Chamada – Novas Direitas em discussão

Aleksandr Dugin, Olavo de Carvalho e Richard Spencer | Imagens: The New Fascism Syllabus, Youtube/Estadão, Wikipedia

Nos últimos cinco anos, experimentamos verdadeira onda de estudos acadêmicos e de vulgarização sobre a atuação das novas direitas em vários lugares do planeta. A maioria deles foi escrita por profissionais da comunicação, sociólogos e politólogos.

No Brasil, não obstante o fenômeno estar na mídia e em moda, livros produzidos a partir de fenômenos nacionais e designados por expressões frequentes entre acadêmicos, a exemplo de “nova direita”, “direita radical”, “extrema direita”, “direita populista”, “nova onda conservadora” e “neofascismo” ou “ressurgência fascista” são desconhecidos entre os docentes em história por formação.

Por essa razão, a revista Crítica Historiográfica vai divulgar em bloco alguns desses títulos que eventual e potencialmente podem assumir funções didáticas para o ensino superior de História e a formação continuada em História.

Com as resenhas desse dossiê, avaliamos a relevância heurística e interpretativa das categorias que esses livros anunciam para ampliar o rol de possibilidades das nossas análises de conjuntura sobre o crescimento das novas direitas no Brasil. De modo complementar, mapeamos o lugar da experiência das “direitas” brasileiras na construção dessas publicações tornadas transnacionais.

Nosso público-alvo é o leitor de História, egresso ou concludente da graduação em História, demandado cotidianamente a produzir pesquisa, criar material didático e a tipificar ações, valores e ideias manifestadas por crianças e jovens em situação escolar. É o leitor que admite a dificuldade de ultrapassar cinco tipos de distinções de uso cotidiano da categoria “direita” em relação ao ser par oposto (“esquerda”):

  • conjunto de defensores da ditadura militar, da pena de morte (Jair Bolsonaro, por exemplo);
  • conjunto de formadores de opinião e construtores de políticas públicas (Fundação Lemann e Instituto Mises Brasil etc.) disseminadores e apoiadores de (não definidas) ideias “neoliberais”;
  • conjunto de movimentos de protestos animados por bordões do tipo “Cansei”, “Foram Lula”, “Fora Dilma”, “Fora PT”, “Fora corruptos”, “Impeachment”;
  • posição (à direita) dos grupos apoiadores do rei e da religião em relação à presidência da Assembleia Constituinte da França, em 1789; e
  • posição dos partidos políticos do século XX em relação ao valor e a coisa designada com a expressão “igualdade”.

Se você se interessa pelo assunto e quer contribuir com a formação continuada dos colegas, selecione um livro publicado entre 2018 e 2022, que tenha como objeto central algumas das categorias citadas (“nova direita”, “direita radical”, “extrema direita”, “direita populista”, “nova onda conservadora” e “neofascismo” ou “ressurgência fascista”), escreva uma resenha e envie para nós.

Natal, 10 maio 2022

Margarida Maria Dias de Oliveira / Itamar Freitas

Editores da revista Crítica Historiográfica


Acesse as regras de composição e submissão da resenha – Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisa/Search

Alertas/Alerts

Chamada – Novas Direitas em discussão

Aleksandr Dugin, Olavo de Carvalho e Richard Spencer | Imagens: The New Fascism Syllabus, Youtube/Estadão, Wikipedia

Nos últimos cinco anos, experimentamos verdadeira onda de estudos acadêmicos e de vulgarização sobre a atuação das novas direitas em vários lugares do planeta. A maioria deles foi escrita por profissionais da comunicação, sociólogos e politólogos.

No Brasil, não obstante o fenômeno estar na mídia e em moda, livros produzidos a partir de fenômenos nacionais e designados por expressões frequentes entre acadêmicos, a exemplo de “nova direita”, “direita radical”, “extrema direita”, “direita populista”, “nova onda conservadora” e “neofascismo” ou “ressurgência fascista” são desconhecidos entre os docentes em história por formação.

Por essa razão, a revista Crítica Historiográfica vai divulgar em bloco alguns desses títulos que eventual e potencialmente podem assumir funções didáticas para o ensino superior de História e a formação continuada em História.

Com as resenhas desse dossiê, avaliamos a relevância heurística e interpretativa das categorias que esses livros anunciam para ampliar o rol de possibilidades das nossas análises de conjuntura sobre o crescimento das novas direitas no Brasil. De modo complementar, mapeamos o lugar da experiência das “direitas” brasileiras na construção dessas publicações tornadas transnacionais.

Nosso público-alvo é o leitor de História, egresso ou concludente da graduação em História, demandado cotidianamente a produzir pesquisa, criar material didático e a tipificar ações, valores e ideias manifestadas por crianças e jovens em situação escolar. É o leitor que admite a dificuldade de ultrapassar cinco tipos de distinções de uso cotidiano da categoria “direita” em relação ao ser par oposto (“esquerda”):

  • conjunto de defensores da ditadura militar, da pena de morte (Jair Bolsonaro, por exemplo);
  • conjunto de formadores de opinião e construtores de políticas públicas (Fundação Lemann e Instituto Mises Brasil etc.) disseminadores e apoiadores de (não definidas) ideias “neoliberais”;
  • conjunto de movimentos de protestos animados por bordões do tipo “Cansei”, “Foram Lula”, “Fora Dilma”, “Fora PT”, “Fora corruptos”, “Impeachment”;
  • posição (à direita) dos grupos apoiadores do rei e da religião em relação à presidência da Assembleia Constituinte da França, em 1789; e
  • posição dos partidos políticos do século XX em relação ao valor e a coisa designada com a expressão “igualdade”.

Se você se interessa pelo assunto e quer contribuir com a formação continuada dos colegas, selecione um livro publicado entre 2018 e 2022, que tenha como objeto central algumas das categorias citadas (“nova direita”, “direita radical”, “extrema direita”, “direita populista”, “nova onda conservadora” e “neofascismo” ou “ressurgência fascista”), escreva uma resenha e envie para nós.

Natal, 10 maio 2022

Margarida Maria Dias de Oliveira / Itamar Freitas

Editores da revista Crítica Historiográfica


Acesse as regras de composição e submissão da resenha – Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Resenhistas

Privacidade

Ao se inscrever nesta lista de e-mails, você estará sujeito à nossa política de privacidade.

Acesso livre

Crítica Historiográfica não cobra taxas para submissão, publicação ou uso dos artigos. Os leitores podem baixar, copiar, distribuir, imprimir os textos para fins não comerciais, desde que citem a fonte.

Foco e escopo

Publicamos resenhas de livros e de dossiês de artigos de revistas acadêmicas que tratem da reflexão, investigação, comunicação e/ou consumo da escrita da História. Saiba mais sobre o único periódico de História inteiramente dedicado à Crítica em formato resenha.

Corpo editorial

Somos professore(a)s do ensino superior brasileiro, especializado(a)s em mais de duas dezenas de áreas relacionadas à reflexão, produção e usos da História. Faça parte dessa equipe.

Submissões

As resenhas devem expressar avaliações de livros ou de dossiês de revistas acadêmicas autodesignadas como "de História". Conheça as normas e envie-nos o seu texto.

Pesquisa


Enviar mensagem de WhatsApp