Dois momentos de uma obra — Resenha de Romero Venâncio (UFS) sobre o livro “Sociologia do negro brasileiro”, de Clóvis Moura

Clóvis Moura | Imagem: Arquivo pessoal de Clóvis Moura/Vermelho

Resumo: Sociologia do Negro Brasileiro, de Clóvis Moura, critica a “democracia racial” e explora a resistência negra pós-abolição. Publicada inicialmente em 1988 e reeditada em 2019, a obra é fundamental na luta contra o racismo, além de destacar a importância dos intelectuais negros no Brasil.

Palavras-chave: Democracia Racial, Resistência Negra, Sociologia.


A primeira edição de Sociologia do Negro Brasileiro já indicava a importância e a originalidade da obra. Clóvis Moura a publicou na coleção “Fundamentos” da Editora Ática em 1988. Essa data não foi aleatória, pois se comemoravam os 100 anos da abolição da escravatura e toda uma “herança escravista” no pós-abolição. No livro estava calibrada uma leitura crítica das “teorias sociais” e as “historiografias” sobre o negro brasileiro, reiterando a sua meta de dar respostas ao que Moura considerava o “problema racial e social brasileiro” (p.24).

Naquele 1988, tornava-se necessária uma obra como a de Clóvis Moura. Ele, que entre 1959 e 1988 havia pesquisado o negro brasileiro e suas lutas de resistência como poucos no Brasil, na introdução da obra, começou nos dizendo: “este livro é a síntese de mais de vinte anos de pesquisa, cursos, congressos, simpósios, observação e análise da situação e perspectivas do problema do negro no Brasil” (p.24). Era necessário, depois de 100 anos da abolição da escravatura, que um intelectual negro fizesse um balanço amplo e crítico do 13 de maio de 1888.

A edição dos anos 1980 trouxe as marcas do contexto e das reivindicações do Movimento Negro Unificado (MNU), que ganhava crescente visibilidade na luta dos negros e negras no Brasil. A luta contra o racismo entrava em novo patamar. Havia um clima de radicalização na pauta negra que não existiu em outros momentos históricos do País, cujos exemplos destacados, no livro de Moura, são: a crítica à ideia de “democracia racial” e a recuperação da memória da rebelião palmarina (ocorrida no território do atual estado de Alagoas), no século XVII em diante.

Clóvis Moura sempre viu na ação de Zumbi e seus comandados uma experiência extraordinária da luta negra. A historiografia brasileira precisava compreender a “República palmarina” como um momento raro no Brasil. Clóvis Moura argumentou que os negros lutaram desde o primeiro século da escravidão. Assim, a palavra “resistência” passou a ser critério hermenêutico de leitura da história dos negros.

No que diz respeito à “imprópria democracia racial”, Moura não economizou nas críticas ao termo e aos seus ideólogos. Chegando a falar em “mito da democracia racial”, demonstrou que os dados históricos da “herança escravista” inviabilizam qualquer discurso sério sobre “democracia racial”.

A segunda (e nova edição) de Sociologia do Negro Brasileiro aparece em um contexto bem diferente daquele dos anos 1980. A edição atual foi publicada em 2019 pela editora Perspectiva, na coleção “Palavras negras”. Tal coleção, que tem por objetivo publicar autores/autoras negras, expressa um momento significativo para uma ideia real de “intelectual negro/negra” no Brasil contemporâneo.

Na contemporaneidade, o racismo não sumiu do horizonte da cultura brasileira, por certo. Inclusive, intensificou-se em determinadas regiões do Brasil. O que aconteceu nesse país, entre a primeira e a segunda edição da Sociologia do Negro Brasileiro, de Clóvis Moura, que obrigou ao Silvio Almeida (professor e atualmente Ministro dos Direitos Humanos do Estado brasileiro) a designar as ocorrências como “racismo estrutural”?

