Alfabetização estética e Ensino de História – Uma revisão da literatura em teses e dissertações | Amintas Henrique Silva Ramos (ProfHistória/UFS)

Deseducação estética no Ensino de História | Imagem: IF/IA/ChatGPT (18/01/2023)

Resumo: Este texto analisa a literatura sobre alfabetização estética e o ensino de história, focando na construção da identidade nacional brasileira através de obras de arte plásticas do século XIX. O autor revisou teses e dissertações, destacando a importância de ensinar professores e alunos a compreender a linguagem visual para melhor interpretar essas obras. O estudo visa desenvolver a atitude historiadora em alunos do 8º ano, através da análise de imagens e seu papel na construção da identidade nacional. A pesquisa sublinha a necessidade de uma melhor compreensão e uso de imagens como ferramentas pedagógicas e fontes históricas.

Palavras-chave: Alfabetização Estética, Ensino de História, Identidade Nacional.


Introdução

Neste texto, revisamos a literatura especializada sobre a alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história, buscando subsídios para responder ao questionamento de qual é o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira materializados nas obras de arte plásticas do século XIX e como a leitura destas obras é capaz de desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental.

O trabalho principal do qual este artigo faz parte é a dissertação de mestrado intitulada “Alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história: a construção do projeto de identidade nacional brasileira e o desenvolvimento da atitude historiadora a partir das obras de arte plásticas do século XIX”, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação do Mestrado Profissional — PROFHISTÓRIA, sediado na Universidade Federal de Sergipe — UFS, no biênio 2023–2024.

O levantamento foi efetuado entre agosto e dezembro de 2023. Fizemos consultas na base de dados da CAPES, https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/, do PROFHISTÓRIA, https://www.profhistoria.com.br/articles?terms=disc, e, na BDTD, https://bdtd.ibict.br/vufind/, de onde tomamos textos dispostos em teses e dissertações, publicadas entre 2018–2023, produzidas nas áreas de ciências humanas, educação, letras, linguística, artes e filosofia. Os descritores empregados como filtros foram os seguintes: “alfabetização estética e ensino de história”, “letramento estético e ensino de história”, “identidade nacional e ensino de história”, “identidade nacional e imagens”, “identidade nacional e pinturas”, “identidade nacional e romantismo”, “estética e romantismo”, “artes plásticas e ensino de história”, “pinturas e ensino de história”, “romantismo e ensino de história”, “atitude historiadora”, “alfabetização estética e ensino”, “ensino de história e estética”, “ensino de história e arte”, “ensino de história e imagens”, “discurso e imagens”, “discurso imagético”, “discurso e artes plásticas”.

Resultados

Encontramos 420 trabalhos que tratam de questões relacionadas ao uso de imagens pictóricas no ensino e de representações da identidade nacional brasileira. Foram publicados 375 (89%) na forma de dissertação. O restante, 45 (11%) ganha a forma de tese de doutorado.

Estes números, contudo, não representam o total privilegiado para a análise de títulos. Ressaltamos que apenas 1/5 deste material focava em formação de professores, letramento estético e atitude historiadora. Desse universo, apenas 12 textos foram selecionados para a leitura integral.

Considerando a relação expressão pictórica e identidade nacional, dividimos estes textos entre os que analisam representações nos livros didáticos e os que apresentam metodologias para o ensino de História.

Os textos que focam nas representações em livros didáticos, problematizam a realidade de duas formas. Dois deles questionam sobre situações de melhoria no Ensino de História. O primeiro aborda as contribuições que a cultura visual traz para a identidade nacional a partir da leitura das imagens sobre a escravidão no ensino de História, considerando, para tanto, os livros didáticos como meio de circulação e de recepção. O segundo, investiga as potencialidades do documento imagético utilizado nos livros didáticos para ensino de História.

Outros textos se ocupam de como a ordem do discurso posiciona as imagens visuais no livro didático de história e inventariam o significado da noção de AH nos livros didáticos de história da coleção Geração Alpha (2018), particularmente o livro do sexto ano dos anos finais do Ensino Fundamental.

Em termos de contribuições, os autores afirmam que a cultura visual é uma proposta que efetivamente pode auxiliar na leitura das imagens da escravidão no ensino de História (Vieira, 2022). Além disso, há iniciativas de uso de imagens de Portinari (escolhido por sua relevância em traduzir a identidade brasileira do século XX), no sentido de que os livros didáticos devam considerar as várias dimensões da imagem para a efetivação da prática de aprendizagem de história (Carmo, 2021).

Outras respostas declaram que os livros didáticos organizam e utilizam as imagens como representações visuais articuladas aos saberes que se intencionam transmitir através da escola (Publiesi, 2020). Não é apenas uma prática discursiva que as imagens inseridas nos livros didáticos se relacionam, mas também ao desenvolvimento da Atitude Historiadora (AH) definida no corpo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas, lamentavelmente, constata Silva (2022), os livros didáticos ainda não compreendem bem o conceito de AH e não o operam de modo adequado.

