Infâncias Roubadas—Resenha de David Santos (URCA) sobre o livro “Cativeiro Sem Fim: As histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil”, de Eduardo Reina

Eduardo Reina | Imagem: Camara.leg

Resumo: “Cativeiro Sem Fim”, de Eduardo Reina, publicado pela Alameda Editorial em 2019, investiga os sequestros de bebês e crianças durante a ditadura militar no Brasil. A obra detalha as táticas brutais empregadas, incluindo lavagem cerebral e trabalho escravo. Críticas incluem a extensão e repetição de detalhes em alguns capítulos, e o uso do termo “índio”, considerado pejorativo. Reina busca preencher lacunas históricas e fortalecer a democracia, com a obra sendo valorizada por seu rigor investigativo e contextualização histórica.

Palavras-chave: Ditadura Militar, Sequestro, Infância.


Coragem e persistência (p.12) é como o prefaciador Caco Barcellos descreve o trabalho de Eduardo Reina na elaboração do livro “Cativeiro Sem Fim: As histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil”. A obra, desenvolvida a partir do interesse do autor em pesquisar casos de desaparecimento de crianças durante a Ditadura Militar, foi publicada pela Alameda Editorial em 2019 e busca relatar episódios de violência do Exército contra militantes, sobretudo no sequestro de seus filhos. Além disso, o apresentador Rogério Sottili ressalta que a atitude de Reina colabora com o desejo de preencher brechas na História do Brasil e fortalecer a democracia.

O autor da obra, jornalista e escritor investigativo Eduardo Reina, é mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. Sua apresentação é feita por um defensor dos direitos humanos, o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog e mestre em História pela PUC-SP, Rogério Sottili. Ele fornece uma breve contextualização da época, necessária para o entendimento do que será abordado no livro. Já no sumário, temos o premiado repórter e escritor Caco Barcellos, formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Caco se diz impressionado pelo ineditismo da história até então encoberta nos arquivos da ditadura (p.11) e destaca que não só as crianças dos militantes foram sequestradas, mas também filhos de indígenas da etnia Marãiwatsédé. Em sua pesquisa, o autor identifica 19 desaparecidos, dos quais apenas 6 foram encontrados, possibilitando a realização do livro.

Com uma breve contextualização do que será abordado nas próximas páginas, o capítulo intitulado “As 19 vítimas, caso a caso” apresenta um resumo dos relatos que serão aprofundados nos capítulos seguintes. Ressalta que os casos são depoimentos das próprias vítimas, de parentes e envolvidos. Além disso, menciona documentos, certidões e fotos das vítimas que foram apurados e analisados para sustentar a veracidade dos acontecimentos, disponibilizados ao final de cada capítulo. O texto possui fácil compreensão e também aborda casos de pessoas que o autor não conseguiu encontrar, mas que puderam ser lembradas a partir da memória de outros.

Sequestro, falsificação de documentos, lavagem cerebral e trabalho escravo. Dentre outras, essas foram as táticas utilizadas pelos responsáveis pelos desaparecimentos de inocentes, e é no capítulo “Filhos dos Camponeses do Araguaia” que Eduardo aprofunda esses detalhes. Nele, o autor descreve qual era o objetivo desse sistema de rapto: doutrinar crianças e adolescentes com uma ideologia contrária à dos militantes, e, para isso, empregavam-se uma série de crimes. Camponeses ligados aos guerrilheiros eram considerados pelos militares como um perigo para a população, pois poderiam difundir o tão temido comunismo. Os jovens eram tirados à força de suas famílias, tinham seus documentos adulterados e eram levados para quartéis onde trabalhavam de graça, sem contar que, nesse processo, muitos foram torturados. Assim como os demais, é um capítulo bastante detalhado, o que pode tanto agradar, devido ao capricho do autor, como desagradar, em razão das repetições de alguns fatos. Ressalto aos leitores desatentos que possivelmente será necessário reler alguns pontos dos textos.

