Exortação à esperança – Resenha de Antônio Ponciano Bezerra (UFS) sobre o livro “A caminho de Betulia: crônicas”, de Ednalva Freire Caetano

Ednalva Freire Caetano | Imagem: UFS

Resumo: Antônio Ponciano Bezerra resenha o livro “A caminho de Betulia: crônicas”, de Ednalva Freire Caetano. A coletânea de crônicas explora temas variados que incluem relatos autobiográficos, reflexões sobre a pandemia, a vida cotidiana em épocas difíceis, a busca por esperança, as relações pessoais, a memória, a natureza, a religião, o tempo, a política, a literatura e a arte.

Palavras-chave: Crônicas, Esperança, Relatos Autobiográficos.


Inicio esta resenha com um aforismo do poeta elegíaco latino, Aulus Abius Tibulus (55-19-a.C), fase de outro do império romano. Esta reflexão de Tibulos é uma exortação à esperança. Nem sempre a elegia é gênero literária amargo, lamentoso. Mas serve bem para introduzir o livro de crônicas de Ednalva Freire Caetano, intitulado A caminho de Betulia.

Um dos pais da filosofia ocidental, Platão (427-348 a.C.), certa vez, afirmou que o “assombro” é a emoção, genuinamente, filosófica, e que se deveria ver, na emoção, a raiz de todo filosofar. Por outro lado, o grande sermonista, Padre Antônio Vieira, para além da assertiva: “nada será sempre uma única forma”, aventura-se numa espécie de dogma, quando nos alerta que “o pregar que é falar, faz-se com a boca; o pregar que é semear, faz-se com a mão; para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras”.

A obra A caminho de Betulia, da professora e pedagoga, Ednalva Freire Caetano, focaliza, debruça-se, sobre “assombros que este mundo nos tem legado, e o reflexo de suas “sombras”, quase sempre, acompanha a nossa existência “Sombras” e “assombros” povoam ou habitam a nossa memória, sejam de situações físicas ou de natureza espiritual, existencial. Esta obra, A caminho de Betulia, lembra-me um cálice, com conteúdo amargo, mas povoado de esperanças. Os seres humanos não são programados, a priori, determinados. Nascem por acaso. Fazem-se.

A heroína desta obra é a própria autora, Ednalva, que, em vários momentos de sua escrita, conscientemente, afasta-se do que conhecemos por ‘razão, para avultar seus sentimentos, experiências pessoais, deixando transparecer que ‘verdades’ podem ser tombatas, embora a vida, hoje, tenha se tornado cruel, a ponto de nos indagar sobre a solidão e o desamparo de nossa xistência, neste mundo. Mesmo assim, a autora nos alivia, com passagens de humor, de esperança ou mesmo de ironia. Aliás, a ironia é uma figura de linguagem dificílima de ser construída, não como o sarcasmo ou a sátira que são figuras destrutivas. A ironia é um recurso linguístico inteligente e construtivo.

Todos os textos que compõem a obra em foco são uma viagem, uma aventura, com pousadas leves, pela Bíblia Sagrada, pela Filosofia, pela Literatura, pela Música, Pelas Artes Plásticas, pela História Cultural e pela rica experiência de vida (e de mundo) da heroína-autora. Nos laços da sua narrativa, explicita-se que há seres humanos neste tirano planeta, que nos injetam esperanças e nos passam resistência para atravessar abismos e ciclones. Todos os textos (não importa o gênero textual) são páginas de sabedoria filosófica, e, por extensão, de experiências e de aprendizagem que a prática educativa nos concede: da infância à idade adulta.

Filho de escravos, com vários irmãos, “Seu” Francisco quis sair do interior e ampliar seus horizontes, o que o levou, aos quatorze anos de idade, a uma fábrica de tecidos onde, “por caipora da vida”, perdeu os dedos indicador e médio, o que não o impediu de escrever, com uma letra cursiva muito bonita, segurando a caneta com os dedo polegar e anelar, com a ligeireza do mais acurado escrivão.

No caso dele, foram-se os dedos e ficou o desejo de ir ainda mais longe, o que significava, como para quase todos os nordestinos, ir para São Paul, onde viveu até completar os 35 anos, quando voltou ainda mais sabido, se não nas artes do conhecimento, nas artes de viver. (Caetano, 2022, p.85).