Debate à parte sobre o uso ou abuso do termo, ele faz todo sentido quando estudamos a história e a sociabilidade brasileira. Entretanto, não podemos deixar de considerar que, apesar do racismo, os negros foram à luta. Movimentos, presença pública, cotas nas universidades, redes digitais e um grupo grande de escritores negros/negras assumiram a hegemonia no palco da história recente do Brasil. Não podendo mais ser desconsiderado ou invisibilizado, o intelectual negro é uma realidade e a obra de Clóvis Moura em muito ajudou nessa situação atual. O livro rendeu frutos e chegou à sua mais recente edição com uma vitalidade rara para um texto escrito por um brasileiro e negro.

A edição recente da Perspectiva vem com dois textos introdutórios de dois intelectuais negros e acadêmicos, oriundos de um passado recente caracterizado pela afirmação do negro. Trata-se de Dennis de Oliveira (professor da Universidade de São Paulo – USP) e de Cleber Santos Vieira (professor na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP).

O título do texto de Dennis de Oliveira já diz muito sobre o assunto: “Reposicionando conceitualmente o negro brasileiro no olhar de um intelectual negro”. Ele situa a obra escrita em 1988, seu legado e o lugar de Clóvis Moura nos estudos sobre o negro no Brasil. Moura “educou” as universidades brasileiras para reconhecer a importância do negro em toda a formação social brasileira. Oliveira faz um breve percurso da vida e das obras de Clóvis Moura para nos demonstrar o pioneirismo da escrita do intelectual do Piauí.

Uma atitude das mais importantes no texto do Dennis é a ideia de aproximar (aparentemente inusitada) Clóvis Moura e Cedric J. Robinson (traduzido pela mesma editora perspectiva). Para o autor, “a tradição do radicalismo negro iniciada contra a escravização de africanos inaugura a rebelião anticapitalista, tendo em vista que boa parte da riqueza acumulada por meio do trabalho forçado de africanos é que deu bases para a constituição do capitalismo.” Oliveira continua declarando que, segundo Robson, “essa tradição radical negra, pela sua origem anticapitalista, tende a ter menos limites que a tradição radical europeia, uma vez que esta se desenvolve dentro de sociedades beneficiadas com a escravização”. (p.8).

Cedric J. Robinson | Image: Crop of ‘np_rally_34.JPG’ by Doc Searls licensed under CC BY SA 2.0/LSE

Já Cleber Santos, no seu texto “Um rosário de lutas — Clóvis Moura e o centenário da Abolição”, reforça a grande tese de Moura em todas as obras sobre o negro brasileiro: a resistência e suas diversas faces na história. O “mito” do negro pacato não existe ou existe apenas nos escritos de brancos interessados em domesticar o “rosário de lutas” dos negros em todos os momentos da história do Brasil escravocrata.

Assim, Cleber Santos define a obra como “livro-síntese de suas pesquisas, cuja força dos argumentos reside no equilíbrio entre a produção de conhecimento e o intenso engajamento na análise e formulação de resoluções para os problemas enfrentados em diversos níveis pela população negra” (p.10).

A ideia de “livro-síntese” é perfeita para dizer o que era e o que queria Clóvis Moura em 1988. O livro resultava de (e afirmava) uma perspectiva radical da história dos negros no Brasil: a luta pela abolição não se resume à princesa Isabel e apenas aos abolicionistas brancos. A luta pela abolição deitou raízes mais profundas na história do Brasil e bem antes de 1888 e tem a presença negra. Moura articulou dialeticamente as primeiras lutas negras contra a escravidão com a luta pela abolição, neutralizando a leitura ufanista e branca sobre a abolição.

Esta obra não tem precedentes na teoria social brasileira. O livro de Clóvis Moura cumpre a meta de oferecer uma “síntese” das suas atividades intelectuais, contendo uma particular “solução do problema racial e social brasileiro” (p.24). Ele é um auxílio dos melhores nos estudos e nas lutas da população negra do Brasil de 2023. Instrumento de luta contra o racismo e uma peça-chave na formação intelectual de uma juventude negra ávida por conhecimento e por libertação, a obra de Moura reatou o “fio da memória” de momentos históricos do Brasil onde a participação negra foi símbolo de resistência.