“Índios Marãiwatsédé” é um capítulo sobre uma minoria que, até os dias de hoje, é pouco lembrada e valorizada. No entanto, é lembrada quando se trata da apropriação e exploração de suas terras, o que não deixou de acontecer durante a ditadura militar. O autor evidencia o interesse do governo da época em aproveitar-se economicamente da região amazônica com a desculpa de aumentar o desenvolvimento econômico e fortalecer a segurança. É narrado também como o governo militar favoreceu o agronegócio da família Ometto com a doação de terras, que, no entanto, já eram habitadas por indígenas da tribo Xavante Marãiwatsédé, os quais foram expulsos e tiveram cinco crianças raptadas. Assim como os capítulos anteriores, este é também bastante extenso e detalhado, tanto na questão do sequestro das crianças indígenas quanto na interferência de grandes empresas no território antes citado. Explica como a tribo foi exilada e enganada, de forma que até exploração escravista foi realizada por meio dos donos da fazenda da família Ometto. Ressalto, porém, que o termo “índio” utilizado no título e no decorrer do texto é visto como pejorativo, pois carrega o estereotipismo sofrido por esse grupo social. Em edições futuras, Reina deve atentar-se quanto a isso e substituí-lo por uma terminologia aceita.

No último capítulo da obra, intitulado “Outro Lado”, somos apresentados ao não pronunciamento das Forças Armadas sobre os casos revelados. Reina nos informa que os contatou no ano de 2018, mas a única resposta obtida foi a mesma dada durante anos: a negação dos fatos. Há ainda um forte empenho por parte das forças militares em contrainformar os acontecimentos des se período, o que resulta no fortalecimento do negacionismo histórico. No entanto, essa negação é facilmente refutada quando temos diversas provas do que aconteceu, sendo, segundo o autor, “inviável a construção, por exemplo, de celas climatizadas (para confinamento de prisioneiros sob temperaturas muito baixas ou elevadas) ou sonorizadas (para a exposição das vítimas a barulhos, gritos etc.) sem o conhecimento dos oficiais-generais.

A tortura também era amplamente conhecida pela Justiça Militar.” (p. 256). Acima de tudo, é um capítulo que gera indignação diante da falta de dedicação em punir os responsáveis pelo que aconteceu, deixando subentendida a indagação: será que um dia ainda serão punidos?

Fundo Voluntário da ONU para Vítimas de Tortura também canaliza verbas para ativistas e pessoas privadas de liberdade | Foto: © Nathan Wright/Unsplash/ONU-Brasil

No decorrer do livro, o autor detalha muitos acontecimentos não têm ligação direta com os sequestros, apenas fazem parte do contexto histórico da Ditadura Militar. Para os leitores que querem apenas tomar conhecimento dos casos, seria mais conveniente se Eduardo Reina fosse direto ao ponto. Para quem ainda duvidar dos relatos, os documentos citados e apresentados no final dos capítulos dão veracidade às falas das vítimas.

“Cativeiro Sem Fim” cumpre com o objetivo de tornar público os crimes de desaparecimento realizados pelos agentes repressores dos movimentos de resistência, e também é destinado aos apreciadores de jornalismo investigativo, historiadores e interessados em história nacional. Considerando tudo que foi exposto, o apresentador da obra, Rogério Sottili, acerta quando diz que a mesma contribui para que as brechas existentes na nossa história sejam completadas.

Sumário de Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil

  • Apresentação
  • Prefácio
  • Introdução
  • As 19 vítimas, caso a caso
  • Filhos de camponeses do Araguaia
  • Giovani e Juracy
  • Lia Cecília
  • Índios Marãiwatsédé
  • Iracema e outros casos
  • Rosângela
  • Outro lado
  • Bibliografia de referência

Para ampliar a sua revisão da literatura


Resenhista

David Santos e graduando em História na Universidade Regional do Cariri (URCA). E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

REINA, Eduardo. Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil. São Paulo: Alameda, 2019. Resenha de: SANTOS, David. Infâncias roubadas. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/infancias-roubadas-resenha-de-david-santos-urca-sobre-o-livro-cativeiro-sem-fim-as-historias-dos-bebes-criancas-e-adolescentes-sequestrados-pela-ditadura-militar-no-brasil-de-eduardo/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

