Exumando a rebelião dos autos – Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (UNB) sobre o livro “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais” de Saidyia Hartman
Resumo: Vidas Rebeldes, Belos Experimentos, de Saidiya Hartman, explora histórias íntimas de meninas negras e queers radicais, utilizando o método de fabulação crítica. O objetivo é resgatar memórias e personagens históricos marginalizados, embora a explicação do método seja breve, potencialmente confundindo novos leitores.
Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais é uma obra escrita por Saidiya Hartman. Ao somar uma incisiva pesquisa nos arquivos a um estilo literário foi possível identificar que o livro objetiva disputar a memória sobre personagens reais e histórias apagadas, seja pela relação de poder presente na formação dos arquivos, seja pelos intérpretes dominantes sobre esses acervos e a sua massa documental.
Saidiya Hartman é professora de Literatura comparada na Universidade Columbia, pesquisadora de história cultural e estudos afrodiaspóricos. Além da presente obra, publicada em 2022, Saidiya Hartman é autora de outros livros traduzidos para o português: Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão (2001) e A sedução e as artimanhas do poder e o Ventre do Mundo (2022). Embora tenha escrito desde o final da década de noventa, apenas nos últimos três anos os seus livros foram traduzidos e veiculados no mercado editorial brasileiro. Vidas Rebeldes, Belos Experimentos, distribuída em 432 páginas, possui dois capítulos iniciais centrais para a compreensão do desenvolvimento dos enredos. O primeiro apresenta o método da fabulação crítica, enquanto o segundo expõe sucintamente aos leitores os personagens reais. A obra é dividida em três grandes capítulos, nomeados como “livros” pela autora: “Livro 1: Ela caminha a esmo pela cidade”; “Livro 2: A Geografia Sexual do Cinturão Negro”; “Livro 3: Belos Experimentos”.
Diante da amplidão da obra e dos diversos temas que poderiam ser levantados a partir dela, três foram priorizados na composição desta resenha: o método utilizado para a construção do livro – a fabulação crítica; os personagens reais que atravessam os textos; e a seleção temática e o seu desenvolvimento.
No primeiro capítulo do livro, Hartman aponta que a dedicação em historicizar a multidão é sempre contraposta pela necessidade de enfrentar a autoridade, o poder, os limites dos arquivos. Esse confronto ao arquivo só é possível porque as pessoas registradas na ampla massa documental, nos relatórios da polícia, nas monografias do(a)s cientistas sociais, nos laudos psiquiátricos, em determinado momento do passado contestaram, reagiram às relações de poder que buscavam controlá-las (Foucault, 2010, p.207). Hartman percebe que a mesma vigilância, punição e confinamento que descreveram e redigiram no papel aqueles corpos como inadequados e promíscuos no passado arrastam-se ao presente através dos arquivos e de seus intérpretes dominantes, que buscam capturar uma única forma de construir uma memória sobre aquelas vidas.
É do tensionamento sobre os limites dos autos/documentos somados a um exercício literário de criação sobre a experiência sensorial da cidade (cinturões negros da Filadélfia e de Nova York), sobre as vozes silenciadas e sobre os experimentos de liberdade construídos no passado que o método da fabulação crítica é criado. Um método, segundo a autora, que atua entre o arquivo, a revisão histórica e a transgressão fabular crítica sobre uma existência diversa. Um método que cria o terreno para a apresentação dos não-ditos, dos tensionamentos postos por jovens negras e queers radicais aos códigos morais de uma sociedade opressiva. Um método que não almeja reconstruir o passado como foi, em sua totalidade, mas como pode ter sido. Um movimento cuidadoso de se voltar aos arquivos, ao passado, para trazer à tona outras possibilidades do presente.
Ainda que apresentado o método em três páginas, a autora poderia ter melhor detalhado o processo de nascimento e de produção da fabulação crítica. Para o(a) leitor(a) que chega a Vidas rebeldes, belos experimentos, sem antes ter conhecido a fabulação crítica através de textos anteriores (Hartman; Wilderson, 2003; Hartman, 2020; 2021), poderá vivenciar um certo estranhamento sobre o método, sua formação, seus limites e objetivos, já que a rápida explicação precedente ao desenvolvimento da obra não consegue dar conta desse exercício explicativo/compreensivo.