Sumário de Sociologia do negro brasileiro

  • Apresentação: Reposicionando Conceitualmente o Negro Brasileiro no Olhar de um Intelectual Negro | Dennis de Oliveira
  • Prefácio: Um Rosário de Lutas — Clóvis Moura e o Centenário da Abolição | Cleber Santos Vieira
  • Introdução
  • I. Teorias à procura de uma prática
    • 1. Os estudos sobre o Negro como reflexo da estrutura da sociedade brasileira
    • 2. Sincretismo, assimilação, acomodação, aculturação e luta de classes
    • 3. Miscigenação e democracia racial: mito e realidade
    • 4. O Negro como grupo específico ou diferenciado em uma sociedade de capitalismo dependente
  • II. A dinâmica negra e o racismo branco
    • 5. Sociologia da República de Palmares
    • 6. O Negro visto contra o espelho de dois analistas
    • 7. A Imprensa Negra em São Paulo
    • 8. Da Insurgência Negra ao escravismo tardio
  • Notas

Para ampliar a sua revisão da literatura

Resenhista

Romero Junior Venancio Silva é doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2010), mestre em Sociologia (1997) e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (1994). É professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe (Departamento de Filosofia e Núcleo de Ciências da Religião) e publicou, entre outros trabalhos, La trilogía del silencio de Bergman, el cine de Dreyer y la Filosofía de la existencia. ID: Lattes: http://lattes.cnpq.br/3944170306845714; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8880-2283; E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. [São Paulo]: Perspectiva, 2019. 316p. Resenha de: VENÂNCIO, Romero. Dois Momentos de uma grande obra. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.15, jan./fev., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/dois-momentos-de-uma-obra-resenha-de-romero-venancio-ufs-sobre-o-livro-sociologia-do-negro-brasileiro-de-clovis-moura/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n. 15, jan./fev., 2024 | ISSN 2764-2666

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Dois momentos de uma obra — Resenha de Romero Venâncio (UFS) sobre o livro “Sociologia do negro brasileiro”, de Clóvis Moura

Clóvis Moura | Imagem: Arquivo pessoal de Clóvis Moura/Vermelho

Resumo: Sociologia do Negro Brasileiro, de Clóvis Moura, critica a “democracia racial” e explora a resistência negra pós-abolição. Publicada inicialmente em 1988 e reeditada em 2019, a obra é fundamental na luta contra o racismo, além de destacar a importância dos intelectuais negros no Brasil.

Palavras-chave: Democracia Racial, Resistência Negra, Sociologia.


A primeira edição de Sociologia do Negro Brasileiro já indicava a importância e a originalidade da obra. Clóvis Moura a publicou na coleção “Fundamentos” da Editora Ática em 1988. Essa data não foi aleatória, pois se comemoravam os 100 anos da abolição da escravatura e toda uma “herança escravista” no pós-abolição. No livro estava calibrada uma leitura crítica das “teorias sociais” e as “historiografias” sobre o negro brasileiro, reiterando a sua meta de dar respostas ao que Moura considerava o “problema racial e social brasileiro” (p.24).

Naquele 1988, tornava-se necessária uma obra como a de Clóvis Moura. Ele, que entre 1959 e 1988 havia pesquisado o negro brasileiro e suas lutas de resistência como poucos no Brasil, na introdução da obra, começou nos dizendo: “este livro é a síntese de mais de vinte anos de pesquisa, cursos, congressos, simpósios, observação e análise da situação e perspectivas do problema do negro no Brasil” (p.24). Era necessário, depois de 100 anos da abolição da escravatura, que um intelectual negro fizesse um balanço amplo e crítico do 13 de maio de 1888.