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Eduardo Reina | Imagem: Camara.leg

Resumo: “Cativeiro Sem Fim”, de Eduardo Reina, publicado pela Alameda Editorial em 2019, investiga os sequestros de bebês e crianças durante a ditadura militar no Brasil. A obra detalha as táticas brutais empregadas, incluindo lavagem cerebral e trabalho escravo. Críticas incluem a extensão e repetição de detalhes em alguns capítulos, e o uso do termo “índio”, considerado pejorativo. Reina busca preencher lacunas históricas e fortalecer a democracia, com a obra sendo valorizada por seu rigor investigativo e contextualização histórica.

Palavras-chave: Ditadura Militar, Sequestro, Infância.


Coragem e persistência (p.12) é como o prefaciador Caco Barcellos descreve o trabalho de Eduardo Reina na elaboração do livro “Cativeiro Sem Fim: As histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil”. A obra, desenvolvida a partir do interesse do autor em pesquisar casos de desaparecimento de crianças durante a Ditadura Militar, foi publicada pela Alameda Editorial em 2019 e busca relatar episódios de violência do Exército contra militantes, sobretudo no sequestro de seus filhos. Além disso, o apresentador Rogério Sottili ressalta que a atitude de Reina colabora com o desejo de preencher brechas na História do Brasil e fortalecer a democracia.

O autor da obra, jornalista e escritor investigativo Eduardo Reina, é mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. Sua apresentação é feita por um defensor dos direitos humanos, o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog e mestre em História pela PUC-SP, Rogério Sottili. Ele fornece uma breve contextualização da época, necessária para o entendimento do que será abordado no livro. Já no sumário, temos o premiado repórter e escritor Caco Barcellos, formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Caco se diz impressionado pelo ineditismo da história até então encoberta nos arquivos da ditadura (p.11) e destaca que não só as crianças dos militantes foram sequestradas, mas também filhos de indígenas da etnia Marãiwatsédé. Em sua pesquisa, o autor identifica 19 desaparecidos, dos quais apenas 6 foram encontrados, possibilitando a realização do livro.

Com uma breve contextualização do que será abordado nas próximas páginas, o capítulo intitulado “As 19 vítimas, caso a caso” apresenta um resumo dos relatos que serão aprofundados nos capítulos seguintes. Ressalta que os casos são depoimentos das próprias vítimas, de parentes e envolvidos. Além disso, menciona documentos, certidões e fotos das vítimas que foram apurados e analisados para sustentar a veracidade dos acontecimentos, disponibilizados ao final de cada capítulo. O texto possui fácil compreensão e também aborda casos de pessoas que o autor não conseguiu encontrar, mas que puderam ser lembradas a partir da memória de outros.

Sequestro, falsificação de documentos, lavagem cerebral e trabalho escravo. Dentre outras, essas foram as táticas utilizadas pelos responsáveis pelos desaparecimentos de inocentes, e é no capítulo “Filhos dos Camponeses do Araguaia” que Eduardo aprofunda esses detalhes. Nele, o autor descreve qual era o objetivo desse sistema de rapto: doutrinar crianças e adolescentes com uma ideologia contrária à dos militantes, e, para isso, empregavam-se uma série de crimes. Camponeses ligados aos guerrilheiros eram considerados pelos militares como um perigo para a população, pois poderiam difundir o tão temido comunismo. Os jovens eram tirados à força de suas famílias, tinham seus documentos adulterados e eram levados para quartéis onde trabalhavam de graça, sem contar que, nesse processo, muitos foram torturados. Assim como os demais, é um capítulo bastante detalhado, o que pode tanto agradar, devido ao capricho do autor, como desagradar, em razão das repetições de alguns fatos. Ressalto aos leitores desatentos que possivelmente será necessário reler alguns pontos dos textos.