Ilustração de Manuela Freire Caetano de Almeida (Caetano, 2022, p.204)

Para demonstrar que o corpo irrequieto, trágico, em ebulição do mundo atual, tal como o qualificou o filósofo francês, Michel Foucault, ao admitir que o ser humano, na atualidade, é lixado até sua visibilidade, convém recorrer, também, aos sinos da esperança que badalaram na inteligência dos três clássicos citados, anteriormente, e na escrita de nossa heroína-autora que fez de seu cotidiano a sua obra, esta obra que nos transmite alento de que nem tudo, neste insensato mundo, são sinos da agonia. Ednalva… Freire… Caetano, uma vida, uma história, em cada nome.

Ao leitor, boa leitura.

Referências

VIEIRA, Padre Antônio. Sermões. Erechim: Edelbra, 1998.

Sumário de A caminho de Betulia: crônicas

  • Apresentação
  • A Caminho de Betulia
  • Cem dias… sem dias
  • A vida em 2×4
  • Uma arca… Uma ilha… E a esperança…
  • Alguma coisa está fora da ordem…
  • Quem está ao teu lado?
  • O balé da memória
  • Se cuide…
  • A bruma silenciosa e um auto de fé
  • In natura
  • Vou-me embora pra Pasárgada…
  • Um novo normal?
  • Com que máscara eu vou?
  • O canto da cigarra
  • Lições da natureza
  • Um natal cristão?
  • Dorme-Maria
  • O homem que contava os dias
  • Revisitando os quatro cavaleiros do Apocalipse
  • Contando as horas
  • Um ano contado em dias
  • Ainda é longe Canaã?
  • Despedida de um ano difícil e desejos para um ano novo
  • Dias e noites com Sherazade
  • Qual é o seu sonho?
  • O chamado do jequitibá
  • À sombra do jequitibá
  • Em terra de cego quem tem um olho é ciclope
  • A organista e o lenhador
  • A vida em ent’acte
  • “Universo em desencanto”
  • O poeta encontra o Salmista
  • Um réquiem para o país do carnaval
  • Isaque, o islandês
  • Monólogo do exílio
  • O canto travoso das mães isoladas
  • Diálogo pela estrada
  • Pobres poderes
  • O tempo do medo
  • Em nome de Deus vale tudo?
  • O cavaleiro do telhado e a dama das sombras
  • O Andarilho
  • Eu tenho um amigo biso
  • Primeira carta a Paulo, o apóstolo
  • Segunda carta a Paulo, o apóstolo
  • Terceira carta a Paulo, o apóstolo
  • Quarta Epístola a Paulo
  • Quinta carta a Paulo, o apóstolo
  • Sexta carta a Paulo, o apóstolo
  • Sétima carta a Paulo e o sétimo selo
  • Sob olhar de Frida Kahlo
  • A vacina e o castelo de Kafka
  • Entre o holograma e a nuvem
  • Lembranças
  • Boris, Florbela e o tema de Lara
  • Presente-Mãe-Presente
  • Nas sete horas canônicas o ofício das leituras pela paz
  • Diário de Solidão
  • Autobiografia

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Resenhista

Antônio Ponciano Bezerra é graduado em Letras Vernáculas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP) e pós doutor pela Universidade de Lisboa (UL). É professor titular da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diretor do Centro de Educação a Distância (CESAD) e membro do Conselho Estadual de Educação de Sergipe (CES). Publicou, entre outros trabalhos, Personagens do folhetim: estereótipos e linguagem (2020), As interações entre a leitura, o oral e a escrita (2016),  (Re)Pensando as Licenciaturas (2016). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/1221560896341659; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3728-070X; E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

CAETANO, Ednalva Freire. A caminho de Betulia: crônicas. Ilustrações de Manuela Freire Caetano de Almeida. Aracaju: Criação Editora, 2022. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.10, mar./abr. 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/exortacao-a-esperanca-resenha-de-a-caminho-de-betulia-cronicas-de-ednalva-freire-caetano/>. DOI: 10.29327/254374.3.10-11