No que diz respeito ao quadro teórico, constatamos que apenas dois textos não fornecem informações a respeito. Os demais, tanto os que exploram livros didáticos como os que tratam de metodologias de ensino apresentam dispersão de perspectivas. Há textos que empregam categorias típicas da Teoria da História/Epistemologia da História como “espaço de experiência” e “horizonte de expectativas” (R. Koselleck) “regime de Historicidade” (F. Hartog) para abordar a dinâmica passado/presente/futuro nos livros didáticos de História.

Em termos de metodologias, destacamos os trabalhos que se valeram dos conceitos de “Relações estéticas” (Passos, 2023) e “educação estética” (Vázquez, 1999; Giani, 2010; Soares Junior, 2019; e Schlichta, 2011).

Há também textos que exploram habilidades típicas do historiador como a ideia de “atitude historiadora” (A. Mauad). Outros autores empregam categorias centrais para orientar metodologia da pesquisa, como os casos de Carmo (2021) quando apresentou a “análise do discurso” (M. Foucault), “vozes do discurso” (M. Bakhtin), para a análise linguística, enquanto os conceitos de “arte”, “imagem” e “visualidade” (Hernández), para analisar as representações pictóricas, além de “pesquisa ação” para informar as escolhas de coleta e processamento das fontes.

Seja como for, constatamos que quando os autores se valeram do conceito de “discurso”, a maioria se ancorou na ideia de “discurso” de M. Foucault para descrever e tipificar representações pictóricas, não importando se a dissertação foi defendida em programa de História ou de Linguística.

Discussão

Pelo que descrevemos acima, podemos constatar que as teses e dissertações refletem uma diversidade de perspectivas sobre o uso de imagens no ensino de História, abordando desde questões estéticas e culturais até metodologias específicas.

A atenção à alfabetização visual, o papel das pinturas e artistas específicos, a crítica aos livros didáticos e a proposição de novas abordagens metodológicas indicam um movimento no sentido de considerar o conhecimento como resultado da relação dialética entre o que aprendemos pelo intelecto e o que experimentamos com os sentidos, permitindo assim um ensino-aprendizagem a partir de outras linguagens.

O texto de Passos (2023), por exemplo, enfrenta o problema de modo original quando aduz que nosso modelo de ensino-aprendizagem privilegia apenas o conhecimento objetivo, racional, devendo o professor de história, portanto, em sua prática docente estabelecer relações dialógicas entre o mundo racional e o mundo sensível de seus alunos. Daí a necessidade de esses profissionais terem acesso a uma educação estética por meio da arte.

No que diz respeito aos objetos, notamos que as metodologias do ensino tiveram presença dominante nesta revisão, ao exemplo de trabalhos como os de Divino (2021), França (2018), Gonçalves (2021) e Pereira (2022). Todavia, o tema do projeto de construção da identidade nacional brasileira não foi explorado por nenhum desses.

Em uma avaliação sintética desta literatura, pudemos constatar que 41% dos textos apresentam problemas clássicos na escrita acadêmica. Há textos que omitem objetivos, hipóteses e problemas. Há textos que não conectam coerentemente problemas e hipóteses e há, ainda, dissertações que não revelam quadros teóricos, relacionando autores e categorias (ora omitem o primeiro, ora omitem o segundo elemento).

Apesar de tratarem de “letramento” e “alfabetização” da imagem, a maioria omite a sua análise propriamente dita, como também negligencia a orientação para a efetivação dessa análise de imagem por conta do aluno.

Contudo, nem tudo são tragédias na escrita sobre representações imagéticas da identidade nacional brasileira no ensino de História. Há textos cujos resultados são destacáveis em termos ideológicos, teóricos e didático-pedagógicos.

No que diz respeito ao aspecto ideológico, encontramos textos que se revelam uma das principais ferramentas de consolidação do mito da nação brasileira no imaginário nacional (Costa, 2022) e nos apresenta uma metodologia que transforma a sala de aula em local de produção de conhecimento histórico (com suas leituras e interpretações) e não de mero reprodutor de informações (França, 2018). Outro, ainda, expõe a perspectiva do conhecimento humano, não apenas racional ou somente sensível (Passos, 2023).

Em relação aos destaques teórico-metodológicos, encontramos textos que pensam a prática pedagógica à luz do livro didático com enfoque no conceito de AH, normatizado pela BNCC (Silva, 2022), contribuindo para um melhor aproveitamento do recurso didático enquanto deixa de ser mero reprodutor de conteúdo. Outro texto que merece relevo é o de Vieira (2022) quando discorre sobre a necessidade de os professores apreenderem e transmitirem uma cultura visual para os alunos, visto que ela traz o aporte teórico para a compreensão da composição imagética e, por conseguinte, do discurso subjacente.

