerra e Marlúcia Santos de Souza


Resenhado por André de Jesus Lima (SME/Eunápolis-BA/UFSB) |ID:https://orcid.org/0000-0000-ooo1-1640. O livro Joãosinho da Goméia é obra organizada sob o olhar de quatro pesquisadoras/es. Trata-se de uma coletânea voltada à memória, à palavra e à honra de um dos mais importantes nomes do Candomblé brasileiro: Joãosinho da Goméia. Babalorixá baiano do século XX, João Alves Torres Filho (seu nome de batismo) deixou um legado de conhecimentos afrodiaspóricos e lutas em prol do…

Histórias das Ligas Contra o Analfabetismo no Brasil


Por Clotildes Farias de Souza (SEED-SE/UFS) | ID: https://orcid.org/0000-0002-9397-0254. Neste artigo, analisamos a literatura historiográfica especializada sobre Ligas contra o analfabetismo e, ao final, sintetizamos os entraves que a tradição da Historiografia educacional brasileira impõe à interpretação histórica. Também apresentamos uma alternativa teórica que sustenta a perspectiva liberal experimentada nas referidas instituições. (Palavras-chave: Ligas contra o analfabetismo, Historiografia Educacional e Associativismo). Introdução As ligas contra o analfabetismo, a exemplo das…

Por uma história antirracista do Brasil – Resenha de “Uma história feita por mãos negras”, de Beatriz Nascimento, organizado por Alex Ratts


Resenhado por Antônio Fernando de Araújo Sá (UFS) | ID: https://orcid.org/0000-0001-6496-4456. Nascida em Aracaju (SE), Maria Beatriz Nascimento (1942-1995)[1] produziu reflexões diversas e dispersas em artigos, entrevistas, roteiros cinematográficos sobre a história do negro no Brasil, ganhando visibilidade no debate historiográfico no país, nos últimos anos, por conta da publicação de seus textos em livros (Ratts, 2006; 2021), reveladores da atualidade de suas ideias sobre as relações raciais e de…

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