A edição dos anos 1980 trouxe as marcas do contexto e das reivindicações do Movimento Negro Unificado (MNU), que ganhava crescente visibilidade na luta dos negros e negras no Brasil. A luta contra o racismo entrava em novo patamar. Havia um clima de radicalização na pauta negra que não existiu em outros momentos históricos do País, cujos exemplos destacados, no livro de Moura, são: a crítica à ideia de “democracia racial” e a recuperação da memória da rebelião palmarina (ocorrida no território do atual estado de Alagoas), no século XVII em diante.

Clóvis Moura sempre viu na ação de Zumbi e seus comandados uma experiência extraordinária da luta negra. A historiografia brasileira precisava compreender a “República palmarina” como um momento raro no Brasil. Clóvis Moura argumentou que os negros lutaram desde o primeiro século da escravidão. Assim, a palavra “resistência” passou a ser critério hermenêutico de leitura da história dos negros.

No que diz respeito à “imprópria democracia racial”, Moura não economizou nas críticas ao termo e aos seus ideólogos. Chegando a falar em “mito da democracia racial”, demonstrou que os dados históricos da “herança escravista” inviabilizam qualquer discurso sério sobre “democracia racial”.

A segunda (e nova edição) de Sociologia do Negro Brasileiro aparece em um contexto bem diferente daquele dos anos 1980. A edição atual foi publicada em 2019 pela editora Perspectiva, na coleção “Palavras negras”. Tal coleção, que tem por objetivo publicar autores/autoras negras, expressa um momento significativo para uma ideia real de “intelectual negro/negra” no Brasil contemporâneo.

Na contemporaneidade, o racismo não sumiu do horizonte da cultura brasileira, por certo. Inclusive, intensificou-se em determinadas regiões do Brasil. O que aconteceu nesse país, entre a primeira e a segunda edição da Sociologia do Negro Brasileiro, de Clóvis Moura, que obrigou ao Silvio Almeida (professor e atualmente Ministro dos Direitos Humanos do Estado brasileiro) a designar as ocorrências como “racismo estrutural”?

Debate à parte sobre o uso ou abuso do termo, ele faz todo sentido quando estudamos a história e a sociabilidade brasileira. Entretanto, não podemos deixar de considerar que, apesar do racismo, os negros foram à luta. Movimentos, presença pública, cotas nas universidades, redes digitais e um grupo grande de escritores negros/negras assumiram a hegemonia no palco da história recente do Brasil. Não podendo mais ser desconsiderado ou invisibilizado, o intelectual negro é uma realidade e a obra de Clóvis Moura em muito ajudou nessa situação atual. O livro rendeu frutos e chegou à sua mais recente edição com uma vitalidade rara para um texto escrito por um brasileiro e negro.

A edição recente da Perspectiva vem com dois textos introdutórios de dois intelectuais negros e acadêmicos, oriundos de um passado recente caracterizado pela afirmação do negro. Trata-se de Dennis de Oliveira (professor da Universidade de São Paulo – USP) e de Cleber Santos Vieira (professor na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP).

O título do texto de Dennis de Oliveira já diz muito sobre o assunto: “Reposicionando conceitualmente o negro brasileiro no olhar de um intelectual negro”. Ele situa a obra escrita em 1988, seu legado e o lugar de Clóvis Moura nos estudos sobre o negro no Brasil. Moura “educou” as universidades brasileiras para reconhecer a importância do negro em toda a formação social brasileira. Oliveira faz um breve percurso da vida e das obras de Clóvis Moura para nos demonstrar o pioneirismo da escrita do intelectual do Piauí.

Uma atitude das mais importantes no texto do Dennis é a ideia de aproximar (aparentemente inusitada) Clóvis Moura e Cedric J. Robinson (traduzido pela mesma editora perspectiva). Para o autor, “a tradição do radicalismo negro iniciada contra a escravização de africanos inaugura a rebelião anticapitalista, tendo em vista que boa parte da riqueza acumulada por meio do trabalho forçado de africanos é que deu bases para a constituição do capitalismo.” Oliveira continua declarando que, segundo Robson, “essa tradição radical negra, pela sua origem anticapitalista, tende a ter menos limites que a tradição radical europeia, uma vez que esta se desenvolve dentro de sociedades beneficiadas com a escravização”. (p.8).