No que diz respeito às contribuições destes resultados para a construção da nossa pesquisa, constatamos que seis textos são bastante úteis porque podem contribuir no aprofundamento do nosso conhecimento sobre o tema em seus aspectos teórico-metodológicos (Costa; 2022; França, 2018; Passos, 2023; Pereira, 2022; Silva, 2021; Silva, 2022). O primeiro deles, escrito por Silva (2021), apresenta quadro teórico plenamente compatível com meu objeto de pesquisa, no tocante à leitura imagética.

Ainda em termos de auxílio teórico, destacamos as achegas prestadas pelos 3 artigos científicos sobre a AH (Franco, Silva Junior e Guimarães, 2018; Pereira e Rodrigues, 2018; Silva e Morais, 2017), contidos no trabalho de Silva (2022), e as informações iconográficas do pintor Victor Meireles, apresentadas no trabalho de Costa (2022).

No mesmo sentido, o quadro teórico empregado por França (2018) se revela compatível com meu objeto de estudo quando apresenta: 1. A proposta de Barca (2012) de que o ensino de História não se traduz somente com o estudo de conteúdos, mas se relaciona com suas funções práticas; 2. Que a imagem, como fonte histórica, necessita ser explorada através de metodologias próprias; e, 3. Que a fonte histórica não se constitui num fim intrínseco, devendo estar a serviço das indagações e problematizações dos alunos e professores, como sustenta Selva Guimarães (2012).

Contudo, as melhores contribuições desta revisão ao meu empreendimento de pesquisa estão nos trabalhos de Passos (2023) e de Pereira (2022). No primeiro, destaco a concepção de Schlichta (2011) sobre o professor: um mediador na leitura das imagens visto que a sensibilidade estética não é natural, mas fruto da práxis social. Em seguida, destaco a visão de João Francisco Duarte Júnior (2007) de que o conhecimento é resultado da relação dialética entre o que aprendemos pelo intelecto e o que experimentamos com os sentidos. Ainda segundo o autor, para vencermos um modelo de ensino-aprendizagem fundado num conhecimento objetivo racional, os professores de História devem em suas práticas docentes, relacionar dialogicamente o mundo racional e o sensível de seus alunos. Nesse caso, há compreensão da arte visual como manifestação desse mundo sensível onde seu próprio autor se valeu de uma linguagem própria para comunicar.

Já no segundo texto, sua importância para o meu estudo residiu na abordagem que a autora fez acerca da relação havida entre o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) na construção da identidade da nação brasileira no séc. XIX.

Fachada da antiga Academia Imperial de Belas Artes (Aquarela sobre papel, Jean-Baptiste Debret) e A primeira missa no Brasil (Victor Meirelles, 1861) | Imagens: Biblioteca do Jardim Botânico/DezenoveVinte/Wikipédia

Conclusões

Como anunciamos na introdução, buscamos dar respostas às questões sobre o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira presentes nas obras de arte plásticas do século XIX e como a leitura destas obras pelos professores de História (alfabetizados esteticamente) pode desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental.

Ao final deste texto, pensamos ter reunido evidências para afirmar que a literatura sobre o tema, infelizmente, não explora essas questões. Não há análise das obras de arte do período em questão no sentido de ensinar o professor de História ou mesmo os alunos a compreenderem a linguagem visual para poderem apreender o que nas obras fora comunicado. Não observamos nenhuma análise do discurso imagético das obras de arte relacionadas com a construção da identidade nacional brasileira.

Esta revisão foi fundamental para expor a precariedade de estudos acerca do processo de leitura das obras de arte visuais. Sem tal alfabetização, essas artes não guardarão qualquer proveito, sendo imprestáveis, inclusive, para seu uso como fonte histórica e/ou recurso didático pelo professor em sua prática docente.

Estamos convencidos de que as melhores alternativas para o enfrentamento das questões de pesquisa deverão passar por três ações. Em primeiro lugar, o alinhamento às perspectivas conceituais de “leitura de imagem” de Dondis (2015) que nos darão a entender sobre os elementos visuais básicos (sintaxe visual) que compõem as artes desta natureza, o que, por conseguinte, permitirá àqueles que conheçam os signos visuais, apreendam, interpretem, critiquem e difundam o que o artista comunicou através de seu texto visual, segundo o conceito de “educação estética” de Schlichta (2011). Em segundo lugar, o emprego do conceito de análise do discurso de Foucault (2015) para compreender a imagem como materialidade discursiva e extrair dela o que se comunicou para além de seus signos constituintes. Por fim, o uso do conceito de “atitude historiadora” de Mauad com o fim de demonstrar como, de fato, a leitura de obras de arte ligadas à construção de nossa identidade nacional pode contribuir para desenvolver tal conceito, trazido, inclusive, pela BNCC.