No segundo capítulo, Saidyia Hartman faz a apresentação do(a)s personagem(ns). Meninas sem nomes conhecidos (localizadas em fotografias encontradas nos arquivos), empregadas domésticas, agitadoras presas, jovens negras que construíram experimentos de liberdade em um espaço cercado. Também são personagens citados: W. E. B. Du Bois (tecendo pesquisas sociais nos guetos negros), Ida B. Wells, ativista feminista, oradora política efervescente, Billie Holiday, levada a um reformatório após ser detida em uma “casa de tolerância” em sua juventude.
Um terceiro grupo de personagens é o “coro”, a conjunção das sem-vozes (ou das vozes não-ouvidas), que em sua existência coletiva improvisou danças nos espaços cercados, negou o controle, o destino que lhe foi imposto. Aqui, Hartman parte de personagens reais majoritariamente apagados, para construir uma historiografia do inconformismo.
O terceiro conjunto de pontos que merece destaque diz respeito ao corpo da obra, o desenvolvimento e às histórias selecionadas. Se uma historiografia racista-patriarcal, aponta os corpos de jovens negras, os corpos que confrontam a dualidade de gênero, como corpos exóticos, inferiores, deslocados, por outro lado, uma historiografia que se apresenta como crítica não raramente constrói uma análise focada exclusivamente nas violências, nos instrumentos, nas formas como esses corpos são atacados, mortos.
Hartman enquadra a historiografia racista-patriarcal ao demonstrar os interesses desta, suas contradições e falseabilidades. Também, sutilmente, dirige-se à parte de uma historiografia crítica para dizer que nos becos dos guetos não só havia violência (Hartman, 2017, p.20), a beleza, o amor, os sonhos, os medos, os desejos estavam todos lá. Histórias retiradas da multidão que fatalmente poderiam se tornar uma produção cinematográfica sobre aceitação e resistência, sobre a beleza de um corpo dançante em movimento, sobre o amor livre, sobre os sorrisos que escapolem daquelas que aguardam o início do árduo e invisível trabalho doméstico.
A obra “Vida Rebeldes, Belos experimentos”, seja em seu método, seja em seus personagens, seja em seu desenvolvimento, apresenta uma possibilidade de reconstrução da memória dos grupos oprimidos também no Brasil. Uma extensa pesquisa documental sobre os retalhos dos arquivos entrelaçada com uma criação crítica literária que conceda voz aos experimentos de liberdade produzidos cotidianamente, há muito tempo, pelo povo negro e indígena, em seu intercruzamento de classe, raça e gênero é um caminho apresentado por Saidyia Hartman.
O livro em questão cumpre perfeitamente o objetivo central anunciado pela autora, explicitado na apresentação da fabulação crítica, no enaltecimento de personagens reais apagados/distorcidos, na construção de histórias sobre experimentos de fuga e de liberdade. A obra em método, em temática, em construção narrativa apresenta um percurso investigativo e narrativo importante para o crescimento dos estudos sobre classe, raça e gênero no Brasil, principalmente nas universidades. Pode, portanto, ser lida por todos aqueles que se interessam no debate sobre reconstrução histórica, memória e resistência daqueles que foram e são subalternizados.
Referências
FOUCAULT, Michel. A vida dos homens infames. In: Estratégia, poder-saber. Ditos e escritos IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 203-222.
HARTMAN, Saidiya. A sedução e O ventre do mundo: dois ensaios de Saidiya Hartman. São Paulo: Crocodilo, 2022.
HARTMAN, Saidyia. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
HARTMAN, Saidiya; WILDERSON, Frank. The position on the unthought. University of Nebraska Press, v. 13, n. 2, 2003. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20686156. Acesso em: 29 de out. 2023.
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pós, v. 23, n. 3, 2020, p. 12–33. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27640. Acesso em: 11 de jun., 2023.
Sumário de Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais
Uma nota sobre o método
Personagens
I: Ela caminha a esmo pela cidade
A terrível beleza do gueto
Uma figura menor
Uma mulher mal-amada
Uma história íntima da escravidão e liberdade
Manual do trabalho doméstico geral
Um atlas da rebeldia
Uma crônica de necessidade e desejo
Em um momento de ternura o futuro parece possível
II. A geografia sexual do cinturão negro
O Tenderloin. 41 Street West, 241
61 Street West, 601. Uma nova colônia para pessoas de cor ou Malindy na Pequena África.
Mistah Beauty, a autobiografia de uma mulher ex-de cor. Cenas selecionadas de um filme nunca lançado de Oscar Micheaux, Harlem, anos 1920
Álbuns de família, futuros abortados: uma esposa desiludida se torna artista, Seventh, 1890
III. Belos experimentos
Revolução em tom menor
Rebeldia: uma breve introdução ao possível
A anarquia das garotas de cor reunidas na desordem
Exumando a rebelião dos autos – Resenha de Danilo dos Santos Rabelo (UNB) sobre o livro “Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais” de Saidyia Hartman
Resumo: Vidas Rebeldes, Belos Experimentos, de Saidiya Hartman, explora histórias íntimas de meninas negras e queers radicais, utilizando o método de fabulação crítica. O objetivo é resgatar memórias e personagens históricos marginalizados, embora a explicação do método seja breve, potencialmente confundindo novos leitores.
Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais é uma obra escrita por Saidiya Hartman. Ao somar uma incisiva pesquisa nos arquivos a um estilo literário foi possível identificar que o livro objetiva disputar a memória sobre personagens reais e histórias apagadas, seja pela relação de poder presente na formação dos arquivos, seja pelos intérpretes dominantes sobre esses acervos e a sua massa documental.
Saidiya Hartman é professora de Literatura comparada na Universidade Columbia, pesquisadora de história cultural e estudos afrodiaspóricos. Além da presente obra, publicada em 2022, Saidiya Hartman é autora de outros livros traduzidos para o português: Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão (2001) e A sedução e as artimanhas do poder e o Ventre do Mundo (2022). Embora tenha escrito desde o final da década de noventa, apenas nos últimos três anos os seus livros foram traduzidos e veiculados no mercado editorial brasileiro. Vidas Rebeldes, Belos Experimentos, distribuída em 432 páginas, possui dois capítulos iniciais centrais para a compreensão do desenvolvimento dos enredos. O primeiro apresenta o método da fabulação crítica, enquanto o segundo expõe sucintamente aos leitores os personagens reais. A obra é dividida em três grandes capítulos, nomeados como “livros” pela autora: “Livro 1: Ela caminha a esmo pela cidade”; “Livro 2: A Geografia Sexual do Cinturão Negro”; “Livro 3: Belos Experimentos”.
Diante da amplidão da obra e dos diversos temas que poderiam ser levantados a partir dela, três foram priorizados na composição desta resenha: o método utilizado para a construção do livro – a fabulação crítica; os personagens reais que atravessam os textos; e a seleção temática e o seu desenvolvimento.
No primeiro capítulo do livro, Hartman aponta que a dedicação em historicizar a multidão é sempre contraposta pela necessidade de enfrentar a autoridade, o poder, os limites dos arquivos. Esse confronto ao arquivo só é possível porque as pessoas registradas na ampla massa documental, nos relatórios da polícia, nas monografias do(a)s cientistas sociais, nos laudos psiquiátricos, em determinado momento do passado contestaram, reagiram às relações de poder que buscavam controlá-las (Foucault, 2010, p.207). Hartman percebe que a mesma vigilância, punição e confinamento que descreveram e redigiram no papel aqueles corpos como inadequados e promíscuos no passado arrastam-se ao presente através dos arquivos e de seus intérpretes dominantes, que buscam capturar uma única forma de construir uma memória sobre aquelas vidas.
É do tensionamento sobre os limites dos autos/documentos somados a um exercício literário de criação sobre a experiência sensorial da cidade (cinturões negros da Filadélfia e de Nova York), sobre as vozes silenciadas e sobre os experimentos de liberdade construídos no passado que o método da fabulação crítica é criado. Um método, segundo a autora, que atua entre o arquivo, a revisão histórica e a transgressão fabular crítica sobre uma existência diversa. Um método que cria o terreno para a apresentação dos não-ditos, dos tensionamentos postos por jovens negras e queers radicais aos códigos morais de uma sociedade opressiva. Um método que não almeja reconstruir o passado como foi, em sua totalidade, mas como pode ter sido. Um movimento cuidadoso de se voltar aos arquivos, ao passado, para trazer à tona outras possibilidades do presente.
Ainda que apresentado o método em três páginas, a autora poderia ter melhor detalhado o processo de nascimento e de produção da fabulação crítica. Para o(a) leitor(a) que chega a Vidas rebeldes, belos experimentos, sem antes ter conhecido a fabulação crítica através de textos anteriores (Hartman; Wilderson, 2003; Hartman, 2020; 2021), poderá vivenciar um certo estranhamento sobre o método, sua formação, seus limites e objetivos, já que a rápida explicação precedente ao desenvolvimento da obra não consegue dar conta desse exercício explicativo/compreensivo.