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n. 10, mar./abr., 2023 | ISSN 2764-2666

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Exortação à esperança – Resenha de Antônio Ponciano Bezerra (UFS) sobre o livro “A caminho de Betulia: crônicas”, de Ednalva Freire Caetano

Ednalva Freire Caetano | Imagem: UFS

Resumo: Antônio Ponciano Bezerra resenha o livro “A caminho de Betulia: crônicas”, de Ednalva Freire Caetano. A coletânea de crônicas explora temas variados que incluem relatos autobiográficos, reflexões sobre a pandemia, a vida cotidiana em épocas difíceis, a busca por esperança, as relações pessoais, a memória, a natureza, a religião, o tempo, a política, a literatura e a arte.

Palavras-chave: Crônicas, Esperança, Relatos Autobiográficos.


Inicio esta resenha com um aforismo do poeta elegíaco latino, Aulus Abius Tibulus (55-19-a.C), fase de outro do império romano. Esta reflexão de Tibulos é uma exortação à esperança. Nem sempre a elegia é gênero literária amargo, lamentoso. Mas serve bem para introduzir o livro de crônicas de Ednalva Freire Caetano, intitulado A caminho de Betulia.

Um dos pais da filosofia ocidental, Platão (427-348 a.C.), certa vez, afirmou que o “assombro” é a emoção, genuinamente, filosófica, e que se deveria ver, na emoção, a raiz de todo filosofar. Por outro lado, o grande sermonista, Padre Antônio Vieira, para além da assertiva: “nada será sempre uma única forma”, aventura-se numa espécie de dogma, quando nos alerta que “o pregar que é falar, faz-se com a boca; o pregar que é semear, faz-se com a mão; para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras”.

A obra A caminho de Betulia, da professora e pedagoga, Ednalva Freire Caetano, focaliza, debruça-se, sobre “assombros que este mundo nos tem legado, e o reflexo de suas “sombras”, quase sempre, acompanha a nossa existência “Sombras” e “assombros” povoam ou habitam a nossa memória, sejam de situações físicas ou de natureza espiritual, existencial. Esta obra, A caminho de Betulia, lembra-me um cálice, com conteúdo amargo, mas povoado de esperanças. Os seres humanos não são programados, a priori, determinados. Nascem por acaso. Fazem-se.

A heroína desta obra é a própria autora, Ednalva, que, em vários momentos de sua escrita, conscientemente, afasta-se do que conhecemos por ‘razão, para avultar seus sentimentos, experiências pessoais, deixando transparecer que ‘verdades’ podem ser tombatas, embora a vida, hoje, tenha se tornado cruel, a ponto de nos indagar sobre a solidão e o desamparo de nossa xistência, neste mundo. Mesmo assim, a autora nos alivia, com passagens de humor, de esperança ou mesmo de ironia. Aliás, a ironia é uma figura de linguagem dificílima de ser construída, não como o sarcasmo ou a sátira que são figuras destrutivas. A ironia é um recurso linguístico inteligente e construtivo.

Todos os textos que compõem a obra em foco são uma viagem, uma aventura, com pousadas leves, pela Bíblia Sagrada, pela Filosofia, pela Literatura, pela Música, Pelas Artes Plásticas, pela História Cultural e pela rica experiência de vida (e de mundo) da heroína-autora. Nos laços da sua narrativa, explicita-se que há seres humanos neste tirano planeta, que nos injetam esperanças e nos passam resistência para atravessar abismos e ciclones. Todos os textos (não importa o gênero textual) são páginas de sabedoria filosófica, e, por extensão, de experiências e de aprendizagem que a prática educativa nos concede: da infância à idade adulta.

Filho de escravos, com vários irmãos, “Seu” Francisco quis sair do interior e ampliar seus horizontes, o que o levou, aos quatorze anos de idade, a uma fábrica de tecidos onde, “por caipora da vida”, perdeu os dedos indicador e médio, o que não o impediu de escrever, com uma letra cursiva muito bonita, segurando a caneta com os dedo polegar e anelar, com a ligeireza do mais acurado escrivão.