Depois dessa empreitada, teremos o cuidado de não repetir os defeitos capturados dessa revisão de literatura de modo que já anunciamos os termos fundamentais do nosso projeto de pesquisa, que constará de uma dissertação, cujo tema se segue como “Alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história: a construção do projeto de identidade nacional brasileira e o desenvolvimento da atitude historiadora a partir das obras de arte plásticas do século XIX” que encontra sua razão nos questionamentos: 1) qual é o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira materializados nas obras de arte plásticas do século XIX? e, 2) como a leitura destas obras é capaz de desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental?

O que se objetiva é investigar como se deu a construção do sentimento de pertencimento ao ideal de nação brasileira, a partir das obras de arte visuais (pinturas) no século XIX, destacando qual era o discurso nelas materializados. Para tanto, nos propomos a dar a conhecer aos professores de história e aos alunos as condições técnicas para que leiam e compreendam seus signos próprios e o que está para além deles também.

Esperamos que essa leitura imagética permita aos professores de História utilizar com mais propriedade as imagens seja como ferramenta pedagógica no ensino, seja como fonte histórica, útil na compreensão do processo de construção do conhecimento histórico e apta a desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do EF.

Tomaremos 5 pinturas dispostas temporalmente entre 1822 e 1890 e faremos a leitura de seus signos, depois a análise do discurso imagético subjacente para compreensão de como se operou a construção de nossa identidade nacional. Não leremos um texto escrito a partir de letras, frases e parágrafos, mas a partir de linhas, pontos, composição e cores.

Esse passo a passo que envolverá a leitura e análise do discurso das imagens também será objeto de uma produção audiovisual que se constituirá no produto educacional, trabalho exigido para obtenção do título de mestre em ensino de História.

Referências

CARMO, Daniel Fernando do. Imagens no Ensino de História: Cândido Portinari em livros didáticos. Belo Horizonte, 2021. 198 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Docência Instituição de Ensino) — Universidade Federal de Minas Gerais.

COSTA, Pedro Gabriel Amaral. Entre o nacional e o colonial: a construção da identidade nacional na tela A primeira missa do Brasil, de Victor Meirelles. São Paulo, 2022. 163 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) — Universidade de São Paulo.

DIVINO, Vivian Jaqueline Viana Do Amor. A escrita das imagens: interpretações, possibilidades de compreensão e consciência histórica. Ananindeua, 2021. 169. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal do Pará.

FRANCA, Joelma Santos. O ensino de História por meio do uso de imagens em aula oficinas: Uma experiência em Malhador /SE. São Cristóvão, 2018. 81 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Sergipe.

GONCALVES, Jose Adauto. Imagens de Debret no Ensino de História: o olhar colonial e a Presença Negra no Rio de Janeiro oitocentista. Crato, 2021. 161 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Regional do Cariti.

OLIVEIRA, Gustavo Ferreira de. O pincel e a pena romântica de François-Auguste Biard. São Paulo, 2020. 194 f. Dissertação (Mestrado em História) — Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

PASSOS, Antonio Wanderley Cal. O Ensino de História e os desafios para uma educação estética através da arte. Salvador, 2023. 105 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade do Estado da Bahia.

PEREIRA, Eliane Aparecida. Imagens e História – Uma proposta de leitura de telas de Pedro Américo para o Ensino de História. Florianópolis, 2022 87 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Santa Catarina.

PUGLIESI, Eduardo Jorges. A ordem do discurso da imagem visual nos livros didáticos de História no Ensino Médio da Rede Estadual da Paraíba. João Pessoa, 2020. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Federal da Paraíba.

SILVA, Adrielle Dos Santos. Atitude historiadora na escrita da história escolar: análise da Colção “Geraçã Alpha”. Salvador, 2022 134 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) – Universidade do Estado da Bahia.

SILVA, Humberto Ferreira da. “Lectio Imago”: Ensino de História por meio de pinturas históricas. São Cristóvão, 2021 181 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Sergipe.

VIEIRA, Edilson Santos. Para além do livro didático: a educação da cultura visual como estratégia de leitura das imagens da escravidão no ensino de História. São Luís, 2022. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal do Maranhão.