Cedric J. Robinson | Image: Crop of ‘np_rally_34.JPG’ by Doc Searls licensed under CC BY SA 2.0/LSE

Já Cleber Santos, no seu texto “Um rosário de lutas — Clóvis Moura e o centenário da Abolição”, reforça a grande tese de Moura em todas as obras sobre o negro brasileiro: a resistência e suas diversas faces na história. O “mito” do negro pacato não existe ou existe apenas nos escritos de brancos interessados em domesticar o “rosário de lutas” dos negros em todos os momentos da história do Brasil escravocrata.

Assim, Cleber Santos define a obra como “livro-síntese de suas pesquisas, cuja força dos argumentos reside no equilíbrio entre a produção de conhecimento e o intenso engajamento na análise e formulação de resoluções para os problemas enfrentados em diversos níveis pela população negra” (p.10).

A ideia de “livro-síntese” é perfeita para dizer o que era e o que queria Clóvis Moura em 1988. O livro resultava de (e afirmava) uma perspectiva radical da história dos negros no Brasil: a luta pela abolição não se resume à princesa Isabel e apenas aos abolicionistas brancos. A luta pela abolição deitou raízes mais profundas na história do Brasil e bem antes de 1888 e tem a presença negra. Moura articulou dialeticamente as primeiras lutas negras contra a escravidão com a luta pela abolição, neutralizando a leitura ufanista e branca sobre a abolição.

Esta obra não tem precedentes na teoria social brasileira. O livro de Clóvis Moura cumpre a meta de oferecer uma “síntese” das suas atividades intelectuais, contendo uma particular “solução do problema racial e social brasileiro” (p.24). Ele é um auxílio dos melhores nos estudos e nas lutas da população negra do Brasil de 2023. Instrumento de luta contra o racismo e uma peça-chave na formação intelectual de uma juventude negra ávida por conhecimento e por libertação, a obra de Moura reatou o “fio da memória” de momentos históricos do Brasil onde a participação negra foi símbolo de resistência.

Sumário de Sociologia do negro brasileiro

  • Apresentação: Reposicionando Conceitualmente o Negro Brasileiro no Olhar de um Intelectual Negro | Dennis de Oliveira
  • Prefácio: Um Rosário de Lutas — Clóvis Moura e o Centenário da Abolição | Cleber Santos Vieira
  • Introdução
  • I. Teorias à procura de uma prática
    • 1. Os estudos sobre o Negro como reflexo da estrutura da sociedade brasileira
    • 2. Sincretismo, assimilação, acomodação, aculturação e luta de classes
    • 3. Miscigenação e democracia racial: mito e realidade
    • 4. O Negro como grupo específico ou diferenciado em uma sociedade de capitalismo dependente
  • II. A dinâmica negra e o racismo branco
    • 5. Sociologia da República de Palmares
    • 6. O Negro visto contra o espelho de dois analistas
    • 7. A Imprensa Negra em São Paulo
    • 8. Da Insurgência Negra ao escravismo tardio
  • Notas

Para ampliar a sua revisão da literatura

Resenhista

Romero Junior Venancio Silva é doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2010), mestre em Sociologia (1997) e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (1994). É professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe (Departamento de Filosofia e Núcleo de Ciências da Religião) e publicou, entre outros trabalhos, La trilogía del silencio de Bergman, el cine de Dreyer y la Filosofía de la existencia. ID: Lattes: http://lattes.cnpq.br/3944170306845714; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8880-2283; E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. [São Paulo]: Perspectiva, 2019. 316p. Resenha de: VENÂNCIO, Romero. Dois Momentos de uma grande obra. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.15, jan./fev., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/dois-momentos-de-uma-obra-resenha-de-romero-venancio-ufs-sobre-o-livro-sociologia-do-negro-brasileiro-de-clovis-moura/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n. 15, jan./fev., 2024 | ISSN 2764-2666

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