No caso dele, foram-se os dedos e ficou o desejo de ir ainda mais longe, o que significava, como para quase todos os nordestinos, ir para São Paul, onde viveu até completar os 35 anos, quando voltou ainda mais sabido, se não nas artes do conhecimento, nas artes de viver. (Caetano, 2022, p.85).

Ilustração de Manuela Freire Caetano de Almeida (Caetano, 2022, p.204)

Para demonstrar que o corpo irrequieto, trágico, em ebulição do mundo atual, tal como o qualificou o filósofo francês, Michel Foucault, ao admitir que o ser humano, na atualidade, é lixado até sua visibilidade, convém recorrer, também, aos sinos da esperança que badalaram na inteligência dos três clássicos citados, anteriormente, e na escrita de nossa heroína-autora que fez de seu cotidiano a sua obra, esta obra que nos transmite alento de que nem tudo, neste insensato mundo, são sinos da agonia. Ednalva… Freire… Caetano, uma vida, uma história, em cada nome.

Ao leitor, boa leitura.

Referências

VIEIRA, Padre Antônio. Sermões. Erechim: Edelbra, 1998.

Sumário de A caminho de Betulia: crônicas

  • Apresentação
  • A Caminho de Betulia
  • Cem dias… sem dias
  • A vida em 2×4
  • Uma arca… Uma ilha… E a esperança…
  • Alguma coisa está fora da ordem…
  • Quem está ao teu lado?
  • O balé da memória
  • Se cuide…
  • A bruma silenciosa e um auto de fé
  • In natura
  • Vou-me embora pra Pasárgada…
  • Um novo normal?
  • Com que máscara eu vou?
  • O canto da cigarra
  • Lições da natureza
  • Um natal cristão?
  • Dorme-Maria
  • O homem que contava os dias
  • Revisitando os quatro cavaleiros do Apocalipse
  • Contando as horas
  • Um ano contado em dias
  • Ainda é longe Canaã?
  • Despedida de um ano difícil e desejos para um ano novo
  • Dias e noites com Sherazade
  • Qual é o seu sonho?
  • O chamado do jequitibá
  • À sombra do jequitibá
  • Em terra de cego quem tem um olho é ciclope
  • A organista e o lenhador
  • A vida em ent’acte
  • “Universo em desencanto”
  • O poeta encontra o Salmista
  • Um réquiem para o país do carnaval
  • Isaque, o islandês
  • Monólogo do exílio
  • O canto travoso das mães isoladas
  • Diálogo pela estrada
  • Pobres poderes
  • O tempo do medo
  • Em nome de Deus vale tudo?
  • O cavaleiro do telhado e a dama das sombras
  • O Andarilho
  • Eu tenho um amigo biso
  • Primeira carta a Paulo, o apóstolo
  • Segunda carta a Paulo, o apóstolo
  • Terceira carta a Paulo, o apóstolo
  • Quarta Epístola a Paulo
  • Quinta carta a Paulo, o apóstolo
  • Sexta carta a Paulo, o apóstolo
  • Sétima carta a Paulo e o sétimo selo
  • Sob olhar de Frida Kahlo
  • A vacina e o castelo de Kafka
  • Entre o holograma e a nuvem
  • Lembranças
  • Boris, Florbela e o tema de Lara
  • Presente-Mãe-Presente
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  • Diário de Solidão
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Antônio Ponciano Bezerra é graduado em Letras Vernáculas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP) e pós doutor pela Universidade de Lisboa (UL). É professor titular da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diretor do Centro de Educação a Distância (CESAD) e membro do Conselho Estadual de Educação de Sergipe (CES). Publicou, entre outros trabalhos, Personagens do folhetim: estereótipos e linguagem (2020), As interações entre a leitura, o oral e a escrita (2016),  (Re)Pensando as Licenciaturas (2016). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/1221560896341659; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3728-070X; E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

CAETANO, Ednalva Freire. A caminho de Betulia: crônicas. Ilustrações de Manuela Freire Caetano de Almeida. Aracaju: Criação Editora, 2022. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.10, mar./abr. 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/exortacao-a-esperanca-resenha-de-a-caminho-de-betulia-cronicas-de-ednalva-freire-caetano/>. DOI: 10.29327/254374.3.10-11


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n. 10, mar./abr., 2023 | ISSN 2764-2666

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