Para ampliar a sua revisão da literatura


Autor

Amintas Henrique da Silva Ramos é mestrando e licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe e professor de História na Rede Municipal de Barreto. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/5099861105221689; ID ORCID: ; E-mail:

 

 


Para citar este texto

RAMOS, Amintas Henrique Silva. Alfabetização estética e Ensino de História – Uma revisão da literatura em teses e dissertações. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n. 16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

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Alfabetização estética e Ensino de História – Uma revisão da literatura em teses e dissertações | Amintas Henrique Silva Ramos (ProfHistória/UFS)

Deseducação estética no Ensino de História | Imagem: IF/IA/ChatGPT (18/01/2023)

Resumo: Este texto analisa a literatura sobre alfabetização estética e o ensino de história, focando na construção da identidade nacional brasileira através de obras de arte plásticas do século XIX. O autor revisou teses e dissertações, destacando a importância de ensinar professores e alunos a compreender a linguagem visual para melhor interpretar essas obras. O estudo visa desenvolver a atitude historiadora em alunos do 8º ano, através da análise de imagens e seu papel na construção da identidade nacional. A pesquisa sublinha a necessidade de uma melhor compreensão e uso de imagens como ferramentas pedagógicas e fontes históricas.

Palavras-chave: Alfabetização Estética, Ensino de História, Identidade Nacional.


Introdução

Neste texto, revisamos a literatura especializada sobre a alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história, buscando subsídios para responder ao questionamento de qual é o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira materializados nas obras de arte plásticas do século XIX e como a leitura destas obras é capaz de desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental.

O trabalho principal do qual este artigo faz parte é a dissertação de mestrado intitulada “Alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história: a construção do projeto de identidade nacional brasileira e o desenvolvimento da atitude historiadora a partir das obras de arte plásticas do século XIX”, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação do Mestrado Profissional — PROFHISTÓRIA, sediado na Universidade Federal de Sergipe — UFS, no biênio 2023–2024.

O levantamento foi efetuado entre agosto e dezembro de 2023. Fizemos consultas na base de dados da CAPES, https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/, do PROFHISTÓRIA, https://www.profhistoria.com.br/articles?terms=disc, e, na BDTD, https://bdtd.ibict.br/vufind/, de onde tomamos textos dispostos em teses e dissertações, publicadas entre 2018–2023, produzidas nas áreas de ciências humanas, educação, letras, linguística, artes e filosofia. Os descritores empregados como filtros foram os seguintes: “alfabetização estética e ensino de história”, “letramento estético e ensino de história”, “identidade nacional e ensino de história”, “identidade nacional e imagens”, “identidade nacional e pinturas”, “identidade nacional e romantismo”, “estética e romantismo”, “artes plásticas e ensino de história”, “pinturas e ensino de história”, “romantismo e ensino de história”, “atitude historiadora”, “alfabetização estética e ensino”, “ensino de história e estética”, “ensino de história e arte”, “ensino de história e imagens”, “discurso e imagens”, “discurso imagético”, “discurso e artes plásticas”.

Resultados

Encontramos 420 trabalhos que tratam de questões relacionadas ao uso de imagens pictóricas no ensino e de representações da identidade nacional brasileira. Foram publicados 375 (89%) na forma de dissertação. O restante, 45 (11%) ganha a forma de tese de doutorado.

Estes números, contudo, não representam o total privilegiado para a análise de títulos. Ressaltamos que apenas 1/5 deste material focava em formação de professores, letramento estético e atitude historiadora. Desse universo, apenas 12 textos foram selecionados para a leitura integral.

Considerando a relação expressão pictórica e identidade nacional, dividimos estes textos entre os que analisam representações nos livros didáticos e os que apresentam metodologias para o ensino de História.

Os textos que focam nas representações em livros didáticos, problematizam a realidade de duas formas. Dois deles questionam sobre situações de melhoria no Ensino de História. O primeiro aborda as contribuições que a cultura visual traz para a identidade nacional a partir da leitura das imagens sobre a escravidão no ensino de História, considerando, para tanto, os livros didáticos como meio de circulação e de recepção. O segundo, investiga as potencialidades do documento imagético utilizado nos livros didáticos para ensino de História.

Outros textos se ocupam de como a ordem do discurso posiciona as imagens visuais no livro didático de história e inventariam o significado da noção de AH nos livros didáticos de história da coleção Geração Alpha (2018), particularmente o livro do sexto ano dos anos finais do Ensino Fundamental.

Em termos de contribuições, os autores afirmam que a cultura visual é uma proposta que efetivamente pode auxiliar na leitura das imagens da escravidão no ensino de História (Vieira, 2022). Além disso, há iniciativas de uso de imagens de Portinari (escolhido por sua relevância em traduzir a identidade brasileira do século XX), no sentido de que os livros didáticos devam considerar as várias dimensões da imagem para a efetivação da prática de aprendizagem de história (Carmo, 2021).

Outras respostas declaram que os livros didáticos organizam e utilizam as imagens como representações visuais articuladas aos saberes que se intencionam transmitir através da escola (Publiesi, 2020). Não é apenas uma prática discursiva que as imagens inseridas nos livros didáticos se relacionam, mas também ao desenvolvimento da Atitude Historiadora (AH) definida no corpo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas, lamentavelmente, constata Silva (2022), os livros didáticos ainda não compreendem bem o conceito de AH e não o operam de modo adequado.