No segundo capítulo, Saidyia Hartman faz a apresentação do(a)s personagem(ns). Meninas sem nomes conhecidos (localizadas em fotografias encontradas nos arquivos), empregadas domésticas, agitadoras presas, jovens negras que construíram experimentos de liberdade em um espaço cercado. Também são personagens citados: W. E. B. Du Bois (tecendo pesquisas sociais nos guetos negros), Ida B. Wells, ativista feminista, oradora política efervescente, Billie Holiday, levada a um reformatório após ser detida em uma “casa de tolerância” em sua juventude.
Um terceiro grupo de personagens é o “coro”, a conjunção das sem-vozes (ou das vozes não-ouvidas), que em sua existência coletiva improvisou danças nos espaços cercados, negou o controle, o destino que lhe foi imposto. Aqui, Hartman parte de personagens reais majoritariamente apagados, para construir uma historiografia do inconformismo.
O terceiro conjunto de pontos que merece destaque diz respeito ao corpo da obra, o desenvolvimento e às histórias selecionadas. Se uma historiografia racista-patriarcal, aponta os corpos de jovens negras, os corpos que confrontam a dualidade de gênero, como corpos exóticos, inferiores, deslocados, por outro lado, uma historiografia que se apresenta como crítica não raramente constrói uma análise focada exclusivamente nas violências, nos instrumentos, nas formas como esses corpos são atacados, mortos.
Hartman enquadra a historiografia racista-patriarcal ao demonstrar os interesses desta, suas contradições e falseabilidades. Também, sutilmente, dirige-se à parte de uma historiografia crítica para dizer que nos becos dos guetos não só havia violência (Hartman, 2017, p.20), a beleza, o amor, os sonhos, os medos, os desejos estavam todos lá. Histórias retiradas da multidão que fatalmente poderiam se tornar uma produção cinematográfica sobre aceitação e resistência, sobre a beleza de um corpo dançante em movimento, sobre o amor livre, sobre os sorrisos que escapolem daquelas que aguardam o início do árduo e invisível trabalho doméstico.
A obra “Vida Rebeldes, Belos experimentos”, seja em seu método, seja em seus personagens, seja em seu desenvolvimento, apresenta uma possibilidade de reconstrução da memória dos grupos oprimidos também no Brasil. Uma extensa pesquisa documental sobre os retalhos dos arquivos entrelaçada com uma criação crítica literária que conceda voz aos experimentos de liberdade produzidos cotidianamente, há muito tempo, pelo povo negro e indígena, em seu intercruzamento de classe, raça e gênero é um caminho apresentado por Saidyia Hartman.
O livro em questão cumpre perfeitamente o objetivo central anunciado pela autora, explicitado na apresentação da fabulação crítica, no enaltecimento de personagens reais apagados/distorcidos, na construção de histórias sobre experimentos de fuga e de liberdade. A obra em método, em temática, em construção narrativa apresenta um percurso investigativo e narrativo importante para o crescimento dos estudos sobre classe, raça e gênero no Brasil, principalmente nas universidades. Pode, portanto, ser lida por todos aqueles que se interessam no debate sobre reconstrução histórica, memória e resistência daqueles que foram e são subalternizados.
Referências
FOUCAULT, Michel. A vida dos homens infames. In: Estratégia, poder-saber. Ditos e escritos IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 203-222.
HARTMAN, Saidiya. A sedução e O ventre do mundo: dois ensaios de Saidiya Hartman. São Paulo: Crocodilo, 2022.
HARTMAN, Saidyia. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
HARTMAN, Saidiya; WILDERSON, Frank. The position on the unthought. University of Nebraska Press, v. 13, n. 2, 2003. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20686156. Acesso em: 29 de out. 2023.
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pós, v. 23, n. 3, 2020, p. 12–33. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27640. Acesso em: 11 de jun., 2023.
Sumário de Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais
Uma nota sobre o método
Personagens
I: Ela caminha a esmo pela cidade
A terrível beleza do gueto
Uma figura menor
Uma mulher mal-amada
Uma história íntima da escravidão e liberdade
Manual do trabalho doméstico geral
Um atlas da rebeldia
Uma crônica de necessidade e desejo
Em um momento de ternura o futuro parece possível
II. A geografia sexual do cinturão negro
O Tenderloin. 41 Street West, 241
61 Street West, 601. Uma nova colônia para pessoas de cor ou Malindy na Pequena África.
Mistah Beauty, a autobiografia de uma mulher ex-de cor. Cenas selecionadas de um filme nunca lançado de Oscar Micheaux, Harlem, anos 1920
Álbuns de família, futuros abortados: uma esposa desiludida se torna artista, Seventh, 1890
III. Belos experimentos
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