“Índios Marãiwatsédé” é um capítulo sobre uma minoria que, até os dias de hoje, é pouco lembrada e valorizada. No entanto, é lembrada quando se trata da apropriação e exploração de suas terras, o que não deixou de acontecer durante a ditadura militar. O autor evidencia o interesse do governo da época em aproveitar-se economicamente da região amazônica com a desculpa de aumentar o desenvolvimento econômico e fortalecer a segurança. É narrado também como o governo militar favoreceu o agronegócio da família Ometto com a doação de terras, que, no entanto, já eram habitadas por indígenas da tribo Xavante Marãiwatsédé, os quais foram expulsos e tiveram cinco crianças raptadas. Assim como os capítulos anteriores, este é também bastante extenso e detalhado, tanto na questão do sequestro das crianças indígenas quanto na interferência de grandes empresas no território antes citado. Explica como a tribo foi exilada e enganada, de forma que até exploração escravista foi realizada por meio dos donos da fazenda da família Ometto. Ressalto, porém, que o termo “índio” utilizado no título e no decorrer do texto é visto como pejorativo, pois carrega o estereotipismo sofrido por esse grupo social. Em edições futuras, Reina deve atentar-se quanto a isso e substituí-lo por uma terminologia aceita.

No último capítulo da obra, intitulado “Outro Lado”, somos apresentados ao não pronunciamento das Forças Armadas sobre os casos revelados. Reina nos informa que os contatou no ano de 2018, mas a única resposta obtida foi a mesma dada durante anos: a negação dos fatos. Há ainda um forte empenho por parte das forças militares em contrainformar os acontecimentos des se período, o que resulta no fortalecimento do negacionismo histórico. No entanto, essa negação é facilmente refutada quando temos diversas provas do que aconteceu, sendo, segundo o autor, “inviável a construção, por exemplo, de celas climatizadas (para confinamento de prisioneiros sob temperaturas muito baixas ou elevadas) ou sonorizadas (para a exposição das vítimas a barulhos, gritos etc.) sem o conhecimento dos oficiais-generais.

A tortura também era amplamente conhecida pela Justiça Militar.” (p. 256). Acima de tudo, é um capítulo que gera indignação diante da falta de dedicação em punir os responsáveis pelo que aconteceu, deixando subentendida a indagação: será que um dia ainda serão punidos?

Fundo Voluntário da ONU para Vítimas de Tortura também canaliza verbas para ativistas e pessoas privadas de liberdade | Foto: © Nathan Wright/Unsplash/ONU-Brasil

No decorrer do livro, o autor detalha muitos acontecimentos não têm ligação direta com os sequestros, apenas fazem parte do contexto histórico da Ditadura Militar. Para os leitores que querem apenas tomar conhecimento dos casos, seria mais conveniente se Eduardo Reina fosse direto ao ponto. Para quem ainda duvidar dos relatos, os documentos citados e apresentados no final dos capítulos dão veracidade às falas das vítimas.

“Cativeiro Sem Fim” cumpre com o objetivo de tornar público os crimes de desaparecimento realizados pelos agentes repressores dos movimentos de resistência, e também é destinado aos apreciadores de jornalismo investigativo, historiadores e interessados em história nacional. Considerando tudo que foi exposto, o apresentador da obra, Rogério Sottili, acerta quando diz que a mesma contribui para que as brechas existentes na nossa história sejam completadas.

Sumário de Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil

  • Apresentação
  • Prefácio
  • Introdução
  • As 19 vítimas, caso a caso
  • Filhos de camponeses do Araguaia
  • Giovani e Juracy
  • Lia Cecília
  • Índios Marãiwatsédé
  • Iracema e outros casos
  • Rosângela
  • Outro lado
  • Bibliografia de referência

Para ampliar a sua revisão da literatura


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David Santos e graduando em História na Universidade Regional do Cariri (URCA). E-mail: [email protected].


Para citar esta resenha

REINA, Eduardo. Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil. São Paulo: Alameda, 2019. Resenha de: SANTOS, David. Infâncias roubadas. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/infancias-roubadas-resenha-de-david-santos-urca-sobre-o-livro-cativeiro-sem-fim-as-historias-dos-bebes-criancas-e-adolescentes-sequestrados-pela-ditadura-militar-no-brasil-de-eduardo/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

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