No que diz respeito ao quadro teórico, constatamos que apenas dois textos não fornecem informações a respeito. Os demais, tanto os que exploram livros didáticos como os que tratam de metodologias de ensino apresentam dispersão de perspectivas. Há textos que empregam categorias típicas da Teoria da História/Epistemologia da História como “espaço de experiência” e “horizonte de expectativas” (R. Koselleck) “regime de Historicidade” (F. Hartog) para abordar a dinâmica passado/presente/futuro nos livros didáticos de História.

Em termos de metodologias, destacamos os trabalhos que se valeram dos conceitos de “Relações estéticas” (Passos, 2023) e “educação estética” (Vázquez, 1999; Giani, 2010; Soares Junior, 2019; e Schlichta, 2011).

Há também textos que exploram habilidades típicas do historiador como a ideia de “atitude historiadora” (A. Mauad). Outros autores empregam categorias centrais para orientar metodologia da pesquisa, como os casos de Carmo (2021) quando apresentou a “análise do discurso” (M. Foucault), “vozes do discurso” (M. Bakhtin), para a análise linguística, enquanto os conceitos de “arte”, “imagem” e “visualidade” (Hernández), para analisar as representações pictóricas, além de “pesquisa ação” para informar as escolhas de coleta e processamento das fontes.

Seja como for, constatamos que quando os autores se valeram do conceito de “discurso”, a maioria se ancorou na ideia de “discurso” de M. Foucault para descrever e tipificar representações pictóricas, não importando se a dissertação foi defendida em programa de História ou de Linguística.

Discussão

Pelo que descrevemos acima, podemos constatar que as teses e dissertações refletem uma diversidade de perspectivas sobre o uso de imagens no ensino de História, abordando desde questões estéticas e culturais até metodologias específicas.

A atenção à alfabetização visual, o papel das pinturas e artistas específicos, a crítica aos livros didáticos e a proposição de novas abordagens metodológicas indicam um movimento no sentido de considerar o conhecimento como resultado da relação dialética entre o que aprendemos pelo intelecto e o que experimentamos com os sentidos, permitindo assim um ensino-aprendizagem a partir de outras linguagens.

O texto de Passos (2023), por exemplo, enfrenta o problema de modo original quando aduz que nosso modelo de ensino-aprendizagem privilegia apenas o conhecimento objetivo, racional, devendo o professor de história, portanto, em sua prática docente estabelecer relações dialógicas entre o mundo racional e o mundo sensível de seus alunos. Daí a necessidade de esses profissionais terem acesso a uma educação estética por meio da arte.

No que diz respeito aos objetos, notamos que as metodologias do ensino tiveram presença dominante nesta revisão, ao exemplo de trabalhos como os de Divino (2021), França (2018), Gonçalves (2021) e Pereira (2022). Todavia, o tema do projeto de construção da identidade nacional brasileira não foi explorado por nenhum desses.

Em uma avaliação sintética desta literatura, pudemos constatar que 41% dos textos apresentam problemas clássicos na escrita acadêmica. Há textos que omitem objetivos, hipóteses e problemas. Há textos que não conectam coerentemente problemas e hipóteses e há, ainda, dissertações que não revelam quadros teóricos, relacionando autores e categorias (ora omitem o primeiro, ora omitem o segundo elemento).

Apesar de tratarem de “letramento” e “alfabetização” da imagem, a maioria omite a sua análise propriamente dita, como também negligencia a orientação para a efetivação dessa análise de imagem por conta do aluno.

Contudo, nem tudo são tragédias na escrita sobre representações imagéticas da identidade nacional brasileira no ensino de História. Há textos cujos resultados são destacáveis em termos ideológicos, teóricos e didático-pedagógicos.

No que diz respeito ao aspecto ideológico, encontramos textos que se revelam uma das principais ferramentas de consolidação do mito da nação brasileira no imaginário nacional (Costa, 2022) e nos apresenta uma metodologia que transforma a sala de aula em local de produção de conhecimento histórico (com suas leituras e interpretações) e não de mero reprodutor de informações (França, 2018). Outro, ainda, expõe a perspectiva do conhecimento humano, não apenas racional ou somente sensível (Passos, 2023).

Em relação aos destaques teórico-metodológicos, encontramos textos que pensam a prática pedagógica à luz do livro didático com enfoque no conceito de AH, normatizado pela BNCC (Silva, 2022), contribuindo para um melhor aproveitamento do recurso didático enquanto deixa de ser mero reprodutor de conteúdo. Outro texto que merece relevo é o de Vieira (2022) quando discorre sobre a necessidade de os professores apreenderem e transmitirem uma cultura visual para os alunos, visto que ela traz o aporte teórico para a compreensão da composição imagética e, por conseguinte, do discurso subjacente.

No que diz respeito às contribuições destes resultados para a construção da nossa pesquisa, constatamos que seis textos são bastante úteis porque podem contribuir no aprofundamento do nosso conhecimento sobre o tema em seus aspectos teórico-metodológicos (Costa; 2022; França, 2018; Passos, 2023; Pereira, 2022; Silva, 2021; Silva, 2022). O primeiro deles, escrito por Silva (2021), apresenta quadro teórico plenamente compatível com meu objeto de pesquisa, no tocante à leitura imagética.

Ainda em termos de auxílio teórico, destacamos as achegas prestadas pelos 3 artigos científicos sobre a AH (Franco, Silva Junior e Guimarães, 2018; Pereira e Rodrigues, 2018; Silva e Morais, 2017), contidos no trabalho de Silva (2022), e as informações iconográficas do pintor Victor Meireles, apresentadas no trabalho de Costa (2022).

No mesmo sentido, o quadro teórico empregado por França (2018) se revela compatível com meu objeto de estudo quando apresenta: 1. A proposta de Barca (2012) de que o ensino de História não se traduz somente com o estudo de conteúdos, mas se relaciona com suas funções práticas; 2. Que a imagem, como fonte histórica, necessita ser explorada através de metodologias próprias; e, 3. Que a fonte histórica não se constitui num fim intrínseco, devendo estar a serviço das indagações e problematizações dos alunos e professores, como sustenta Selva Guimarães (2012).

Contudo, as melhores contribuições desta revisão ao meu empreendimento de pesquisa estão nos trabalhos de Passos (2023) e de Pereira (2022). No primeiro, destaco a concepção de Schlichta (2011) sobre o professor: um mediador na leitura das imagens visto que a sensibilidade estética não é natural, mas fruto da práxis social. Em seguida, destaco a visão de João Francisco Duarte Júnior (2007) de que o conhecimento é resultado da relação dialética entre o que aprendemos pelo intelecto e o que experimentamos com os sentidos. Ainda segundo o autor, para vencermos um modelo de ensino-aprendizagem fundado num conhecimento objetivo racional, os professores de História devem em suas práticas docentes, relacionar dialogicamente o mundo racional e o sensível de seus alunos. Nesse caso, há compreensão da arte visual como manifestação desse mundo sensível onde seu próprio autor se valeu de uma linguagem própria para comunicar.

Já no segundo texto, sua importância para o meu estudo residiu na abordagem que a autora fez acerca da relação havida entre o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) na construção da identidade da nação brasileira no séc. XIX.

Fachada da antiga Academia Imperial de Belas Artes (Aquarela sobre papel, Jean-Baptiste Debret) e A primeira missa no Brasil (Victor Meirelles, 1861) | Imagens: Biblioteca do Jardim Botânico/DezenoveVinte/Wikipédia

Conclusões

Como anunciamos na introdução, buscamos dar respostas às questões sobre o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira presentes nas obras de arte plásticas do século XIX e como a leitura destas obras pelos professores de História (alfabetizados esteticamente) pode desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental.

Ao final deste texto, pensamos ter reunido evidências para afirmar que a literatura sobre o tema, infelizmente, não explora essas questões. Não há análise das obras de arte do período em questão no sentido de ensinar o professor de História ou mesmo os alunos a compreenderem a linguagem visual para poderem apreender o que nas obras fora comunicado. Não observamos nenhuma análise do discurso imagético das obras de arte relacionadas com a construção da identidade nacional brasileira.

Esta revisão foi fundamental para expor a precariedade de estudos acerca do processo de leitura das obras de arte visuais. Sem tal alfabetização, essas artes não guardarão qualquer proveito, sendo imprestáveis, inclusive, para seu uso como fonte histórica e/ou recurso didático pelo professor em sua prática docente.

Estamos convencidos de que as melhores alternativas para o enfrentamento das questões de pesquisa deverão passar por três ações. Em primeiro lugar, o alinhamento às perspectivas conceituais de “leitura de imagem” de Dondis (2015) que nos darão a entender sobre os elementos visuais básicos (sintaxe visual) que compõem as artes desta natureza, o que, por conseguinte, permitirá àqueles que conheçam os signos visuais, apreendam, interpretem, critiquem e difundam o que o artista comunicou através de seu texto visual, segundo o conceito de “educação estética” de Schlichta (2011). Em segundo lugar, o emprego do conceito de análise do discurso de Foucault (2015) para compreender a imagem como materialidade discursiva e extrair dela o que se comunicou para além de seus signos constituintes. Por fim, o uso do conceito de “atitude historiadora” de Mauad com o fim de demonstrar como, de fato, a leitura de obras de arte ligadas à construção de nossa identidade nacional pode contribuir para desenvolver tal conceito, trazido, inclusive, pela BNCC.

Depois dessa empreitada, teremos o cuidado de não repetir os defeitos capturados dessa revisão de literatura de modo que já anunciamos os termos fundamentais do nosso projeto de pesquisa, que constará de uma dissertação, cujo tema se segue como “Alfabetização estética, discurso imagético e o ensino de história: a construção do projeto de identidade nacional brasileira e o desenvolvimento da atitude historiadora a partir das obras de arte plásticas do século XIX” que encontra sua razão nos questionamentos: 1) qual é o discurso e os conhecimentos acerca do projeto de construção da identidade nacional brasileira materializados nas obras de arte plásticas do século XIX? e, 2) como a leitura destas obras é capaz de desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental?

O que se objetiva é investigar como se deu a construção do sentimento de pertencimento ao ideal de nação brasileira, a partir das obras de arte visuais (pinturas) no século XIX, destacando qual era o discurso nelas materializados. Para tanto, nos propomos a dar a conhecer aos professores de história e aos alunos as condições técnicas para que leiam e compreendam seus signos próprios e o que está para além deles também.

Esperamos que essa leitura imagética permita aos professores de História utilizar com mais propriedade as imagens seja como ferramenta pedagógica no ensino, seja como fonte histórica, útil na compreensão do processo de construção do conhecimento histórico e apta a desenvolver a atitude historiadora nos alunos do 8.º ano do EF.

Tomaremos 5 pinturas dispostas temporalmente entre 1822 e 1890 e faremos a leitura de seus signos, depois a análise do discurso imagético subjacente para compreensão de como se operou a construção de nossa identidade nacional. Não leremos um texto escrito a partir de letras, frases e parágrafos, mas a partir de linhas, pontos, composição e cores.

Esse passo a passo que envolverá a leitura e análise do discurso das imagens também será objeto de uma produção audiovisual que se constituirá no produto educacional, trabalho exigido para obtenção do título de mestre em ensino de História.

Referências

CARMO, Daniel Fernando do. Imagens no Ensino de História: Cândido Portinari em livros didáticos. Belo Horizonte, 2021. 198 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Docência Instituição de Ensino) — Universidade Federal de Minas Gerais.

COSTA, Pedro Gabriel Amaral. Entre o nacional e o colonial: a construção da identidade nacional na tela A primeira missa do Brasil, de Victor Meirelles. São Paulo, 2022. 163 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) — Universidade de São Paulo.

DIVINO, Vivian Jaqueline Viana Do Amor. A escrita das imagens: interpretações, possibilidades de compreensão e consciência histórica. Ananindeua, 2021. 169. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal do Pará.

FRANCA, Joelma Santos. O ensino de História por meio do uso de imagens em aula oficinas: Uma experiência em Malhador /SE. São Cristóvão, 2018. 81 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Sergipe.

GONCALVES, Jose Adauto. Imagens de Debret no Ensino de História: o olhar colonial e a Presença Negra no Rio de Janeiro oitocentista. Crato, 2021. 161 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Regional do Cariti.

OLIVEIRA, Gustavo Ferreira de. O pincel e a pena romântica de François-Auguste Biard. São Paulo, 2020. 194 f. Dissertação (Mestrado em História) — Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

PASSOS, Antonio Wanderley Cal. O Ensino de História e os desafios para uma educação estética através da arte. Salvador, 2023. 105 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade do Estado da Bahia.

PEREIRA, Eliane Aparecida. Imagens e História – Uma proposta de leitura de telas de Pedro Américo para o Ensino de História. Florianópolis, 2022 87 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Santa Catarina.

PUGLIESI, Eduardo Jorges. A ordem do discurso da imagem visual nos livros didáticos de História no Ensino Médio da Rede Estadual da Paraíba. João Pessoa, 2020. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Federal da Paraíba.

SILVA, Adrielle Dos Santos. Atitude historiadora na escrita da história escolar: análise da Colção “Geraçã Alpha”. Salvador, 2022 134 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) – Universidade do Estado da Bahia.

SILVA, Humberto Ferreira da. “Lectio Imago”: Ensino de História por meio de pinturas históricas. São Cristóvão, 2021 181 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal de Sergipe.

VIEIRA, Edilson Santos. Para além do livro didático: a educação da cultura visual como estratégia de leitura das imagens da escravidão no ensino de História. São Luís, 2022. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) — Universidade Federal do Maranhão.

Para ampliar a sua revisão da literatura


Autor

Amintas Henrique da Silva Ramos é mestrando e licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe e professor de História na Rede Municipal de Barreto. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/5099861105221689; ID ORCID: ; E-mail:

 

 


Para citar este texto

RAMOS, Amintas Henrique Silva. Alfabetização estética e Ensino de História – Uma revisão da literatura em teses e dissertações. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n. 16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

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